COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ANGELO BAGGIO ORSO - NRE CASCAVEL - PARANÁ. WIKI FINAL

ESCOLA: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ANGELO BAGGIO ORSO           NRE: CASCAVEL
SUPERVISORA REGIONAL: CLEUSA A. DIDOMENICO DO NASCIMENTO DE SOUZA
FORMADORAS REGIONAIS: EDNA ANITA LOPES SOARES       E    JULIANA POROLONICZAK
ORIENTADORA DE ESTUDOS: ELI REGINA GOMES HARTMANN
PROFESSOR (A) CURSISTA
LUCY TEREZINHA DE CASTRO CAMPANA
ZENAIDE GORETE MOSCON
ADEMIR DENILSON ZOZ
VALMIRA DA SILVA
IVALDA FERREIRA DE MORAES
JAIME ELIAS BRESOLIN
JANETE  PIPINO GONÇALVES
KELI CRISTINA BERTELLI
MARA TEREZINHA DOS SANTOS
NELCI ZERETZKI
PAULO KUBIAKI
RUBENS SCHWALEMBERG
SIMONE APARECIDA BEDINOT DE LIMA
INEZ DE OLIVEIRA BRAGA BEDETTI
ELAIDE DE FATIMA MEDEIRO
ADELAR JOSÉ VALDAMERI
IVONE VIEIRA DA CRUZ
DIÓGENES ANTONIO TONINI
LUCIANE MONTES FERREIRA
LÍDIA APARECIDA DOURADO
GLEISON HUMBERTO COMINETI

 

 SISMEDIO 1ª ETAPA- WIKI FINAL

O jovem educando constrói a sua identidade a partir do momento em que está inserido nas relações sociais e é capaz de compreender que ele é o agente transformador dessa sociedade em que vive. Para isso o jovem deve ter uma participação democrática e construtiva que lhe assegure a responsabilidade e o compromisso para que lhe garanta os direitos de poder exercer a sua cidadania. E também lhe possibilitem a construção de políticas públicas que consolidem ações educativas.
A escola tem característica bem peculiar, os alunos que frequentam são em sua maioria provenientes de dois grandes bairros. Desta forma eles se conhecem muito bem, o que facilita para a escola ao tomar suas ações visando o melhor desempenho dos próprios alunos.
Sabemos das dificuldades encontradas pelos alunos no dia a dia, das famílias hoje bastante desestruturadas, não é uma questão de encontrar culpados, como ressalta o texto, mas temos que compreender a família de hoje, o forte crescimento de jovens e adolescentes envolvidos com as drogas, a falta de oportunidade no mercado de trabalho, entre outros problemas sociais para podermos traçar linhas de trabalhos.
A escola procura de certa forma promover ações, durante todo o ano letivo, procurando valorizar os jovens e adolescentes, tentando promover o respeito para com os colegas, pais, funcionários e professores, e que as diferenças de opiniões existem e que é isto que faz com que o mundo gire; e que a alteridade faz parte do nosso dia a dia, independente da idade.
Os alunos como sujeitos estão vivendo uma geração atribulada com a era da tecnologia, e isto está interferindo nas relações pessoais, de trabalho e influenciando no tempo de estudo. Desta forma destacamos o questionamento de Gomes (2007, p.17)   “como a questão da diversidade tem sido pensada nos diferentes espaços sociais, principalmente, nos movimentos sociais?  Como podemos lidar pedagogicamente com a diversidade?”. Trabalhar com as diversidades não é fácil, é preciso reconhecer e compreender para podermos pensar algumas ações, pensar nos diferentes espaços sociais como cita Gomes, a escola é um espaço onde as diferentes ideias se encontram, onde os jovens buscam respostas para os seus questionamentos de vida atual e futura. Talvez uma escola de tempo integral, com uma estrutura física adequada e projetos bem elaborados possa auxiliar os jovens e adolescentes a responder alguns questionamentos, e possa promover o respeito e a alteridade.
Talvez a escola no formato em que se apresenta hoje, trabalhe com a ideia do "jovem ideal", que de certa forma não deixa de ser aquele ideal de jovem para o qual nos julgamos capacitados para formar. Perceber o nosso jovem ou as "nossas juventudes" e buscar compreendê-las nos remeterá a pensar em outro formato escolar. Mas pensar nesse novo formato de escola, que de fato desperte o desejo de nossas juventudes para o conhecimento científico passa pela necessidade de políticas públicas que realizem investimentos em educação; investimentos reais, substanciais... nada dessa história  de soluções paliativas que desobrigam o Estado do seu dever de provimento estrutural e ainda joga as responsabilidades na comunidade escolar, pelo processo de culpabilização do professor, usando um conceito equivocado de democracia e autonomia para desresponsabilizar-se do processo de tomada de decisões. Ou seja, a escola pode escolher e optar por quais mudanças deseje, desde que dê conta do ônus a ser pago.
Os professores, equipe pedagógica, direção e agentes I e II reconhecem que a escola tem se esforçado em oferecer um ensino de qualidade aos alunos porem falta uma contrapartida da família, não se trata de encontrar culpados, mas precisamos do apoio da família e este apoio é que devemos buscar em nossas ações. Inserir a família no cotidiano escolar talvez seja uma ações necessárias neste momento.
Esta é uma questão séria a ser discutida. Como motivar nossos alunos para a busca e construção do conhecimento quando percebemos nos mesmos uma apatia e distância com relação aos conteúdos trabalhados em sala de aula. Mudamos as estratégias, incluímos a informática, utilizamos vídeos e slides, porém parece existir uma barreira que muitos alunos precisam ultrapassar para realmente se interessarem e se aplicarem em seus estudos. Parece-me que a solução vai além do que está sendo feito, é necessário uma mudança na política brasileira que valoriza corruptos, beneficia uma minoria e desvaloriza tanto profissionais da educação quanto as famílias de nosso país quando falamos em políticas salariais e educacionais.
Assumir uma unidade escolar é assumir uma grande responsabilidade, e é preciso conhecer os documentos oficiais, conhecer cada setor, cada segmento da escola através de suas instâncias colegiadas, saber quem é quem e quais suas funções. Fazer uma gestão democrática, implica em considerar as avaliações oficiais (externas) e estabelecer relação destas com os resultados da escola bem como com as avaliações internas, planejando as ações a serem realizadas, estabelecendo metas em conjunto com a comunidade escolar, utilizando as novas tecnologias e projetos como ferramentas de apoio para a melhoria das práticas pedagógicas. Através de uma busca incansável pela melhoria da prática escolar, do rendimento escolar, através de uma gestão democrática com ética e transparência, defendemos ser possível uma educação emancipadora e  de qualidade, que de fato responda aos anseios da classe trabalhadora.
Para um bom andamento de todas as atividades escolares, é importante que haja a participação de todos os segmentos da comunidade escolar nas decisões a serem tomadas. Dentre estas decisões está a elaboração dos documentos que norteiam o bom andamento das atividades. O gestor em conjunto com as instâncias colegiadas deve estar preparado e conhecer a  realidade da escola e os objetivos que devem ser alcançados, respaldado no Regimento Escolar e no Projeto Político Pedagógico, o ponto de  referência da práxis  da escola.
A Gestão democrática faz com que a escola por meio de suas instâncias colegiadas (Conselho Escolar, Conselho de Classe, APMF e Grêmio Estudantil), legitime este processo dando transparência e avaliando as ações planejadas no coletivo.
O projeto de gestão escolar tem por finalidade elencar e acionar todos os elementos necessários para que as ações da comunidade escolar sejam democráticas, pautadas na transparência e na participação. Buscando sempre se respaldar nos documentos oficiais, no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar, e estar em consonância com as instâncias colegiadas para as tomadas de decisões. Acompanhando junto a equipe pedagógica a Proposta Pedagógica Curricular e administrando toda parte física, financeira e pedagógica da unidade escolar, visando assim um melhor desempenho nas avaliações oficiais, incentivando o uso das novas tecnologias como ferramenta de apoio ao processo de ensino aprendizagem, buscando uma melhor qualidade no ensino e na aprendizagem.
Através dos órgãos colegiados, incentivar a participação da comunidade escolar, trazendo a comunidade para dentro da escola e levando a escola para fora dos muros através de projetos, utilizando os temas dos cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos como pilares, sem perder o foco dos conteúdos da proposta pedagógica curricular e considerando a integração com as áreas do conhecimento e o trabalho como princípio educativo. (Grifo nosso).

