Colégio Estadual "Profº Zilah dos Santos Batista" - Reflexão em ação - caderno IV

Caderno IV

1) Assistir ao filme, procurando observar e anotar, quais são as relações entre linguagem e construção
da realidade; como as práticas de linguagem estão atreladas aos contextos sociais e históricos; como os conhecimentos de linguagem listados acimas aparecem no filme.
2) Em roda de discussão, comparar as anotações e reflexões.
3) Ainda no grupo, discutir a relação entre imposição e opção na linguagem e entre reprodução e mudança social.

É um filme , que nos mostra uma visão sobre a humanidade e faz uma reflexão sobre a unicidade do ser humano, da história de vida e experiências de cada um, e sobre o quanto linguagem e cultura representam para o desenvolvimento psicológico do indivíduo. quase não sabia falar, nem andar e não se comportava como humano, pois desde a mais tenra idade, foi privado do convívio social. Sua trajetória de vida é o triste resultado de sua carência de cultura e do
não desenvolvimento da linguagem. O total isolamento na caverna por tanto tempo, impactou fortemente sua formação como indivíduo. Muito tempo após sua reintegração na sociedade, já com a linguagem mais desenvolvida, percebe-se ainda a dificuldade de Kaspar Hauser em entender às pessoas e suas reações. Enquanto privado do convívio social, o silêncio era sua única companhia. Não somente a ausência de vozes externas, mas o silêncio interno, da mente vazia. Kaspar Hauser não poderia conhecer a si mesmo sem ter alguma relação interpessoal, sem referências. Não havia a linguagem para que ele pudesse definir as coisas que via e experimentava no cativeiro.
Em todos os momentos do filme em que Kaspar Hauser é confrontado por alguém, ele se mostra muito mais sensato e lógico do que os homens educados.
2) A relação do filme com a linguagem, nos mostra de forma bem clara a necessidade de termos uma construção de linguagem, sem pressão ,e sim de maneira natural e própria desde cedo ,pois é ela que proporciona ao indivíduo a sua relação com a sociedade como um todo.
3)Conhecer o mundo pela linguagem, por signos linguísticos, parece não ser suficiente . Vygotsky insiste que o pensamento e a linguagem se originam independentemente, fundindo-se mais tarde no tipo de linguagem interna que constitui a maior parte do pensamento maduro.
Exemplo foi Kaspar Hauser que não passou por um processo de socialização, onde exercitaria a compreensão através da prática social, não consegue atribuir significado às coisas, mesmo tendo adquirido a linguagem. Assim, analisando o caso de Kaspar Hauser, somos levados a pensar que não apenas o sistema perceptual, mas as estruturas mentais e a própria linguagem são resultantes da prática social, ou seja, as práticas culturais "modelam" a percepção da realidade e o conhecimento por parte do sujeito.
Adilson Cardoso
Andréia Ribeiro
Cristiane P. Dias
Giselle Ignácio
Inalda Sali S. da Luz
Sarita dos Santos Silva
Oriel Schineider