COLÉGIO ESTADUAL OLIVO FRACARO - CASCAVEL/PR - CADERNO II

O desafio de trabalhar com os “jovens de hoje”. Pois a indisciplina sob a forma de “falta de respeito” com os professores e principalmente a “irresponsabilidade” juntamente com a “dispersão” devido ao uso de aparelhos eletrônicos. Muitos outros fatores podem exemplificar os pontos de intrigas entre jovens e professores no ambiente escolar.
É necessário uma reflexão, para “os problemas da juventude na escola”, ou seja, melhorar o relacionamento entre estudantes e a instituição de ensino.
O diálogo proposto pela Formação de Professores do Ensino Médio é para resolver os problemas citados anteriormente com desafios para a busca da compreensão a respeito do que significa ser jovem na atualidade e o jovem em relação ao ensino-aprendizagem.
Pois presenciamos a todo momento que a escola é percebida como “obrigação” necessária. Infelizmente o professor leva a culpa pela falta de interesse dos jovens. Essa crise na escola tem relação entre Jovens X professores/escola. Essa política de responsabilização ora do professor, ora dos jovens não leva a busca de soluções para o conflito.
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (BRASIL, 2012) apontam para a centralidade dos jovens estudantes como sujeitos  do processo educativo. Já no Conselho nacional de Educação (CNE, 2011) fica explicito a necessidade de uma “reinvenção” da escola para o aprimoramento do educando como pessoa humana (ética, intelectualidade e o pensamento crítico) juntamente com a aceitação da diversidade e a realidade dos sujeitos do processo educativo.  Dessa forma precisamos desenvolver um trabalho de formação humana que contemple a totalidade dos nossos jovens estudantes. Assim percebemos que não existe uma juventude, mas juventudes.
Até o momento foi comentado sobre o jovem irresponsável no âmbito  escolar. Mas e o jovem responsável que participa da vida escolar com respeito, atitude e integridade estes estão sendo valorizados? Claro que pelos professores sim, mas para os colegas? Estão respeitando o direito do outro a ter acesso a aprendizagem? Estão tendo limites? Nessa perspectiva não podemos deixar de fora o aluno que se interessa pela escola e que tem respeito pelo ambiente escolar.
São questões que a comunidade escolar tem que refletir, para “incentivar” a busca do conhecimento e a melhorar a relação entre jovens/professores/comunidade escolar.
O professor como sujeito que conhece a função  da escola. Também que ser jovem não é fácil, nem mesmo uma “definição” tem para o termo “o que é ser jovem?”. Mas os jovens são formados por elementos relacionados ao simbólico, ao cultural e aos condicionantes econômicos e sociais que estruturam as sociedades, ou seja, os jovens são socialmente produzidos nos contextos históricos, sociais e culturais distintos além da idade biológica. Por isso que o texto do 2º Encontro da Formação de Professores do Ensino Médio diz que “não existe uma juventude, mas juventudes”.
Pois a juventude constitui um momento determinado, mas não se reduz a uma passagem. Assim muitas vezes os atos da juventude, têm conseqüências na vida adulta.
A expectativa é que cada professor e comunidade escolar construam em conjunto um perfil social, cultural e afetivo dos integrantes do grupo com o qual atuam. Pois é óbvio de que os jovens com os quais nos relacionamos em nossas escolas têm muito a aprender, então devemos aprender com eles a experiência de viver de forma inovadora, criativa e solidária. Já que os jovens  necessitam de uma socialização. Essa socialização ocorre muitas vezes pela internet. Então acreditamos que o uso da internetês atrapalha o rendimento escolar, mas por outro lado também devemos fazer parte da internetês. A cibercultura está presente em nossa atualidade, podemos e devemos usá-la para melhorar o relacionamento entre professor/aluno e consequentemente assim a educação escolar.
Mas vejo que esse é só um instrumento didático, pois é fundamental a participação dos responsáveis  pelo educando estar constantemente presente na vida escolar e fazendo parte da comunidade escolar. “Abraçando” projetos propostos pela escola.
Assim, o adulto enquanto professor  pode auxiliar o jovem nas questões, que sou eu? Para onde vou? Qual o rumo dar à minha vida? Já que  a escola é uma instituição central na vida dos jovens, onde o professor é mediador do ser jovem e ser estudante amenizando essa dificuldade de relacionamento entre jovens e escola.