COLÉGIO ESTADUAL MONSENHOR GUILHERME ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL – FOZ DO IGUAÇU, PARANÁ
ETAPA II – CADERNO III
CURSISTAS
Gislaine Aparecida Poli
Jean carlo Bresolin
José Augusto de Mello
Ledir Kreuzberg Marcelino
Mario Celso de Souza
Vagner da Silva Costa
Elizabeth Lopes dos Santos
Maria Ingrid Britz Guder
CONTEXTUALIZAÇÃO E CONTRIBUIÇÕES DA ÁREA CIÊNCIAS DA NATUREZA PARA A FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DO ENSINO MÉDIO
É comum associarmos investigação com experimentação nas salas de aula de Ciências da Natureza. No entanto, a experimentação no ensino de Ciências da Natureza, de maneira geral, é aplicada para se demonstrar algum conceito e, muitas vezes, tem somente como objetivo motivar mais o aluno para o tema.
Ao contrário dessa concepção, hoje é possível afirmar que a investigação no ensino das Ciências da Natureza constitui-se por princípios, orientadores da prática pedagógica. Esses princípios não necessariamente se concretizam por meio de atividades experimentais. Podem ser realizados também com a mediação de textos didáticos, textos de divulgação científica, exercícios, vídeos e atividades com características diversas, envolvendo todas as disciplinas, ou seja, de forma interdisciplinar.
Nós educadores devemos saber que os modos de fazer e pensar da ciência são parte fundamental do que devemos ensinar, isto é, desenvolver técnicas de motivação que proporcionem prazer pelo aprendizado. Tão essencial quanto examinar o saber já estabelecido é apresentar aos alunos a ciência como um processo, como uma maneira de chegar aos conhecimentos de que já dispomos atualmente, reforçando a contribuição cumulativa da ciência e tecnologia ao longo do desenvolvimento da humanidade.
Assim, o importante é que as aulas permitam aos alunos terem um papel ativo, estimulando a atividade intelectual e social do educando a partir do uso da imaginação, curiosidade e criatividade.
Contudo, o mais importante é que os conteúdos se tornem, progressivamente, mais complexos, começando com competências mais simples, como a observação, a descrição, a classificação, a busca de padrões e a formulação de perguntas, e, depois, abordar as que estão mais próximas do pensamento hipotético-dedutivo, como a realização de experiências, a análise dos dados e a elaboração de conclusões. Isso permitirá que os professores trabalhando em equipe, possam planejar suas aulas de forma interdisciplinar.
As boas experiências são aquelas que se relacionam de maneira direta com o tema estudado, que apresentam perguntas a ser respondidas e que não se restringem apenas a receitas que, seguidas passo a passo, confirmam algo que já se sabe. Ao fazer bons experimentos, os estudantes aprendem a manter todas as condições constantes, salvo aquela variável que se quer investigar, a necessidade de registrar os dados para poder analisá-los depois e a importância de escolher um método de medição ou análise que corresponda aos objetivos, entre muitas outras coisas.
Também é fundamental que as experiências sejam guiadas sempre partindo de perguntas genuínas, que não se prestem apenas a verificar informações que o educador já transmitiu aos alunos, ou seja, para que sejam planejadas práticas que levem ao sucesso no aprendizado, faz-se necessário que haja empenho por parte do educador, enquanto facilitador do processo de ensino-aprendizagem, a fim de utilizar técnicas que levem o educando a participar de maneira ativa, tornando-se um indivíduo crítico e consciente de seu papel na sociedade.
Diante do exposto, observamos que a interdisciplinaridade é um recurso de que dispõe o professor para trabalhar de maneira integrada, compartilhando conhecimentos e levando as informações aos educandos de forma mais descontraída e prazerosa, possibilitando apreenderem com mais facilidade as informações transmitidas nas aulas.
Portanto, quando disponibilizamos questões que desenvolvam o interesse, despertamos a curiosidade em buscar respostas para os problemas apresentados, e, quando estes envolvem a Natureza, de forma interdisciplinar, estaremos incentivando a consciência sustentável e oportunizando meios onde os alunos tenham condições de formular as suas próprias teorias e conclusões.