COLEGIO ESTADUAL JUSCELINO K. DE OLIVEIRA – FOZ DO IGUAÇU – PARANÁ

COLEGIO ESTADUAL JUSCELINO K. DE OLIVEIRA – FOZ DO IGUAÇU – PARANÁ
Pacto para o fortalecimento do Ensino Médio - Etapa  II – Caderno II- Ciências Humanas
No decorrer da discussão do tema proposto as principais idéias levantadas foram o entendimento da interdisciplinaridade no ambiente escolar. Entendimento das disciplinas entre si, entre matérias e áreas e como encontrar o elo entre as mesmas para um ensino inovador e dinâmico partindo do principio que todo conhecimento precisa manter um dialogo permanente com outros conhecimentos. E isso deve se dar com a busca constante de investigação a partir da necessidade sentida pelas escolas, professores e alunos por que a aprendizagem escolar depende de uma interação completa entre o corpo escolar conteúdos tarefas e do próprio contexto educacional.
O domínio da interdisciplinaridade como primeira sugestão, se daria mais completo a partir do livro didático que sanaria esse sentido de desafio solto, quando o professor tem que elaborar conteúdos e temas interdisciplinares sem  tempo e suporte adequado que poderia vir dos livros através dos conteúdos “casados “entre uma disciplina e outra.
Outra sugestão seria dentro dos dias letivos que se reservassem alguns que seriam próprios para reunião de professores para tratar dos avanços e progressos na interdisciplinaridade e elaborar ferramentas para a mesma. O ensino médio inovador e uma proposta interessante de interdisciplinaridade.
Uma sugestão para conteúdo interdisciplinar poderia ser uma receita culinária que pode ser explorada em varias disciplinas, por exemplo:
Português – interpretar o gênero caracteriza-lo.
Biologia – valor calórico e valor nutricional do alimento.
Geografia – Região de origem da receita.
Matemática – quantidade e proporção dos ingredientes.
Química – Reação química (Fermentação).
Historia – Cultura.
Pesquisa feita através de questionário e debate oral, com alunos de 16 à 20 anos  estudantes de Ensino Médio, em um total de 60 jovens entrevistados, percebe-se que a minoria tem objetivos traçados, a grande maioria vivem o presente sem perspectivas para o futuro.
Nossos jovens vivem em um mundo de questões imediatistas o que vale é o “aqui agora”, com vazio existencial nítido, quem educa e influencia é a mídia, despertando mudanças em seus valores sem responsabilidades  com seus atos e atitudes e com os outros em conseqüência nos deparamos “com mentes vazias”, sem metas para a vida.
Alguns demonstram que ainda tem sonho de infância, mas que esta adormecida, porque não acreditam que seja possível realizá-lo ou que seja vantajoso segui-lo. Por serem oriundas de comunidades  de áreas não formais, as desigualdades sociais estão muito presente em suas vidas, a base familiar tem um fator decisivo, por terem na maioria das vezes uma estrutura familiar disfuncionalizada , a qual influencia no processo que contribui na desmotivação dos jovens continuarem estudando, acabam abandonando a escola para ingressar no mercado de trabalho informal, poucos retornam e concluem o Ensino Médio .
A verdade que a maioria desses jovens só reproduzem o que vivenciam, exemplo: sexo sem compromisso , filhos sem planejamento, doenças venéreas, “fazem uns corre e ganham quinhentão ou mais “, conseguem  adquirir “tênis da hora” , FUNK é o estilo que seguem, pois as músicas em suas  composições  descrevem a realidade em que vivem a maioria dos jovens, para alguns “baseado é normal”, no meio em que convivem devem” respeitar a mãe”, e nunca demonstrar que tem” medo da morte” mesmo que tenha.
Quanto a literatura apreciada nos remeteu a discussão sobre a compreensão da ciência da natureza e  do conhecimento. O papel da escola historicamente sendo: Formar cidadãos para o trabalho produtivo. O trabalho é essencialmente para a vida. Por isso refletir sobre esse tema e a inserção de cada agente social. Levantou-se a questão de que, por um determinado momento, o conhecimento ficou em um plano secundário em função da demanda de se criar experiências diferentes para motivar o aluno no processo de ensino-aprendizagem. Considerou-se relevante o regressar à epistemologia do conhecimento e de sua essência, assim como produção cultural da humanidade que transforma a mente e é por ela transformada. Essa dinâmica de significação e de significados é importante para que alcancemos a essência do conhecimento, assim como sugere a intencionalidade desses mesmos. Contextualizando: quando estudamos a disciplina de História, a percebemos em  numa seqüencia de narrativas, um processo temporal que não é linear, mas sim sistêmico. A isso se soma a necessidade de estabelecer critérios de formação realmente humanizadas pois, os sujeitos da educação passam a fazer parte das transformações que o Homem deixou como legado. A disciplina de Geografia tinha por objetivo ensinar através da memorização ou decorando conceitos de aspectos físicos e naturais, nome de rios, de países, capitais, relevo, dados estatísticos, etc... A observação era meramente descritiva e não havia relação nenhuma entre os aspectos físicos naturais com os aspectos sócio-econômicos e ambientais que hoje existe. A sua relevância para o ensino era somente conhecer. Ao ensinar o espaço, por exemplo, compreende-se a fixação do homem, sua influência na economia local e mundial e a perspectiva ambiental, sendo que nenhum conteúdo deve ser fragmentado. A  Filosofia por exemplo, precisa se compreender como aquele que instaura um novo começo, para sair de cena e deixar que os alunos sigam suas próprias trilhas. A imutável apreensão do filósofo necessita permanecer a serviço do questionar do aluno, tipo da sua idade, mas dentro de uma perspectiva planejada, crítica da realidade prática do aluno. Dentro do ensejo das ciências humanas e sua importância dentro do seio escolar, o estudo da Sociologia traz um questionamento eminentemente crítico, reflexivo, dinâmico das relações sociais, num amplo processo de problematização e contextualização da realidade. Entretanto, efetivar uma dinâmica do despertar do aluno para o senso crítico, apurado, transformador exige um planejamento articulado, organizado do conhecimento. As Ciências Humanas é uma área ampla e necessita atender a sua função de transtornar fatos, e modificar o educando a um sujeito atuante, autônomo, independente, critico, capaz de buscar e alcançar uma sociedade mais justa. Historicamente entre as áreas das ciências humanas passa ter um caráter  e/ou  perspectiva critica e  argumentativa, pois, não se compreendia a relação entre as mesma e o homem, o trabalho, a tecnologia e suas interferências .
Hoje vivemos num mundo globalizado, onde os meios de informação e a tecnologia tem um grande destaque na dinâmica da educação.
Projeto Interdisciplinar

