Reflexão e Ação/Currículo - Caderno III
1- Trabalho, ciência, tecnologia e cultura estão indissociados do mundo do trabalho. “Compreendidos dessa forma, trabalho, ciência, cultura e tecnologia se instituem como um eixo a partir do qual se pode atribuir sentido a cada componente curricular e a partir do qual se pode conferir significado a cada conceito, a cada teoria, a cada ideia” (MEC- Caderno III, p. 9). Neste sentido, tudo o que ensinamos em sala de aula tem alguma relação com o mundo do trabalho, ou seja, como uma ponte que faz a interligação, uma relação direta entre teoria e prática, entre educação e trabalho. Toda esta estruturação teórica está causando espanto para muitos professores, principalmente para profissionais da área de linguagens e ciências exatas e da natureza. Há professores resistindo às mudanças, assim como há professores que batalham sem medir esforços para que realmente aconteçam estas mudanças. O estudo das ciências naturais causa melhoria na qualidade de vida dos alunos pois eles conseguem associar o conhecimento à sua prática diária. No entanto, o professor não pode ser simplesmente um transmissor de conhecimentos ao ensinar biologia, pois os alunos devem ser estimulados à aplicar o conhecimento no seu cotidiano. Ao planejar a atividade curricular, deve-se levar em conta que o conteúdo trabalhado deve estar articulado de forma que os jovens terão que raciocinar para obter soluções para os questionamentos e problematizações. Os conhecimentos prévios apresentados pelos alunos são geradores de debates e reflexões, trazendo à sala de aula interação e novas possibilidades de desenvolver os assuntos .É importante a educação na vida das pessoas, pois quanto maior seu conhecimento, maior sua capacidade de relacionar-se com o mundo. Em face de vivermos num mundo comandado pelas ciências e tecnologia, os conhecimentos científicos se tornam indispensáveis para que essa relação aconteça.
2- Proposições que mais geraram debates: primeira, o trabalho como centralidade; segunda, articulação entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura e terceira, entender como na prática, trabalho, ciência, tecnologia e cultura, como relação indissociável, poderão nortear a organização curricular, de modo a compreender o trabalho como princípio educativo. A que se atribui que tenham sido as questões mais polêmicas: 1 – Cotidianamente – entre os docentes – não há a devida clareza sobre o papel que o trabalho ocupa na vida dos jovens/estudantes; 2 – A dificuldade de cada disciplina em articular as quatro frentes dentro da mesma diretriz curricular. Em outras palavras, resistência à mudança; 3 – Esta estruturação teórica está causando espanto para muitos professores, principalmente para profissionais da área de linguagens e ciências exatas e da natureza, com exceções evidentemente. Há professores resistindo à mudança, assim como há professores movendo montanhas favoravelmente às mudanças.
3- As finalidades da Educação Básica são trabalhadas pelos professores ao longo dos anos em sala de aula. Contudo, o Estado não dá todas as condições necessárias para a operacionalização dos objetivos no interior das escolas. Exemplos: porte das escolas; ausência de profissionais como Assistente Social; Psicóloga para dar suporte à Equipe Pedagógica; desinteresse pelos cuidados para com a saúde dos professores. Daquilo que ensino em sala de aula, penso que estamos trabalhando com o objetivo de possibilitar a emancipação dos sujeitos, ao menos no campo teórico. Também estamos contribuindo para a construção do conhecimento dos alunos, rumo ao espaço dos mesmos no mercado de trabalho e em alguns casos, no ensino superior.
4- Após acesso à proposta curricular de minha escola e do componente curricular o qual atuo e que está presente na referida proposta, é possível dizer que a proposta curricular existente não apresenta muita flexibilidade de mudanças em termos de conteúdos. O que vemos possibilidades de alterações e/ou adequações está na integralização entre temas de estudo e disciplinas, além de um novo formato de trabalho, norteado pelas dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura.