COLEGIO ESTADUAL JUSCELINO K. DE OLIVEIRA - FOZ DO IGUAÇU – PR

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Caderno VI – Avaliação no Ensino Médio

Em texto "Carta de Campinas, 2011, p.1" onde se estabelece que: "Numa sociedade brasileira permeada por valores privados, de sucesso individual, de mercado, de lucro e de competitividade, os instrumentos de medição de aprendizagem reforçam uma cultura de avaliação que visa a mais "premiar e punir", intensificar processos de individualização e competição quanto da empregabilidade, dificultando a organização dos agentes escolares a partir de princípios democráticos e coletivos."
No entanto, os próprios princípios democráticos visam exatamente uma sociedade competitiva, individualista e todo empenho na mudança de paradigma, esbarra na falta de aplicabilidade de um sistema que vise o coletivo, o processo foi estendido por anos de escolarização onde premiar e punir era uma prática aceitável, pois o próprio mercado utiliza-se destes meios para impulsionar a máquina administrativa.
Onde que se trabalha, em outras áreas, com o coletivo? As pessoas de uma forma geral são reunidas para receberem orientações, exigir empenho, melhorias, visando a empresa, os lucros. Assim também ocorre na educação, é solicitado empenho, resultados, programas , metas a serem cumpridas, em um distanciamento total de partes que deveriam manter um constante diálogo: direção, pedagogos, professores, alunos, pais, funcionários, porque não somos um fazendo parte do todo, mas o todo que faz parte de uma escola.
É de fundamental importância repensar a avaliação, e seus desafios são muitos. A avaliação é uma prática constante. Em Língua Portuguesa ela inicia com uma avaliação diagnóstica da turma, para que o professor possa analisar a aprendizagem já adquirida pelos discentes. Antigamente, na  formação não havia essa visão de um processo contínuo, já iniciava com o conteúdo a ser trabalhado e depois avaliava. Hoje as possibilidades e oportunidades de aprendizagens são ofertadas com avaliações somativas , participativas, aritméticas.
É avaliado, em Língua Portuguesa, a oralidade, a leitura e a escrita (de acordo com as DCE) assim é ensinado e cobrado a leitura: engloba-se aqui os diversos gêneros que fazem parte da vida social do discente: histórias em quadrinhos,textos jornalísticos, contos, crônicas, charges, romances, tirinhas,etc. A Interpretação oral e escrita que também engloba estes gêneros .São trabalhados , no decorrer do ano letivo a Literatura, que engloba: Escolas Literárias, suas principais características, o momento histórico, principais autores e obras, outros temas, os transversais, em grupos, pesquisas, entrevistas. Os alunos também participam das Olimpíadas de Língua Portuguesa, Olimpíadas de Matemática e de Astronomia (OBA), que dentro de suas áreas específicas são avaliadas como participação.
Apesar de toda a oportunidade que é dada, existe uma despreocupação por parte de alguns alunos , falta de comprometimento nas participações avaliativas, sejam elas trabalhos, Olimpíadas ou provas. É dado um prazo, é marcado a prova e o aluno falta, não faz ou  não entrega trabalhos no prazo, são dadas oportunidades de recuperação de conteúdos (paralela) e o processo se repete , o aluno falta, ou  não faz, não entrega.
Você pode pensar que os tempos são outros, existem diferentes meios de comunicação, o advento da internet que mudou tudo, tudo é mais rápido. Estes recursos também são importantes, já trabalhei com belos filmes, filmes instrutivos, que fizeram refletir e pensar: “Amadeus”,Mudança de Hábito”,”A Hora da Estrela”.
  No inicio da carreira era o mimeógrafo, a álcool  , chegava a ter dor de cabeça de rodar trabalhos e provas,  que eram de acordo com o que o professor determinasse. Hoje, as provas são passadas pela análise dos pedagogos e se não estiverem de acordo com o programa, deve ser refeito . Mas, parece que o empenho e a dedicação dos alunos  antigamente, eram maiores, o professor conseguia fechar as notas no prazo, quase não borrava o livro de chamada, pois os alunos não faltavam tanto.  
Como avaliar, então, sem premiar ou punir? Que processo seria este e  como seria cobrado? De que forma colocarmos diferentes disciplinas , com temas diversos ou mesmo com um único tema, trabalhando coletivamente? Que resultados esperar? Como proceder com os conteúdos específicos de cada disciplina? Seria ignorado? Como proceder com os alunos faltosos? Como trabalhar com o auxílio da internet, sem que o aluno mude de página e vá para sites não permitidos?
A atividade  que  melhor se adaptaria a estas mudanças, é um grande desafio para Língua Portuguesa, trabalhar com a produção de um jornal, pois engloba todos os gêneros que fazem parte do mundo social, e todos os temas transversais ou outros  voltados para o trabalho e o mais importante é uma atividade coletiva .
Através da leitura dos textos sobre avaliação e fazendo um comparativo com a forma a qual o processo avaliativo acontece em nossa escola, podemos observar que ele retrata o modo como os estudantes vão desenvolvendo e construindo a sua aprendizagem no decorrer do ano letivo. Assim como assinala Perrenoud (1999), acreditamos que os três momentos (Inicial, Intermediário e Final) são levados em consideração quando se trata do ato de avaliar, onde fazemos as investigações diagnósticas no início do ano letivo que irão nos servir de ponto de partida e referência de níveis de aprendizagem específicos de cada aluno e também de turma; o momento intermediário, que nos permite revisar estratégias que deram certo ou não, podendo reajustá-las para um melhor resultado e também o final que de acordo com o desenvolvimento de todo o processo avaliativo, bem como seus resultados alcançados podemos tomar decisões coerentes relativas ao aprendizado de cada aluno.