Título:  Guerra de Canudos ( O Pré- Modernismo)
Ano: 3º ano C- Noturno
Objetivo: Introduzir a literatura brasileira e as estéticas literárias de forma prazerosa e ao mesmo tempo crítica.
Disciplinas envolvidas: Português, Geografia, história, Filosofia e Sociologia.
Português:

ü  Desenvolver a literatura através de leitura de obras, textos impressos e midiáticos e filmes relacionados ao tema- Trabalhar a visão crítica do preconceito racial;
ü  Explorar os dons artísticos e montar uma peça teatral com o título: Guerra de Canudos.
              História:
ü  Trabalhar Poe tópicos todos os momentos do pré- modernismo;
ü  Falar da influência européia na cultura brasileira;
ü  Trabalhar a questão regionalista.

Geografia:
ü  Localização do nordeste brasileira- população- área- cobrança de impostos e as     condições sociais da região.

Desenvolvimento:
Todas as atividades deverão ser desenvolvidas  em conjunto.
Avaliação:
O trabalho será avaliado como um todo. Valorizando o contexto.
Entende-se como Ciências Humanas: Geografia, História, Filosofia e Sociologia.
Estudou-se como formulação do problema:
O que sabemos é que o desejo a uma boa vida é a busca exterior do Eu no Outro; é no Outro que somos reconhecidos. Por isso, há muitos tipos de reconhecimentos. O homem em sociedade luta por reconhecimento afetivo, político, cultural, social, porque, na verdade, a luta por reconhecimento é histórica, é dialética e dialógica, e, em cada época, os motivos pelos quais se luta são diferentes e mutáveis como o desejo daqueles que lutam.
Portanto, como despertar no estudante a valorização do outro compreendendo a cultura brasileira transformadora e em constante transformação, partindo do estudo da Cultura Afro-brasileira?
Primeiramente olhar para trás e fazer uma incursão histórica a respeito da luta entre africanos e europeus a partir do século XVI, quando todo o processo de reconhecimento entre eles teve o seu início. Vale lembrar que toda a indústria da Modernidade foi pensada em torno de relações de raça e tal empreendimento foi justificado pela ciência moderna.
Na Filosofia da Ancestralidade é uma educação comprometida com a cultura afro-brasileira. Estudando múltiplas influências teóricas como a filosofia africana, a filosofia latino-americana, o afrocentrismo, a filosofia intercultural, e a filosofia da diferença.
Filósofos como Kant, o epígono da filosofia iluminista, antecipou o argumento hegeliano dizendo que a América, na mesma medida que a África para Hegel, era um continente sem cultura e, portanto, não produtor de conhecimento (KANT, 1982).
A Sociologia define Cultura afro-brasileira como o resultado do desenvolvimento da cultura africana no Brasil, incluindo as influências recebidas das culturas portuguesa e indígena que se manifestam em diversas expressões como, por exemplo, a música, a religião e a culinária.
Na Geografia pode-se desenvolver um trabalho de pesquisa possibilitando que os alunos descubram algumas das regiões do Brasil onde as manifestações culturais afro-brasileiras estão presentes e são preservadas. Bem como o estudo de pesquisa de campo referente a comunidade escolar, as influências e manifestações culturais existentes.
Considerações acerca das disciplinas das Ciências Humanas, como “crítica documental”, as “saídas a campo”, o estímulo a “experiências de pensamento conceitual”, desenvolve-se atividades mobilizadoras para a compreensão da complexidade da sociedade contemporânea através de atividades envolvendo os estudantes fazendo-os pensar, criar, pesquisar, teatralizar, musicalizar e desenvolver atividades diversas como pesquisas, e práticas pedagógicas envolvendo o tema para melhor compreensão do contexto geral.
Atividades desenvolvidas:
o Religiosidade (com fotos das construções das máscaras e cartazes referente ao tema) na disciplina de Arte;
o Teatro na disciplina de Filosofia referente à Industrialização (toda a indústria da Modernidade foi pensada em torno de relações de raça e tal empreendimento foi justificado pela ciência moderna).
o Apresentações com musicalização, e tema “Penso, logo existo” nas disciplinas de Filosofia e Sociologia;
o Acrósticos desenvolvidos referente ao tema na disciplina de Língua Portuguesa;
o Questionário desenvolvido em aula de Geografia;
o Texto em História dentro do tema, com interpretações do aluno;