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Orientadora de estudo- Profª Pedagoga Rosi Margarete Bassa
As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio debatem sobre a importância de uma formação profissional, na qual o educando interaja com as diversas áreas de conhecimento na prática e realmente venha a aprender um ofício, que fará sua inserção dentro de um contexto social e, assim, agregar valores à sua formação humana, social e cultural. O documento citado se baseia em um universo de trabalho agregador, onde o estudante venha a adquirir conhecimento de mundo e se integrar à sociedade através dele, algo totalmente fora de contexto com que temos hoje, em um mundo onde grandes corporações, ansiosas por mão de obra cada vez mais barata e de baixa qualificação profissional, também tendo em foco a realidade social do jovem brasileiro, sem grandes perspectivas, necessitado de uma renda para a realização das suas demandas mais urgentes. Para que esse quadro venha a ser desconstruído, é necessário a quebra de alguns paradigmas, como a baixa importância dada ao conhecimento teórico pelo discente e o excessivo valor dado às aptidões profissionais, que lhe servirão por um tempo determinado, mas totalmente fugazes se analisarmos em um futuro a breve prazo, ou seja, uma formação que não lhe dá subsídios necessários para viver em sociedade tão exigente e lhe faça conhecedor de seus direitos e deveres. Em consequência disso, será um futuro beneficiado de bolsas sociais e concorrente a empregos com baixa remuneração, sem maiores pretensões no âmbito profissional.Sabedora dessa realidade, a escola deve articular meios de fornecer ao discente uma educação transformadora que o auxilie futuramente de forma mais contundente, lhe oferecendo em tempo integral não apenas os conhecimentos básicos, mas também ofertar uma maior gama de especialidades com maior valorização social, que lhe permitam ter uma melhor posição futuramente no mercado de trabalho e, em consequência disso, manter nossos alunos dentro do estabelecimento educacional por tempo maior, com acesso permanente ao conhecimento pois nossos alunos saem despreparados do ensino médio. Infelizmente, para isso, é preciso um investimento muito mais preciso, aumento de verbas e uma certificação de que essa ajuda chegue às escolas para que essa possa realmente ser agente modificador dentro do seu contexto e possa ter uma maior liberdade para investimento nas áreas mais necessárias, sem tanta burocracia, como ocorre atualmente. E, para finalizar, uma reciclagem mais efetiva no quadro de professores, para que estes estejam mais preparados para lidar com os alunos que lhe são confiados.
Um questionário é um instrumento utilizado para a coleta de dados, composto por um determinado número de questões, pelo qual é feita uma sondagem e sua meta principal é permitir ao pesquisador um determinado conhecimento. Dentro disso, o Colégio Estadual Profª. Marli Queiroz de Azevedo levantou alguns dados que permitam ter informações socioeconômicas, profissionais e familiares com seus alunados. Na pesquisa feita com o ensino médio da escola, pertencentes aos turnos da manhã e do noturno, com alunos de 1º, 2º e 3º, verifica-se que a faixa etária dos discentes está entre 14 a 23 anos onde ficou constatado que a grande parte deles mora com a família em apartamento ou casa (86,34%) junto com os pais (84,21%) numa residência com até quatro pessoas (36,85%) e em casa própria (85,21%). Em relação a escolaridade, a maioria assinalou como ensino médio completo por parte do pai (23,15%) e da mãe (23,15%), além atuarem no ramo da construção civil (18,98%) e comércio, banco, transporte, hotelaria (29,86%) respectivamente, com renda aproximada de R$ 1.448,00 a R$ 3.620,00 (55,4). Além disso, a porcentagem que tem acesso a TV (96,88%), Computador (89,40%), automóvel (86,30%), telefone celular (99,4%) e acesso à internet (76,56%) Quanto ao mercado de trabalho, poucos estão empregados atualmente (2,74%). A maior parte opta por um emprego apenas pra satisfação de necessidades pessoais (23,56%) e poucos tem como objetivo ajudar a manter as despesas no lar (4,56%), e a renda média de R$ 724,00 (32,45%) até R$ 1448,00 (23,65%)O que chama atenção é o grande número de discentes que afirmam o emprego como o empecilho para continuidades aos estudos (22,35%) e aqueles que mesmo assim decidiram priorizar o mercado de trabalho, mesmo admitindo que as funções desempenhadas podem ter atrapalhado a sua formação (12,34%), além de poucos considerarem que o ensino médio lhe propiciou cultura e conhecimento (38,41%).
Cursistas- Adizio Gomes de Freitas Junior, Alessandra Maragno, Aline Conceição da Costa, Antonio Martins Bitencourt, Carlos Renan de Chaves, Daiane de Paula Faria, Donaldo Schreoeder, Eberson Ricardo Sabião, Elane Xavier Gomes, Fernanda do Rocio Nardin, Gilberto Brandl Junior, Jean Lonis Macedo, Joel Pereira dos Santos, Josiane de Fatima Gay Colly, Kark Werner Weiand, Kleber Luiz Xavier, Luciane Domingues Tancredo, Monica Aparecida Cardoso, Robson Morais Passos, Thais de Moraes Gelini.