Coletivo dos Professores CEAD Pólo Poty Lazarotto - Curitiba - PR -Reflexão em Ação CAD. 03
A fragmentação da cultura escolar vem como consequência direta da fragmentação do processo produtivo e se apresenta como uma próxima etapa a ser aplicada para desenvolver o modelo de sociedade sonhado pelo Capital. Tendo em vista que a Escola é parte da Sociedade e dela está a serviço, cabe à Escola formar as massas trabalhadoras, que segundo o modelo Taylorista/Fordista devem saber apenas o básico e essencial para sua ocupação nas linhas de montagem. Ou seja a Escola perde “sua autêntica razão de ser: preparar cidadãos e cidadãs para compreender, julgar e intervir em sua comunidade”.
O modelo Taylorista/Fordista não previa a transformação dos mercados de produção e consumo. Segundo este modelo, a produção deveria seguir a perspectiva de produzir muito para muito consumo, o que gera grandes estoques de matéria-prima, grande consumo de energia, necessidade de grandes instalações e um elevado número de mão-de-obra. Todavia um conjunto de fatores, em especial a crise do petróleo da década de 1970, forçou a alteração da relação entre o meio de produção, os trabalhadores e sua formação escolar. Com a crise as indústrias passaram a incorporar o modelo desenvolvido no Japão, chamado Toyotismo. Segundo este modelo é preciso reduzir estoques, matéria-prima, consumo de energia e, principalmente, a quantidade de mão-de-obra. Para isto é preciso, que o trabalhador tenha habilidades que o possibilitem atuar em várias funções complementares ou distintas. Assim a quantidade de trabalhadores é reduzida, mas não o potencial produtivo. Nesta situação, mais uma vez, a Escola se apresenta como ferramenta a ser utilizada para moldar este novo modelo de trabalhador, que possuirá a capacidade de ser “polivalente” e, ao contrário do trabalhador Taylorista/Fordista, passa a necessitar de uma formação ampliada, porém a Escola ainda se mantém longe da formação do cidadão atuante e agente de transformador da sociedade.
As constantes transformações e crises dos modelos de produção, exercem pressão no ambiente escolar, no tipo de formação que é aplicada aos estudantes. Constantemente elementos de setores industriais, ou do mercado de trabalho, são levados para o interior das escolas, com o objetivo de melhor formar e, ou, capacitar o futuro trabalhador. Flexibilidade de programas, instrumentos avaliativos de qualidade, gestão e metas, são algumas das figuras do mundo industrial (ou corporativo) que passam a fazer parte do cotidiano escolar, ampliando a carga sobre os educadores que além de sua função primária, passam a ter de desenvolver objetivos além da formação intelectual dos educandos. Na busca da superação deste modelo, a mudança do modelo curricular fragmentado e isolado pode ser efetivada pela aplicação do Currículo Integrado.
A modalidade de Currículo Integrado tem suas origens no seio e nos anseios da sociedade. Diversas nomenclaturas já foram adotadas, partindo de perspectivas momentâneas e variáveis, que se perderam ou sofreram transformações em função de modismos e tendências políticas. A grande questão, segundo VASCONCELLOS 2009, é que para o Currículo ser efetivamente Integrado, ele deve ser incorporado com a sociedade, ou seja, deve levar em conta as suas necessidades e buscar formar indivíduos capazes de apresentar soluções destas necessidades. A instituição escolar deve formar agentes de transformação positiva de suas sociedades.
A ideia de integrar o currículo visa unir as disciplinas em um grande objetivo comum, que deve ser o incentivo e o aprimoramento da aprendizagem dos educandos. Isto significa romper com todas as formas de exclusão sedimentadas no interior das instituições de ensino. Em outras palavras tornar o processo de ensino-aprendizagem pleno para todos seus envolvidos. Neste objetivo, o aprimoramento didático dos professores será ferramenta essencial.
Para que os educandos possam atingir, ou ter a sua disposição, a plenitude dos processos de ensino os educadores deverão aprimorar suas práticas didáticas, romper a perspectiva classificatória da escola e finalmente superar o descompasso ensino-aprendizagem (VASCONCELLOS 2011). O educador não deve se contentar com um educando que não aprende, acreditar que a lógica da repetência, e da nota baixa, sejam referenciais de um bom processo escolar.
O educador que busca o constante aprimoramento didático e constrói seus planos na perspectiva de integração curricular não fica satisfeito com o educando que não apreende os conceitos essenciais de sua disciplina e busca, novas metodologias e práticas de ensino para que a aprendizagem se efetive. Na busca deste educador percebemos que a formação superior deve passar por reformulações, valorizando a carreira docente e criando maiores elos entre a comunidade acadêmica e os educadores em atuação nas escolas, por meio de projetos de pesquisa e abertura de linhas de estudo para estes profissionais.
Nas análises do currículo e da formação dos educadores, muitas questões e subtemas são levantados, porém é preciso que o coletivo dos educadores e gestores tenham alguns focos inciais comuns e com abordagens aprofundadas e direcionadas para suas soluções. Nesta perspectiva entendemos que uma necessidade momentânea essencial é a da criação de um modelo efetivo de Rede de Ensino.