Cabe salientar que vários instrumentos avaliativos são utilizados para que os estudantes possam ter as oportunidades necessárias de obterem conhecimentos que os tornem aptos a seguirem seus estudos. Estes instrumentos visam tanto o trabalho coletivo quanto o individual, objetivando sempre um resultado satisfatório para todos.
Como nem sempre obtemos uma totalidade positiva em relação aos alunos avaliados, por diversos fatores que interferem no processo de ensino e aprendizagem, como por exemplo, fatores externos ao contexto escolar, déficit de aprendizagem e concentração dentre outros, procuramos também trabalhar em conjunto com os professores que se disponibilizam a trabalhar com as salas de apoio a aprendizagem, sala de recursos, além de solicitarmos a presença constante da família no acompanhamento a vida escolar de determinados alunos que necessitam de maior atenção. Presença esta que nem sempre acontece e que de certa forma esta ausência afeta significativamente o trabalho pedagógico de forma negativa.
Tendo como base leitura reflexiva  feita no material do caderno VI, e pesquisas em diversas fonte e tendo como referência o IDEB/2013, percebe-se que o EM ficou abaixo da meta planejada a nível de Brasil. Sucessos e insucessos no percurso das atividades avaliativas é um obstáculo que não podemos negar, pois envolve toda a comunidade escolar.  Se temos como meta a transformação, precisamos repensar a forma de avaliar, romper paradigmas, mudar concepção mudar prática e reconstruir uma educação com um olhar diferente, que contemple as diferenças.
   Não adianta o IDEB pontuar as notas do ensino médio, como as mais baixas em 13(treze) estados brasileiros de 2011 a 2013, incluindo o estado do Paraná, tanto na instituição pública como na privada. Se faz necessário produzir caminhos para que consigamos contornar o problema, e não apenas apresentar críticas. Temos consciência que poderemos melhorar.
   Apesar de todos os esforços da equipe pedagógica e professores do Colégio Juscelino Kubitschek de Oliveira, as notas do IDEB, deixaram a desejar, embora tenha subido do digito 40 para 43, nos anos referenciais.
  Segundo questionamentos, Avaliação no Ensino Médio, e segundo tabelas de avaliação nos revela, a avaliação como parte integrante do processo ensino/aprendizagem que ganhou na atualidade um espaço muito amplo nos processos de ensino. Por outro lado entende-se, que quando se registra em forma de nota os resultado obtidos pelo aluno, fragmenta-se o processo de avaliação e introduz-se a burocratização que leva a perda de sentido do processo e da dinâmica da aprendizagem, ou seja, enquanto permanecer presa a uma pedagogia ultrapassada,  a reprovação e evasão permanecerá. Para que evitemos estes desagradáveis resultados, se faz necessário uma avaliação com critérios de entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e automatizado no processo ensino/aprendizagem. Desta forma estaremos formando cidadãos críticos, solidários e autônomos.
   Preciso salientar, que em  todos os cursos e reuniões pedagógicas  se discute o tema avaliação, mas avaliar não depende só do professor, pois também há o desinteresse por parte do aluno, que em algumas vezes se justifica pelo cansaço do trabalho, e,  em outras vezes o próprio aluno se declara não gostar de estudar. Diante de tais declarações. O que fazer? Qual (is)  seria(m)  a(s)  sugestão(oes ) para resolver tais problemas que encontramos em sala de aula? Não estamos com isso querendo justificar os resultados do IDEB. E sim, por outro lado precisamos pensar que o IDEB, é uma avaliação, assim como o ENEM  e CONCURSO PÚBLICO,  e por sinal são avaliações bem extensa que o aluno tem algumas horas para resolver. quer queiram ou não avaliação altera o psicológico de quem está sendo avaliado, torna-se cansativo  e automaticamente os resultados  tornam-se  insuficientes.(IDEB).
É Claro que todas as partes deverão rever sua atuação no âmbito do ensino/aprendizagem e avaliação.
Perrenoud (1993) afirma que mudar a avaliação significa provavelmente mudar a escola. Automaticamente, mudar a prática da avaliação nos leva a alterar práticas habituais, criando inseguranças e angustias e este é um obstáculo que não pode ser negado, pois envolverá toda a comunidade escolar.
Se temos como metas a transformação, precisamos repensar a forma de avaliar, romper paradigmas, mudar concepção, mudar prática e reconstruir.
Sabemos da importância dos diagnósticos que as avaliações externas nos trazem, como o IDEB por exemplo, e esses resultados são vistos com muita seriedade e tidos como desafios a serem superados para os próximos exames.
Os conteúdos e a formas como são abordados em exercícios nessas tais avaliações são trabalhados no decorrer do ano letivo, com mais afinco nas proximidades das datas avaliativas e nas disciplinas afins.
Nossos alunos, tanto do ensino médio regular quanto da EJA, estão participando cada vez mais do ENEM. Demonstram interesse, tiram suas dúvidas com os professores e colegas quanto aos conteúdos cobrados e funcionamento, como o resultado pode ser aproveitado, etc.
Em virtude disso, nós professores ao elaborarmos nosso PTD, principalmente para os terceiros anos, damos amplo espaço para adequarmos nosso conteúdo com as matrizes de referência do ENEM, um exemplo disso é a redação dissertativa-argumentativa na Língua Portuguesa.
Nas vésperas dos exames, a escola também organiza simulados para que os alunos tenham a oportunidade de testar com antecedência seus conhecimentos adquiridos.
Enfim, quando essas avaliações externas e institucionais nos trazem resultados positivos, é com imensa satisfação e sensação de dever cumprido que a comunidade escolar comemora seu desempenho.