Colégio Victório - Cascavel Parana - Etapa II

Reflexão e ação 2 – caderno II Etapa II
Adriana Biancatto
Ana RitaMachado
Evi Weber
Juliana Gobbi
Michelle Scanagatta
Rodrigo José Lopes
Roseny Dalla Valle

Realizou-se uma coleta de dados a partir de um questionário disponibilizado online aos alunos do 1º ao 4º ano do Ensino Médio (regular e profissionalizante) de 14 a 18 anos, bem como alunos da educação profissional subsequente, acima de 18 anos, onde foram consultados sobre a visão de si mesmos e do mundo que os rodeia. 
As questões que nortearam a pesquisa:
 Como você vê o mundo à sua volta?
 Como você acha que o mundo o vê?
 Para você, qual a importância da família?
 Qual valor você atribui ao trabalho?
 Se você pudesse fazer uma escala de prioridades, qual valor você mensuraria para: família, educação, trabalho, namoro, saúde, tecnologia e lazer.
 Quais são seus planos para o futuro?
 Como você se vê daqui a 10 anos?
Diante das respostas obtidas, pode-se reconhecer um perfil do jovem estudante do Ensino Médio, que estes têm noção da realidade, da importância da educação, dos problemas que a sociedade de modo geral apresenta, mas também almeja continuar os estudos, se tornarem adultos responsáveis e profissionais capacitados.
Sobre a visão que possuem do mundo, basta observar-se os fragmentos retirados na íntegra de algumas respostas para notar as impressões que os jovens têm acerca de sua realidade:
“O vejo como um mundo cheio de escolhas e oportunidades, mas completamente detonado por nós mesmos, seja economicamente, politicamente e em questões biológicas e naturais.”

“Vejo com muitas oportunidades de trabalho, mas acho que poderia ter melhores condições de aprendizagem. Bem o mundo hoje esta um "caos", então para consertar esse ‘caos’ está faltando pessoas mais responsáveis para por novas leis... Não só uma pessoa mas sim a população pensando em um caminho apenas a ser tomado não cada um em uma direção se não, não chegaremos a lugar algum...”

A importância dos valores familiares, embora muitas vezes se pense o contrário, fica bastante evidente:
“Para mim a família é um dos fatores mais importantes na vida, pois nela que aprendemos a ter educação, e ali com os pais irmãos etc., que aprendemos a compartilhar ideias, pensamentos, emoções. Sem a família talvez não iríamos conseguir muitas coisas, porque ela que nos influencia, ela que no auxilia e ela que nos motiva nas horas que nossas forças estão esgotadas. Família para mim é tudo!”

“A família é o pilar do caráter, uma boa família implica em boas pessoas.”

Quanto ao trabalho, se percebe valorização deste em contraposição ao emprego assim como as implicações na vida familiar.

“Quando faço uma entrevista, nunca deixo de falar que não estou a procura de um emprego, mais sim de um trabalho pois são duas coisas diferentes, emprego é o vínculo com a empresa, e trabalho é a atividade em si, que vai desenvolver experiência. Então o trabalho é muito importante , abre o conhecimento. E quando eu tiver a chance de entrar em um trabalho vai ser uma experiência incrível, pois irei valorizar o que faço.”

“O trabalho é a essência do sucesso, trabalhar dá uma autonomia que é um passo para o enriquecimento da vida. Trabalho é responsabilidade e comprometimento.”

“O trabalho representa um passo em direção ao amadurecimento e realização na vida pessoal, pois será uma conquista que contribuirá para o profissionalismo de cada um.”

“Trabalho é independência, responsabilidade, para que os pais possam investir em outras coisas e te dar assistência só no que é dever deles, mas você fica mais maduro.”

Diante dessas respostas, é possível constatar que os jovens do 1º ao 4º do Ensino Médio dão muito valor aos bens materiais e a estabilidade financeira, mas atribuem significado a família, considerando-a sua base formadora:
“Meus planos são cursar química industrial, atuar na área. Ter variedades no currículo, por exemplo, áreas como humanas e exatas. Ter meus próprios bens materiais, ser independente e cuidar de meus pais na velhice.”

“Quero ser alguém na vida, minha mãe é empregada doméstica, tenho muito orgulho dela e não me envergonho nem um pouco, mas não é o futuro que desejo pra mim. Quero ter uma família e Deus sempre na minha vida, estudar ser engenheira química e ser feliz”.

“Daqui a 10 anos gostaria de já estar formada, de estar feliz por ter feito o intercâmbio, estar realizada em relação a família e ao trabalho e uma pessoa organizada em todos os sentidos da vida, capaz de administrar qualquer coisa”.

“Daqui a 10 anos quero estar formada, bem sucedida, financeiramente estável.”

Porém este perfil se diferencia do aluno que frequenta a Educação Profissional Subsequente, devido à diferença de faixa etária, onde estes já possuem certa trajetória de experiências de vida profissional e familiar, traçando perspectivas diferentes:
“Vejo-me trabalhando e com boa estabilidade financeira”.

“Progredindo e meu filho formado”.

“Ser bem sucedido financeiramente e reconhecida no mercado de trabalho, fazendo o que eu gosto”.

“Família, bom emprego, casa própria, sustento da minha família, carro, muito conhecimento.”

Nota-se assim que indiferente da faixa etária do ensino, o que se percebe é que o estudante reconhece que é por meio da educação que estes alcançaram todas as suas metas e crescimento de vida e estabilidade financeira.
E nas palavras de Monteiro (2015) é de extrema importância que os pais e os educadores assumam uma atitude de compreensão e de diálogo perante os jovens. De contrário, eles tornar-se-ão insatisfeitos e revoltados com tudo o que os circunda, por outras palavras, com a sua própria educação.
MONTEIRO, Ana Margarida de Matos. Os jovens e a educação. Disponível em < http://www.ipv.pt/millenium/15_pers1.htm > Acesso em 08 ago.2015.