COLEGIO JOÃO DE OLIVEIRA FRANCO – CADERNO II
ORIENTADOR – PROFº GILBERT MARQUES
Após leitura do Caderno II - Consideramos importante que as escolas aprendam a trabalhar de forma interdisciplinar, em projetos temáticos que possibilitem o trânsito entre diferentes áreas a partir de uma visão mais integral do conhecimento e, se liguem às preocupações reais dos jovens onde os docentes se preocupem na disciplina enquanto formação do aluno. O currículo do ensino médio hoje está afastado da realidade de vida dos jovens, que não se reconhecem no que aprendem. Desconectado da vida real dos alunos, o ensino médio não se mostra uma alternativa de futuro para os jovens, principalmente entre aqueles que não desejam ou não se consideram em condições de buscar um diploma de nível superior. A pouca preocupação das escolas em preparar alunos para o mercado de trabalho, associada à baixa oferta de cursos técnicos, vem alertando que é hora de rever o papel do ensino médio. A chegada das novas tecnologias móveis à sala de aula traz tensões, novas possibilidades e grandes desafios; ensinar e aprender podem ser feitos de forma muito mais flexível, ativa e focada no ritmo de cada um. Os docentes podem utilizar os recursos digitais na educação, principalmente a internet, como apoio para pesquisa, para a realização de atividades discentes, para a comunicação com os alunos e dos alunos entre si, para a integração entre grupos dentro e fora da turma, para a publicação de páginas web, blogs, vídeos e para a participação em redes sociais, entre muitas outras possibilidades.
Quanto mais tecnologias móveis, maior a necessidade do professor planejar quais atividades fazem sentido para a classe, para cada grupo, para cada aluno e turma. As atividades vão exigir o apoio de materiais bem elaborados, habilidades bem definidas nas diversas áreas de conhecimento e níveis de ensino.
A articulação do pensamento é a chave para a compreensão dos problemas. Desse modo, quanto maior a preocupação do professor em se valer do instrumental de referências que os alunos possuem, maior é a probabilidade de que eles, de modo autônomo, resolvam o que lhes é proposto. Dessa forma, torna-se mais eficiente perceber, na integração entre questões cotidianas e aquelas provenientes da cultura escolar, a chave para a ampliação de seus interesses e de seu próprio aparato intelectual.
As experiências mais imediatas de alunos e professores são as fontes mais ricas e mais produtivas para a produção de um conhecimento colaborativo e fundamentado.
Em um período em que a educação passa por tantas mudanças e incertezas, não devemos ser xiitas e defender um único modelo, proposta e caminho. Trabalhar com desafios, com projetos reais, com jogos, parece o mais significativo hoje, mas provavelmente pode ser realizado de várias formas e em contextos diferentes.
Como docentes ou gestores teremos nossas preferências; só que é preciso saber, quando e como conciliá-las com o projeto pedagógico explicitado pela escola.
Precisamos de maior apoio ao ensino técnico e tecnológico, integrando-os melhor, de forma que um aluno possa profissionalizar-se antes e, ao mesmo tempo, seguir um currículo superior mais próximo do que a sociedade necessita. Precisamos de parcerias público-privadas eficientes e constantes, com maior integração de programas e recursos econômicos e tecnológicos.
Sem essas políticas mais estruturais, é muito difícil conquistarmos mudanças significativas na rede educacional, principalmente na pública, salvo em algumas escolas isoladas.