Por Rede de Ensino compreendemos a unificação dos esforços administrativos, pedagógicos e gestores das unidades educacionais brasileiras. Sem esta abordagem de Rede as particularidades, os obstáculos locais e as muitas matrizes teóricas continuarão a desviar o foco da educação no país. Cabe, portanto, ao MEC a prerrogativa desta unidade, senão por mA fragmentação da cultura escolar vem como consequência direta da fragmentação do processo produtivo e se apresenta como uma próxima etapa a ser aplicada para desenvolver o modelo de sociedade sonhado pelo Capital. Tendo em vista que a Escola é parte da Sociedade e dela está a serviço, cabe à Escola formar as massas trabalhadoras, que segundo o modelo Taylorista/Fordista devem saber apenas o básico e essencial para sua ocupação nas linhas de montagem. Ou seja a Escola perde “sua autêntica razão de ser: preparar cidadãos e cidadãs para compreender, julgar e intervir em sua comunidade”.
O modelo Taylorista/Fordista não previa a transformação dos mercados de produção e consumo. Segundo este modelo, a produção deveria seguir a perspectiva de produzir muito para muito consumo, o que gera grandes estoques de matéria-prima, grande consumo de energia, necessidade de grandes instalações e um elevado número de mão-de-obra. Todavia um conjunto de fatores, em especial a crise do petróleo da década de 1970, forçou a alteração da relação entre o meio de produção, os trabalhadores e sua formação escolar. Com a crise as indústrias passaram a incorporar o modelo desenvolvido no Japão, chamado Toyotismo. Segundo este modelo é preciso reduzir estoques, matéria-prima, consumo de energia e, principalmente, a quantidade de mão-de-obra. Para isto é preciso, que o trabalhador tenha habilidades que o possibilitem atuar em várias funções complementares ou distintas. Assim a quantidade de trabalhadores é reduzida, mas não o potencial produtivo. Nesta situação, mais uma vez, a Escola se apresenta como ferramenta a ser utilizada para moldar este novo modelo de trabalhador, que possuirá a capacidade de ser “polivalente” e, ao contrário do trabalhador Taylorista/Fordista, passa a necessitar de uma formação ampliada, porém a Escola ainda se mantém longe da formação do cidadão atuante e agente de transformador da sociedade.
As constantes transformações e crises dos modelos de produção, exercem pressão no ambiente escolar, no tipo de formação é aplicada aos estudantes. Constantemente elementos de setores industriais, ou do mercado de trabalho, são levados para o interior das escolas, com o objetivo de melhor formar e, ou, capacitar o futuro trabalhador. Flexibilidade de programas, instrumentos avaliativos de qualidade, gestão e metas, são algumas das figuras do mundo industrial (ou corporativo) que passam a fazer parte do cotidiano escolar, ampliando a carga sobre os educadores que além de sua função primária, passam a ter de desenvolver objetivos além da formação intelectual dos educandos. Na busca da superação deste modelo, a mudança do modelo curricular fragmentado e isolado pode ser efetivada pela aplicação do Currículo Integrado.
A modalidade de Currículo Integrado tem suas origens no seio e nos anseios da sociedade. Diversas nomenclaturas já foram adotadas, partindo de perspectivas momentâneas e variáveis, que se perderam ou sofreram transformações em função de modismos e tendências políticas. A grande questão, segundo VASCONCELLOS 2009, é que para o Currículo ser efetivamente Integrado, ele deve ser incorporado com a sociedade, ou seja, deve levar em conta as suas necessidades e buscar formar indivíduos capazes de apresentar soluções destas necessidades. A instituição escolar deve formar agentes de transformação positiva de suas sociedades.
A ideia de integrar o currículo visa unir as disciplinas em um grande objetivo comum, que deve ser o incentivo e o aprimoramento da aprendizagem dos educandos. Isto significa romper com todas as formas de exclusão sedimentadas no interior das instituições de ensino. Em outras palavras tornar o processo de ensino-aprendizagem pleno para todos seus envolvidos. Neste objetivo, o aprimoramento didático dos professores será ferramenta essencial.
Para que os educandos possam atingir, ou ter à sua disposição, a plenitude dos processos de ensino os educadores deverão aprimorar suas práticas didáticas, romper a perspectiva classificatória da escola e finalmente superar o descompasso ensino-aprendizagem (VASCONCELLOS 2011). O educador não deve se contentar com um educando que não aprende, acreditar que a lógica da repetência, e da nota baixa, sejam referenciais de um bom processo escolar.
O educador que busca o constante aprimoramento didático e constrói seus planos na perspectiva de integração curricular não fica satisfeito com o educando que não apreende os conceitos essenciais de sua disciplina e busca, novas metodologias e práticas de ensino para que a aprendizagem se efetive. Na busca deste educador percebemos que a formação superior deve passar por reformulações, valorizando a carreira docente e criando maiores elos entre a comunidade acadêmica e os educadores em atuação nas escolas, por meio de projetos de pesquisa e abertura de linhas de estudo para estes profissionais.
Nas análises do currículo e da formação dos educadores, muitas questões e subtemas são levantados, porém é preciso que o coletivo dos educadores e gestores tenham alguns focos inciais comuns e com abordagens aprofundadas e direcionadas para suas soluções. Nesta perspectiva entendemos que umaeio de um processo de federalização, ao menos por uma condução mais direta das políticas locais de educação.
REFERENCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa I - caderno III : o currículo do ensino médio, seu sujeito e o desafio da formação humana integral / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [autores : Carlos Artexes Simões, Monica Ribeiro da Silva]. – Curitiba : UFPR/Setor de Educação, 2013.
VASCONCELLOS, C. S. Formação didática do educador contemporâneo: desafios e perspectivas. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Prograd. Caderno de Formação: formação de professores didática geral. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011, p. 33-58, v. 9.
________________________ Currículo: A atividade humana como princípio educativo, São Paulo, Libertad 2009, ca p. 4.
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