COLEGIO ESTADUAL JUSCELINO K. DE OLIVEIRA - FOZ DO IGUAÇU – PR Caderno I - Etapa II – OTP – Organização do trabalho pedagógico

COLEGIO ESTADUAL JUSCELINO K.  DE OLIVEIRA -  FOZ DO IGUAÇU – PR
Caderno I - Etapa II – OTP – Organização do trabalho pedagógico

A  Organização do Trabalho Pedagógico tem por base central o ensinar que é um ato intencional, construção de uma identidade cultural humana como coletividade e o trabalho como principio educativo do individuo, a partir desses dois pontos surgem divergências para  a concretização  de uma educação humana de forma integral.
A diversidade e a pluralidade constituem  um desafio à organização do trabalho pedagógico escolar, pois e vigente na nossa sociedade, ainda nesse século, uma cultura fechada, acerca de assuntos relacionados ao processo de naturalização, ou biologização das diferenças étnico-raciais, de gênero ou de orientação sexual, dificultando assim um processo de educação humanizadora.
Mas já se pode enxergar uma penumbra: Há uma abertura por partes de alguns estados mais que outros que trata dessa reflexão de forma favorável  e humana. Já existem parcerias de órgãos e comunidades escolares possibilitando discussões e a entrada de um replanejamento do trabalho pedagógico.
O respeito ao individuo e seu direito constituído deve “aparecer garantido”, dentro da construção do PPP e do plano de trabalho, independente de sua origem e escolhas prezando assim pelo direito de justiça e da justiça do direito.
A comunidade escolar tem que garantir ao estudante princípios e meios para que este chegue ao final de sua formação com êxito.
Considerando que o processo educativo e a ferramenta, ou seja, a alavanca que induz a estruturação de uma sociedade ele deve ser pensado e construído com capacidade de romper e combater exclusões, preconceitos e discriminação não somente de forma teórica mas prática, nós preocupados em buscar soluções, métodos e melhor engajamentos para colocar em prática nossas ações, desenvolvemos um trabalho coletivo com os alunos do 3° ano A da Escola Estadual, em Foz do Iguaçu, para refletirmos e juntos elaboramos ações que nos beneficiem tanto quanto às questões docentes quando discentes. O resultado foi surpreendedor, pois, ao analisarmos as questões propostas tivemos a certeza de que nossos jovens estão sim, preocupados com uma educação de qualidade e buscam através da escola melhores condições de crescimento pessoal e coletivo. Estes por sua vez interessam e sentem capazes de participar e juntamente com os segmentos de opinar, decidir e buscar melhores condições de crescimento. Os alunos percebem que muitas são as possibilidades que a escola lhes oferece e reconhecem que os conselhos escolares e de classe são fundamentais para promover uma educação inovadora beneficiando-os e estimulando-os no enriquecimento de conhecimentos culturais e sociais ajudando-os a vencer os obstáculos no processo de ensino-aprendizagem.
Um dos problemas que já é de conhecimento da equipe pedagógica e que também teve destaque no trabalho realizado com os estudantes foi a participação de poucos pais na vida escolar dos filhos. Os mesmos disseram que mesmo estando no Ensino Médio, sentem falta da presença da família nas atividades realizadas na escola, reconheceram também que a maiores destes, são alunos advindos de áreas periféricas de alto risco e baixa situação econômica. Interesse menor com o ensino escolar do ensino médio. Encaminhamentos que tragam visão ampla num tocante de permanência na escola melhor situação econômica, perpassando todos os segmentos escolares contribuindo assim para mudança ou amenização da situação, o que também dificulta a participação efetiva.
Baseados nesta atividade professores e estudantes elaboraram uma pesquisa a ser realizada com os pais para indagação de pontos que possam beneficiar esta parceria tão importante na vida desses alunos, buscando o que permitirá e irá lhe proporcionar um ambiente agradável, prazeroso e, sobretudo para que a família se alie a escola em busca de uma educação de qualidade.
É sabido, pois, que se torna indispensável socializar o saber sistematizado, historicamente acumulado, como patrimônio fazendo com que esse saber seja criticamente apropriado pelos educandos, que trazem consigo o saber popular, o saber da comunidade em que vivem e atuam. A interligação desses saberes pelos estudantes e pela comunidade local representa um elemento decisivo para o processo de democratização da própria sociedade.
Resultante de todo  esse processo surge a  reflexão acerca dos principais problemas da escola (Ensino Médio) e analise dos impactos desses assim como ações para mudar essa realidade onde  os resultados terá o foco de  contribuição para a reescrita do PPP.

