Colégio Victório - Cascavel Parana - Etapa II
Reflexão e ação 3 – caderno I Etapa II
Adriana Biancatto Ana RitaMachado Evi Weber Juliana Gobbi Michelle Scanagatta Rodrigo José Lopes Roseny Dalla Valle
Faça uma reflexão acerca do esquema apresentado como síntese desta unidade do Caderno. A se¬guir, em pequenos grupos, discuta com seus colegas e escreva os principais problemas da escola (Ensino Médio) na coluna da tabela.
Analise os impactos desses problemas na escola. Agora, proponha ações para mudar essa realidade. Socialize os resultados desta atividade como contribuição para a reescrita do PPP.
PROBLEMA
Desconhecimento do PPP IMPACTOS NEGATIVOS
Incoerência do PTD com a necessidade real da escola. AÇÕES
Hora atividade concentrada, reorganização do calendário escolar para proporcionar mais momentos de discussões para formação/informação do PPP (semana pedagógica, reuniões pedagógicas).
Não cumprimento da hora atividade concentrada Ausência de troca de experiências e a possibilidade de um planejamento participativo. Unificação da HA e participação de todas as escolas.
Livro de registro de classe manual Tempo desprendido e possíveis erros nos registros. Livro de registro online, com diferentes níveis de acesso (professor, equipe pedagógica e secretaria), onde o controle de alterações deve ser feito apenas pelo professor.
Elemento articulador com questões como o currículo, a gestão pedagógica, a importância da participação da comunidade e, sobretudo, a compreensão dos sujeitos do Ensino Médio, esses elementos são reorganizados na perspectiva de como considerar todos eles nos documentos/elementos que compõem a Organização do Trabalho Pedagógico (OTP), daí a importância de se fazer essa articulação, para compreendermos a perspectiva colocada pelas DCNEM hoje e que precisam ser contemplados.
O Regimento Escolar, o Projeto Político Pedagógico (PPP), a Proposta Pedagógica Curricular (PPC) e o Plano de Trabalho Docente (PTD) devem ser dinâmicos e reescritos à luz das DCNEM, considerando a formação humana integral e os sujeitos hoje do Ensino Médio, na perspectiva do trabalho como princípio educativo e da pesquisa como princípio pedagógico. É importante que todos participem dessas discussões, pois isso configura a legalização do trabalho que está instituído na escola. E para que a escola possa fazer com que a OTP seja efetiva e conte com a participação de todas as instâncias colegiadas, como Grêmio Estudantil, Conselho Escolar, direção, professores e funcionários, destaca-se o papel do pedagogo e também do diretor, como figuras articuladoras, e sobretudo, promotoras de debates, compreendendo e criando condições por meio do Conselho de Classe, reuniões específicas (pedagógicas), debates, entre outras, pois é fundamental agregar “todas as vozes” para a reescrita do PPP.
Cada unidade escolar tem suas características e especificidades, condições e formas de organização do tempo e espaço próprios, pois tem essa autonomia e logo, o PPP pode e deve ser constituído de modo participativo.
O desafio é fazer a interdisciplinaridade acontecer e quando consideramos esses elementos que compõem a OTP e participamos efetivamente da discussão, ela vai correndo e fluindo naturalmente. Considerar a necessidade do aluno, suas características, como a faixa etária, por exemplo, seus diversos acessos ao conhecimento por meio da tecnologia, ciência e cultura, também são desafios ao trabalho docente. Pode-se dizer que a hora-atividade seja uma possibilidade de efetivação dessa participação e aí novamente aparece o pedagogo, cujo papel articulador nesse momento é de formação continuada na escola, assessorando o trabalho docente. Logo, é papel deste não apenas atender pais e alunos, mas assumir seu papel orientador da OTP assim como o professor tem papel educativo que além da sua disciplina, deve compreender o jovem e suas especificidades, bem como os funcionários, que tem suas funções, mas também são educadores e assim, todos devem participar das discussões da escola.
Se todos desempenham suas funções e se colocam como parte efetiva da comunidade escolar o trabalho pedagógico vai ocorrer naturalmente, pois este é construído por todos os sujeitos da escola.
Nesse sentido, o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio objetiva repensar a organização do Ensino Médio, uma discussão nacional, visto que propõe essa reorganização, precisa de todo o coletivo escolar participar, incluindo aí o PPP, que representa a intencionalidade educativa do espaço escolar e ainda pode ser como contrato social, pois representa todas as pessoas que fazem parte da comunidade escolar.
