Texto 1: O trabalho como princípio educativo e a pesquisa como princípio pedagógico
O termo trabalho no contexto da articulação das disciplinas no currículo escolar não pode ser confundido com um ensino voltado para uma área profissional específica e sim, o modo pelo qual o ser humano produz para si o mundo, os objetos e as condições de que precisa para existir.
No entanto, o trabalho como princípio educativo vincula-se, à própria forma de ser dos seres humanos, pois somos parte da natureza e dependemos dela para reproduzir a nossa vida.
Sendo assim, precisamos identificar o trabalho como uma ação transformadora consciente do ser humano, não considerando como emprego e sim como atividade fundamental pela qual o ser humano se humaniza, se cria, se expande em conhecimento e se aperfeiçoa.
A formação humana coincide com a capacidade única da pessoa transformar a realidade e a si próprio e assim ser capaz de produzir conhecimento, tecnologia e cultura. Na sala de aula essa integração é possível quando ocorre um processo de ensino-aprendizagem contextualizado, considerando a pesquisa como princípio pedagógico, contribuindo para a construção da autonomia intelectual do educando e para uma formação orientada pela busca de compreensão e soluções para as questões teóricas e práticas do cotidiano dos sujeitos trabalhadores.
Contudo, o trabalho é a atividade vital dos seres humanos e da própria sociedade e deve ser entendido como um processo que permeia todas as esferas da vida humana, constituindo a sua especificidade e sendo a base estruturante de um novo tipo de ser e de uma nova concepção de história. A pesquisa como princípio pedagógico está em compreender as diversas concenpções de ciência para que o educando possa se situar nesse mundo e compreender o sentido que historicamente vem tomando a produção científica em nosso país.
REFERÊNCIAS
http://redeescoladegoverno.fdrh.rs.gov.br/upload/1392215839_O%20TRABALHO.... Acesso em setembro de 2014.
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pacto_nacional_em/.... Acesso em setembro de 2014.
TEXTO 2: A interdisciplinaridade relacionada ao conceito de contextualização sócio-histórica como princípio integrador do currículo.
Um currículo integrado no Ensino Médio, em suas diferentes modalidades é um direito dos nossos jovens educandos para sua formação humana integral. O conhecimento escolar não deve ter apenas o conhecimento científico como saber de referência, devemos incluir práticas sociais e culturais, preparando o educando para o trabalho e cidadania, de modo que ele possa continuar aprendendo e ser capaz de se adaptar a novas condições de ocupação, pois, se negarmos esse direito aos nossos educando estaremos negando-lhe o direito a vida socialmente organizada, já que vivemos em meio a uma grande quantidade de conhecimentos disponíveis no uso da tecnologia e muitas vezes nos encontramos alienados e inseguros diante de questões fundamentais da vida pessoal e social.
As disciplinas escolares quando usadas apenas como acervos de conteúdos isolados e desprendido da realidade não permitem que o ensino aprendizagem se efetive, pois as áreas de conhecimentos devem ser compreendidas como um “conjunto de conhecimentos”, expressando integração, articulação e interlocução, fazendo com que a interdisciplinaridade seja o princípio da organização curricular.
Sendo assim, a interdisciplinaridade torna-se mais que um método e sim uma necessidade, pois um currículo integrado organiza o conhecimento e desenvolve o processo de ensino aprendizagem numa totalidade concreta que se pretende explicar/compreender.
No entanto, a organização do currículo não deve substituir a especificidade de cada componente curricular, porém, é necessária uma articulação entre as disciplinas com o objetivo de compreender o significado dos conceitos, das razões e dos métodos para o educando aprimorar seu potencial como ser humano, pois somos sujeitos de nossa história e do nosso conhecimento.
Contudo, a escola deve, a partir de suas atividades cotidianas, estabelecer possibilidades para a construção de uma educação conjunta, formando integralmente os educandos, não se baseando apenas em aprender o significado e sentido das ciências, das tecnologias e das práticas culturais, mas, formá-los para produzirem novos conhecimentos a fim de que sejam capazes de transformar a realidade em que vivem.
REFERÊNCIAS
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pacto_nacional_em/.... Acesso em setembro de 2014.