PROBLEMA
(O que precisa ser mudado)

  IMPACTOS NEGATIVOS
(Do problema) AÇÕES
(Para resolver o problema)
Observamos, por vezes, em nossa prática pedagógica e atuação docente que um número considerável de discentes,  chegam ao ensino médio com dificuldades de aprendizagem graves em determinadas disciplinas do currículo e  defasagem de conteúdos, por esse motivo,  ficam perdidos ou, às vezes, alheios e desinteressados em aprender e estudar. Em outras palavras, o ensino médio não é atrativo aos alunos, estes buscam e/ou priorizam pelo trabalho mesmo que de maneira informal, para complementar a renda familiar.

  - Não apresentam expectativa em relação ao futuro e ao mercado de trabalho.
- A autonomia vira abandono  no ensino médio, e  os jovens não são mais assistidos e/ ou acompanhados por suas família, por acreditarem que estes são suficientemente responsáveis por suas escolhas.
- Os discentes não compreendem as vantagens de permanecer na escola, evadem ainda  no Ensino Médio e não chegam à Universidade porque demonstram não tem claras expectativa de crescimento intelectual.
- O discente fica desmotivado tanto pelo conteúdo quanto por aprender.
- O discente perde a sequência dos conteúdos trabalhados e na maioria das vezes o número de aulas não é suficiente.
  - Investimento por parte do governo do estado para oferecer aulas de plantão tira dúvida, e reforço escolar no contra turno, bem como, adequação/ ampliação no quadro de professores.
-Implementar ações que promovam a autonomia, a responsabilidade com os estudos  e o conhecimento de mundo, por meio de palestras eventos e outras atividades que integrem os alunos, a comunidade educativa e suas famílias.
- Despertar no aluno o interesse pelo estudo a partir do uso de tecnologia como ferramenta que o ajudará nas atividades através de jogos e aplicativos que possam gerar conhecimento e aprendizagem para eles.
- Formar a equipe  docente para que atuem de forma interdisciplinar, utilizando projetos voltados mais para a prática, sem desconsiderar o conhecimento científico, permitindo que as aulas sejam mais atrativas e que o aprendizado seja efetivo.
- Oportunizar momento coletivo para  os docentes planejarem  as aulas
-Investir e assegurar formação continuada dos docentes e melhorias adequadas na qualidade do ensino e acompanhamento constante da frequência escolar.

Quanto ao Conselho de Classe é  participativo e diversificado. Uma lista de levantamentos é seguida rigorosamente em todas as turmas.
Primeiramente os dados da turma em geral, sendo eles:
1. Quanto ao aproveitamento;
2. Quanto à disciplina;
3. Quanto à participação em classe;
4. Quanto à freqüência;
5. Quanto à comunicação com os professores;
6. Quanto as relações interpessoais;
Após, são citados os alunos (quando houver) com problemas de aprendizagem e disciplina, ressaltando os casos mais graves e os possíveis motivos. São relatados também os alunos faltosos.
Dando sequência, o professor passa a quantidade de alunos com rendimento insuficiente em sua disciplina para que seja feito um acompanhamento bimestral se esse número está aumentando ou diminuindo, ou seja, se estão aprendendo ou há a necessidade de mudar de mudar de estratégia de ensino.
Finalizando o levantamento, são relatados os alunos que se destacaram positivamente no bimestre e o mais importante, as sugestões para resolver os problemas detectados.
Vale ressaltar que problemas de disciplina é uma coisa e de aprendizagem é outra bem diferente. O comportamento do aluno não deve ser levado em consideração na hora de fechar a nota do mesmo e sim sua produtividade. Quanto à disciplina, geralmente as sugestões são: fazer mapa de sala, chamar o aluno na equipe pedagógica  para uma conversa, conscientizadora e se possível, juntamente com o professor em que o mesmo apresenta mais problemas; convocar os pais e por último talvez, remanejá-lo internamente de turma para separá-lo de companhias inadequadas ou caso haja pedido dos pais.
Quanto a aprendizagem, é tentado faze-se um filtro para descobrir o problema específico  e  resolve-se  individualmente, como por exemplo: encaminhando-o à sala apoio se o déficit for em português ou matemática; encaminhá-lo à sala de recursos ou proporcionar atividades diversificadas se possui alguma limitação mental ou motora que o prejudique; colocando-os para sentar nos primeiros lugares das filas e de preferência perto do professor para que o mesmo possa dá-lo mais atenção; proporcionar exercícios e avaliações diversificados. Sempre é oferecida a recuperação paralela e caso haja um melhor aproveitamento do aluno, o professor retorna ao bimestre anterior registrando essa recuperação na nota do aluno, se necessário.
No final, todos assinam a ata e como sempre, prevalece o direito de análise em conjunta, liberdade de colocações referentes às turmas e/ou individual e a atuação pedagógica nas soluções dos problemas juntamente com os professores. Um Conselho de Classe realizado dessa forma tem sempre um bom resultado tanto para o aluno quanto para o corpo docente. Como sugestão, seria interessante um pré-conselho, mas por causa dos exigidos 200 dias letivos isso se torna difícil.