COLÉGIO ESTADUAL PADRE CIRILO- CAPANEMA

COLÉGIO ESTADUAL PADRE CIRILO-CAPANEMA-  ETAPA I CADERNO III
O currículo do Ensino Médio, seus sujeitos e o desafio da
Formação  humana integral
Um dos princípios da Educação  Histórico Critica Social pressupõe que os cidadãos tenham capacidade de compreender, expressar opiniões e tomar decisões bem fundamentadas, enfim, que possam construir seu espaço sócio-político. Neste sentido, os conteúdos curriculares devem expressar a realidade/ mundo real. Para tanto, acredita-se que as questões que envolvam a ciência, a tecnologia e a sociedade possam ser levadas para a sala de aula, onde serão discutidas, despertando, dessa forma, o senso crítico, a postura e defesa dos alunos perante situações que envolvam o seu dia-a-dia. Cabe a cada uma das áreas do conhecimento, presentes no ensino médio, atrair estes enfoques para a sua disciplina e questionar a relevância da mesma, no que concerne ao envolvimento da ciência, da tecnologia e da cultura.
Precisam perceber que, é o homem que constrói o meio social no qual vive, mudanças podem ser realizadas e que não precisam apenas se adaptar a essa realidade, é preciso lutar pelas decisões e escolhas, pois nada lhes é dado pelo destino.
EXEMPLO: Ao se utilizar estratégias de discussão oral e escrita, além de permitirem uma participação mais efetiva dos alunos, também propiciaram o desenvolvimento de outras habilidades, dentre as quais a criatividade, a reflexão crítica e a capacidade de argumentação. Torna-se cada vez mais visível a necessidade de os alunos falarem, exporem suas ideias, criticarem e questionarem.
EXEMPLO: A interdisciplinaridade e a contextualização, proporcionadas ao longo das aulas situam os alunos no espaço/tempo para melhor compreensão do real.
Assim sendo, é necessário que os conhecimentos deixem de ser trabalhados de forma estanque, sem que o vínculo entre eles e o contexto social seja ressaltado. É necessário que o trabalho conjunto e contextualizado possa acontecer, de forma a não levar o aluno a pensar que o diálogo entre os conhecimentos não existe e que um não necessita do outro
Como está destacado no Parecer CNE/CEB n. 05/2011 (BRASIL, 2012a), objetiva-se no ensino médio, formar para a cidadania, oferecer novas perspectivas culturais e proporcionar o desenvolvimento da autonomia intelectual e o exercício dos direitos sociais, para além da formação profissional. FORMAÇÃO INTEGRAL, SUJEITO EMANCIPADO.
As diretrizes em discussão buscam a formação humana em uma proposta que tem o trabalho como princípio educativo, a pesquisa como princípio pedagógico, os direitos humanos como princípio norteador e a sustentabilidade ambiental como meta universal. Esses elementos reforçam tanto a relação da aprendizagem com a diversidade quanto a formação para a cidadania.
Para Arroyo (1998), conceber a centralidade do trabalho com o constituinte da condição humana é também conceber o ser humano como construção histórica.
Podemos, pois, dizer que a essência do homem é o trabalho. A essência humana não é, então, dada ao homem; não é uma dádiva divina ou natural; não é algo que precede a existência do homem. Ao contrário, a essência humana é produzida pelos próprios homens. O que o homem é, é-o pelo trabalho. A essência do homem é um feito humano. É um trabalho que se desenvolve  e se complexifica ao longo do tempo: é um processo histórico. É, portanto, na existência.

Conforme o Parecer, pretende-se a construção de uma escola que possua base unitária e possibilite ao aluno do ensino médio se apropriar do conhecimento com vistas à emancipação humana, em uma articulação com o trabalho, ciência, tecnologia e cultura. O documento realça a importância da diversificação do currículo e determina que seja assegurado um currículo significativo para os alunos.
Para Adorno (2000), emancipar significa, “tomar decisões conscientes  independentes, por meio de uma consciência verdadeira, sendo à base e uma sociedade verdadeiramente democrática”.

Para que essa Emancipação Humana centrada nos princípios do bem estar do outro e também na vida ocorra, fazem-se necessárias múltiplas mudanças dentro da educação, na sociedade, mas principalmente nos seres que nela atuam como formadores de cidadãos, pois, como educadores/formadores só poderemos ensinar aos nossos semelhantes  o que acreditamos ser bom para nós, incorporando em nosso cotidiano ações emancipatórias e, que essas se tornem tão fundamentais à vida dos sujeitos, fazendo -se necessário criar e dar condições concretas para o exercício da cidadania, da democracia e consequentemente da emancipação do ser.

Há necessidade de uma reformulação da Proposta Curricular do Ensino Médio, porém demanda tempo e muito estudo. Além deste desafio, é necessário definir  concepção filosóficas e sociológicas para essa etapa de ensino, reconhecendo as reais condições dos recursos humanos, materiais e financeiros das redes escolares públicas, que ainda não atendem na sua totalidade às condições ideais.
Também é necessário que esse processo seja acompanhado da efetiva ampliação do acesso ao Ensino Médio e de medidas que articulem a formação inicial dos professores com as necessidades do processo ensino-aprendizagem, ofereçam subsídios reais e apoio de uma eficiente política de formação continuada para seus professores, no que tange a Formação Acadêmica e Continuada. A proposta curricular deve levar em conta à formação de um sujeito com formação integradora que possa tomar decisões conscientes independentes.

PROFESSORES PARTICIPANTES:
ANDREA LILIAN ULRICH;
CLEMILDA NONATO DA SILVA;
CARLOS WAGNER;
CARLA VANIZE DALLAGO;
EDSON OLIVIO TOVO;
ELISANDRA INES DOMANSKI
JORGE SCHMITZ;
JAQUELINO DE LIMA;
KATIANE ANDREIA VICENTE;
LETICIA GNOATO DA ROSA;
MADEILENE TEREZINHA MARCELLO DA ROSA;
MARTA MARONEZ KIRST;
ROSELI SALVADOR WEISSHEIMER;
ROSEMERY FATIMA VETTORELLO POSSATO;
SANDRA MARA ZIMMER;
SOLANGE SALVADORI;
SONIA SOFIA WISNIEWSKI KONZEN;
SONIA REGINA CAVAGNOLI;
TATIANA WISNIWSKI;
TANIA REGINA DA ROSA KONZEN;
TEREZINHA NELCI CABREIRA.