COLÉGIO ESTADUAL LEONCIO CORREIA - CURITIBA-PR- REFLEXÕES DOS CADERNOS I E III

Na perspectiva de uma formação integral, a escola torna-se o ponto fundamental nesse objetivo da formação da juventude, que compreende essa faixa etária e que são os integrantes do Ensino Médio.
Portanto, os instrumentos que estão à disposição do trabalho pedagógico torna-se de importância crucial, para a organização desse trabalho, que visa o atingi mento dos objetivos da escola, em sua especificidade.
Contudo,  na  organização  do  trabalho  pedagógico,  deve-se  levar  em conta a pluralidade cultural e ser considerada, também, uma visão ampla de mundo no processo educativo, sem rotulações dos fenômenos culturais, para oportunizar, a todos, essa visão global do desenvolvimento da humanidade.
Sendo assim, a escola passa a cumprir o papel de mediador e formador de  um  ser  humano  integral,  de  visão  e  entendimento  desprovidos  de julgamento etnocêntricos, que tendem a afetar os seres humanos em geral.
Diante da complexidade do ambiente escolar, a tarefa de planejar torna-se algo crucial, para a obtenção de êxito na aplicação dos conteúdos, propostos nas diretrizes curriculares. Portanto, o planejamento participativo do significado às ações do cotidiano escolar e permite um ensino interdisciplinar, tornando possível uma formação integral do educando.
Todas essas ações do espaço escolar são propiciadas, quando esse planejamento é apoiado em uma gestão  democrática  que  envolva  toda  a comunidade escolar. Sendo assim, deverão ser oportunizados momentos de reflexão entre as partes envolvidas, com a finalidade de organizar e planejar as atividades e conteúdos, para  essa  formação,  tanto  do  docente  como  do discente.
A Proposta Pedagógica Curricular e o Projeto Político Pedagógico serão os instrumentos para nortear a participação de todos os professores, provocando, inclusive, as modificações necessárias, nestes instrumentos, de acordo com as novas realidades e necessidades enfrentadas pela escola.
Concernente à participação dos estudantes, torna-se necessário o estímulo à organização dos representantes de turma, para que tais representantes possam participar do cotidiano escolar, formando, assim, o chamado Conselho da Classe Participativo.
Realizada essa reflexão, o grupo de estudos do PACTO (Pacto pelo Fortalecimento do ensino Médio) no Colégio Estadual Leôncio Correia, decidiu
Chamar todos os representantes de classe, para a realização de um “conselho”, no qual tiveram a liberdade e a oportunidade de expor seus pensamentos sobre suas expectativas, em relação ao Ensino Médio.
Na ocasião, os alunos foram questionados sobre suas visões, em relação ao que os mesmos vivenciam, nas suas experiências como alunos de Ensino Médio, confrontando com aquilo que os mesmos expressaram serem suas expectativas em relação ao ensinamento e ao aproveitamento das disciplinas.
Foram feitas muitas colocações, a respeito de suas expectativas e, dentre elas, podemos destacar as seguintes:
- Esperavam que o Ensino Médio fosse uma “evolução”; “algo mais complicado”.  Então o estudante nos dá as respostas e o incentivo que necessitamos para realizar melhoramentos em nossas práticas pedagógicas, principalmente porque aconteceram outras “falas” que nos levaram ao entendimento de que os mesmos esperam um aprofundamento nos conhecimentos a serem adquiridos em sala de aula.
Esse aspecto foi, ainda mais, evidenciado quando afirmaram “nem sempre tem aquilo que desejam”, dando a entender que esperam mais da escola pública, do que aquilo que estão recebendo.
“Não tenho esperança de uma escola pública de qualidade”; isso nos diz da necessidade urgente de viabilizarmos o PACTO (Fortalecimento do Ensino Médio), observando que não será necessário iniciar do “zero”, porque temos profissionais do ensino de alta qualidade e boa formação que, reorientados nas suas práticas podem fazer a diferença.
O estudante tem consciência do seu papel dentro da escola, porém sinalizam com a necessidade de mais diálogo, mais responsabilidade e mais dinamismo.  Declaram-se sabedores de que suas dificuldades aparecem, principalmente, pela falta de pré-requisitos para a apropriação dos conteúdos do Ensino Médio.
Outra questão levantada pelos alunos é a da responsabilidade com deveriam encarar os estudos: “Quando reprova é que. começa a criar vergonha na cara”.
Quando questionados sobre como poderiam contribuir para uma escola melhor, foram de encontro com as propostas do PPP e mesmo da PPC, que nos dão o direcionamento para nosso trabalho pedagógico.
Muitos dos alunos presentes posicionaram-se com relação a uma escola democrática, quando declararam que a escola deveria ser um espaço de diálogo e respeito, entre alunos e professores; “o respeito deve ser recíproco”;
Que eles (alunos) deveriam oferecer ajuda, aos outros alunos e aos professores, para um melhor andamento de aproveitamento das aulas. Que afasta de domínio das turmas, por alguns professores, pode gerar tumulto – “ele não sabe dominar a sala” -; união e empatia foram outras colocações dos alunos sobre como contribuir para uma escola melhor.
Desse debate com os alunos foi possível angariar diversas opiniões, para fortalecermos o conselho de classe, e que vieram de encontro com as reflexões dos Cadernos I e III, respectivamente.