COLÉGIO ESTADUAL PAULO FREIRE, NÚCLEO TOLEDO, MARECHAL CÂNDIDO RONDON- CADERNO VI
QUESTÃO 1
A partir de sua formação- inicial e continuada e de sua experiência docente:
Quais tem sido os maiores desafios no campo da avaliação educacional?
Qual sua concepção de avaliação e como ela se constituiu na sua trajetória docente?
R- Os maiores desafios são a qualidade de trabalho- desempenho dos estudantes - os alunos obter informações, conhecimentos e habilidades- garantia de um ensino aprendizagem- avaliação contínua(sequência- processo e gradação) –promoção de estudos ( dificuldades e potencialidades – avaliação sinônimo de medida, prova ( função é a classificação) - qualidade depende do interesse do aluno- avaliação serve para definir e decidir o final do ano letivo ( aprovado ou reprovado) – A qualidade da educação depende do currículo, formação docente< gestão escolar, avaliação da aprendizagem, condições de trabalho, infra estrutura das escolas, condições de vida do aluno, capital econômico e cultura, social da família desse aluno, distribuição de renda , violência etc...Essa qualidade depende do interesse do aluno.
Falar de concepção de avaliação depende da ênfase que se faz necessária, se for informal é natural, espontânea e corriqueira, realizada por qualquer pessoa e sobre qualquer atividade. Quando for em instituições precisa estar no PPP. Na Escola a avaliação é realizada através de situações de aprendizagem, descritiva, crítica, coletiva, pode ser diagnóstica – global e operacional.
O objetivo da Avaliação é conhecer os seus pontos positivos e enumerar falhas e insuficiências. Por isso a eficiência de uma avaliação está no esforço e no resultado e precisa ser considerada útil e oportuna, realizada em tempo hábil, ético e com critérios justo. Deve ser bem planejado com os objetivos propostos na aprendizagem do aluno, levando sempre em consideração o “aluno” formação de pessoa crítica, autônoma e consciente. Na verdade a avaliação deve ser permanente, a medida que o aluno esteja trabalhando os conteúdos, respeitando os limites e as especificidade do aluno.
QUESTÃO 2
Em nosso Projeto Político Pedagógico a avaliação é tratada como “uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica” distante de ser um ato único e sim ser um processo e não apenas um processo, mas um processo cíclico. .
Na avaliação da aprendizagem busca-se principalmente a capacidade de reflexão do aluno frente à situações/problemas/tomadas de decisões que o ele venha a experimentar em sua vida, tanto dentro quanto fora dos muros escolares. Então deve ser encarada como um processo e não um ato. Ademais este processo não pode ter fim, deve ser um ciclo contínuo, descritivo, compreensivo e que dê ao aluno a possibilidade de agir de maneira crítica e reflexiva junto à sua realidade.
Por ser um processo permanente a avaliação utiliza técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiência e pesquisas, participação em trabalhos coletivos, atividades complementares apresentadas pelo professor que possam elevar o grau de aprendizagem dos alunos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.
A atribuição ou mensuração do aprendizado do aluno leva em conta sua história, em uma sala todos tem histórias diferentes e conhecimento também diverso. As avaliações levam em conta a vivência do aluno, ou seja, a evolução do seu conhecimento que é realmente avaliado.
Ao término do ano, busca-se um entendimento sobre a situação do aluno através do Conselho de Classe, que tem participação de todos os professores, equipe pedagógica e direção.
QUESTÃO 3
Reflexão e Ação - Caderno 6- questão 3
Após ter visto alguns dados nacionais sobre as taxas de rendimento, procure levantar os dados de sua escola e, sobre eles, observe os seguintes questionamentos:
– Quais são os dados e taxas de rendimento de sua escola?
– O que esses dados lhes revelam?
– Como esses dados são discutidos entre os professores?
Existe, na escola, algum debate sobre eventuais relações entre as taxas de rendimento e a avaliação da aprendizagem nas disciplinas ou em algumas das disciplinas?
3. Avaliação e taxas de rendimento: uma relação a ser problematizada
As taxas de rendimento no ensino fundamental e médio brasileiros indicam uma realidade preocupante, pois exemplificariam que o direito à educação penosamente conquistado estaria sendo negado na prática, com várias consequências negativas, mais ainda para alunos com nível socioeconômico mais baixo.
Taxa de frequência à escola da população de 6 anos de idade - Brasil 2011
PIAUI- 89,0
CEARÁ- 88,4
PARAÍBA- 88,0
PARANÁ- 86,9 ocupando a 13ª posição
Proporção da população de 12 anos de idade com ao menos os anos iniciais do ensino fundamental concluídos - Brasil 2011
SANTA CATARINA- 82,2
PARANÁ- 88,8 ocupando o 2º lugar
Proporção da população de 16 anos de idade com ao menos o ensino fundamental concluído - Brasil 2011
SÃO PAULO- 80,8
MATO GROSSO- 79,4
DISTRITO FEDERAL- 78,3
PARANÁ- 71,1 ocupando a 6ª posição
Proporção da população de 19 anos de idade com ao menos o ensino médio concluído - Brasil 2011
SÃO PAULO- 66,0
SANTA CATARINA- 64,7
DISTRITO FEDERAL- 63,6
PARANÁ- 53,8 ocupando a 8ª posição.