Reflexão e ação 4 – caderno I Etapa II
Prezado Professor, prezada Professora, individualmente leia as duas atividades propostas e es¬colha uma para realizar. Faça os registros da atividade selecionada e socialize as suas conclusões com seus colegas.
I - Mediante sua participação no Conselho de Classe, faça um relatório claro e objetivo com base nas seguintes questões: Anote todos os diálogos e impressões que você puder observar nesta tarefa. Agora responda:
1-Quais foram os problemas levantados?
2-Quais os encaminhamentos propostos?
3-Estabeleça a diferença entre queixa e problema.
4-Quais questões de ensino e aprendizagem foram tratadas no Conselho?
5-Quais foram as sugestões propostas?
6-Quais práticas de gestão democrática você identificou no Conselho?
7- Que mudanças você propõe para a realização do Conselho de Classe?
II - Realize a leitura e análise de uma ata de Conselho de Classe com base nas questões apresentadas na atividade I.
Segundo o PPP do Colégio Estadual Professor Victório Emanuel Abrozino, o Conselho de Classe é o espaço destinado à discussão coletiva e de articulação de ações e encaminhamentos visando rever, não somente a aprendizagem do aluno, como também toda a prática pedagógica. Nessa perspectiva, objetiva:
• Acompanhar, discutir, avaliar e aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem.
• Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico.
• Reavaliar a proposta pedagógica do colégio, discutindo medidas a serem tomadas para a solução dos problemas.
• Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho docente na direção do processo ensino-aprendizagem.
• Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si.
• Sensibilizar o docente sobre a importância da auto avaliação contínua de seu trabalho, visando a retomada do Plano de Trabalho Docente e aperfeiçoamento do mesmo.
• Decidir sobre a aprovação ou retenção após apuração do resultado final, caso o aluno não atinja o mínimo necessário, levando-se em consideração toda a sua produção e rendimento ao longo do ano (PPP, 2011).
Ocorre em reuniões ordinárias trimestrais e em reuniões extraordinárias quando necessárias, organizadas pela Equipe Pedagógica, sendo que as primeiras assumem caráter diagnóstico-formativo uma vez que devem desencadear novas ações por parte da equipe escolar e da família.
O desafio não reside na realização dos conselhos de classe nem nos possíveis encaminhamentos a serem indicados, mas no caráter que tais reuniões vêm assumindo ao longo do tempo. Infelizmente, tem-se notado uma versão mais sintetizada dos conselhos de classe, onde o processo de ensino-aprendizagem nem sempre é o foco principal, pois se acaba discutindo mais problemas como indisciplina e de caráter psicossocial do aluno, em detrimento dos avanços e/ou recuos cognitivos. Não se está afirmando que a questão das características psicológicas, sociais, aspectos inerentes as especificidades de cada aluno não sejam relevantes e interferentes no processo como um todo, mas estas não podem sobrepor ao aspecto primordial que é a aquisição (ou não) do conhecimento científico, que por hora é expresso em números, resultando numa avaliação de se este ou aquele indivíduo atingiu ou não o mínimo necessário para compreensão e reelaboração do conhecimento sistematizado. E nessa perspectiva, muitos encaminhamentos propostos para elucidar esses problemas e/ou dificuldades apresentadas são muitas vezes equivocados, pois partem do viés do relacionamento interpessoal do que assumir caráter formativo. Assim, surgem propostas clássicas para possíveis mudanças de metodologia, palestras de autoestima, sobre vestibulares, ENEM ou perfil estudantil para o mercado de trabalho.
Se partirmos de uma aproximação entre queixa e problema, podemos considerar a queixa assumindo um caráter de reclamação e o problema acaba assumindo um caráter de justificativa para essa queixa.
Desse modo, o atual modelo de conselho de classe baseia-se mais pontualmente nas queixas, não apresentando possíveis encaminhamentos para as questões de ensino-aprendizagem, os reais problemas, mas acaba se detendo nas queixas que geralmente são pontuais e com especificidades inerentes a uma pequena parcela do problema em si.
Assim, uma forma de alterar esse cenário seria por meio da mudança dos encaminhamentos do conselho em si, atendo-se a avaliar o indivíduo de modo integral, focando-se nos encaminhamentos pedagógicos necessários para superar tais problemas evidenciados. Isso poderia acontecer através da realização de “pré-conselhos”, onde os resultados já estariam disponibilizados previamente, detendo-se mais nos aspectos pertinentes aos encaminhamentos didático-pedagógicos em detrimento dos aspectos puramente numéricos.
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