Tabela 1 - Ensino médio. Escolas estaduais. Taxas de rendimento. Brasil. 2007-2012
2007 2008 2009 2010 2011 2012
Aprovação 71,6 % 72,4 % 73,5 % 74,9 % 75,0 % 76,4 %
Reprovação 13,6 % 13,1 % 13,5 % 13,4 % 14,1 % 13,1 %
Abandono 14,8 % 14,5 % 13,0 % 11,7 % 10,9 % 10,5 %
Fonte: MEC/Inep
Constata-se que, praticamente, um em cada quatro alunos matriculados no ensino médio não consegue sucesso e, mesmo com a incorporação da taxa de aprovação ao cálculo do Ideb, não houve um salto de aprovações, como supunham alguns analistas com restrições a esse índice. Aliás, esse quadro, aliado ao desempenho no Saeb a ser enfocado posteriormente, explica por que o Ideb do ensino médio não avança tal como ocorre com os segmentos do ensino fundamental.
Fernandes e Freitas (2008, p. 20) ao salientaremque, apesar de uma cultura avaliativa
fortemente estabelecida, que associa avaliação com atividades destinadas a definir
quem “passa” ou quem “fracassa” com cunho meritocrático – quem merece o que pelo que fez –,
Entretanto, é possível concebermos uma
perspectiva de avaliação cuja vivência
seja marcada pela lógica da inclusão, do
diálogo, da construção da autonomia, da
mediação, da participação, da construção
da responsabilidade com o coletivo.
Tal perspectiva de avaliação alinha-se
com a proposta de uma escola mais de-
mocrática, inclusiva, que considera as
infindáveis possibilidades de realização
de aprendizagens por parte dos estudan-
tes. Essa concepção de avaliação parte
do princípio de que todas as pessoas são
capazes de aprender e de que as ações
educativas, as estratégias de ensino, os
conteúdos das disciplinas devem ser pla-
nejados a partir dessas infinitas possibili-
dades de aprender dos estudantes.
Contudo, chamam a atenção para o fato de que “tanto a avaliação somativa
quanto a formativa podem levar a processos de exclusão e classificação, na
dependência das concepções que norteiem o processo educativo”
O texto faz a reflexão de que seguramento não culpabiliza os educadores, mas
que se faz necessário um novo olhar para as práticas pedagógicas até então aplicadas.
E estes podem – e devem – ser discutidos, notadamente quando da elaboração
do projeto da escola ou, especialmente, nas reuniões de Conselho de Classe ou
demais reuniões.
Dados do SAEP 2013 – LÍNGUA PORTUGUESA
Abaixo do básico Básico Adequado Avançado
PARANÁ 17,80% 57,30% 21,80% 3,00%
NRE 10,70% 55,90% 29,10% 4,40%
PAULO FREIRE 17,10% 43,90% 29,10% 4,90%
Dados do SAEP 2013 – MATEMÁTICA
Abaixo do básico Básico Adequado Avançado
PARANÁ 28,80% 59,60% 10,70% 1,00%
NRE 18,30% 62,50% 17,50% 1,60%
PAULO FREIRE 22,00% 63,40% 14,60% 0,00%
O Ideb 2013 nos anos finais do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Paulo Freire da rede pública não atingiu a meta, tendo um decréscimo de 5,3 para 5,0, sendo que a meta era 5,5. Para 2015 propõe-se uma meta de 5,8. O Colégio não oferta o Ensino Médio na modalidade regular, portanto não apresenta avaliações do IDEB para esse nível de ensino. A EJA ( modalidade ofertada nesse educandário ) não passa pelas avaliações do IDEB.
Através da análise desses dados em dois momentos: Formação e Ação ( formação continuada ) e no Conselho de classe, foi diagnosticado problemas relevantes no que diz respeito a leitura e problematização dos alunos. Algumas ações foram proposta no sentido de sanar esses problemas. As propostas foram sugeridas pela equipe de professores das diversas disciplinas e visam motivar toda a comunidade para a leitura: Clube de leitura no facebook : grupo onde os alunos e professora pastam resenhas de livros que estão lendo, hora do conto:Leitura de um conto no início das aulas de Língua Portuguesa, Maratona de literatura, troca de livros semanalmente.
Os alunos que frequentam o Ensino médio na EJA são trabalhadores e estão impossibilitados de frequentar as aulas no período diurno, pois o sustento de suas famílias é imprescindível.
Analisando os dados de conclusão do Ensino Médio na EJA ( Educação de Jovens e Adultos ) verificamos que o número de concluintes para o Ensino Médio é de 24 alunos na sede e 17 alunos nas APED's ( Ações Pedagógicas Descentralizadas ).
Sabemos que podemos melhorar para garantir mais alunos aprendendo e com um fluxo escolar adequado.
QUESTÃO 4
A respeito da avaliação externa, temos que lembrar acima de tudo, quais as razões das mesmas existirem .Somos sabedores que é um problema do Governo Federal, ou seja, o mesmo não consegue oferecer vagas nas universidade para todos, e tais políticas tem como finalidade selecionar os melhores alunos para ocupar as poucas vagas existentes .No tocante as abordagens das avaliações externas , na nossa escola, percebemos a preocupação da mesma em oferecer aos alunos tais oportunidades e em contra partida uma grande aceitação por parte dos mesmos, dando-lhes a oportunidade de disputar a tão sonhada vaga na universidade. As atividades voltadas para essas avaliações são uma preocupação da escola, sendo que as mesmas já ocorrem ao longo do ano letivo com simulados, pesquisas em laboratório, matérias como revistas e jornais. Tal organização já é incorporada na organização do plano de ensino , considerando que é um dos objetivos da escola e dos professores oferecer tal conteúdo para os estudantes, enriquecendo assim o seu conhecimento.
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