Antes de qualquer consideração sobre o currículo, É indispensável repensá-lo tirando o "gesso" imposto hierarquicamente. Isso requer tempo e uma organização que não é possível hoje, na maioria das escolas, devido à fragmentação do trabalho pedagógico. As horas atividades onde não é possível aos professores interagir, promovendo um diálogo entre as diferentes áreas ou disciplinas e mesmo com a participação da equipe pedagógica que, em tese, atuaria como articuladora das construções coletivas, no entanto tem sua atuação limitada a "manter uma relativa ordem para que os professores possam dar suas aulas...".
Vejam bem, que complexidade! Primeiro constituiu-se a ideia de um profissional indicado pela equipe gestora para "supervisionar" os docentes e "orientar" os alunos. Então o Estado promoveu concursos públicos para Orientação Educacional e Supervisão Educacional, entrando em cena os profissionais licenciados em pedagogia. Após, as universidades ofereceram cursos para Pedagogos na perspectiva totalizadora do processo pedagógico, ou seja, o pedagogo como articulador dos projetos, das propostas e dos encaminhamentos referentes ao processo ensino-aprendizagem.
Hoje temos profissionais formados e com competência técnica e compromisso político para a articulação da coletividade, porém, presos a uma estrutura limitada a "tomar conta dos problemas disciplinares da escola" em regime de "plantão". O chamado socorrista, bombeiro. Se há qualquer incidente que envolva docentes e /ou alunos é ele quem deve ser " algodão entre os cristais", apaziguando, "mediando" os conflitos, para que todos, alunos indisciplinados, professores inconscientes de sua responsabilidade e pais relapsos com a educação dos filhos convivam em harmonia e "suportem-se" o suficiente para não extrapolar o limite da ética profissional, do respeito e da moral estabelecida.
É claro que existem as questões burocráticas que são inerentes à parte técnica da função e que o pedagogo pode, deve e somente consegue desenvolver em seus "dias sem vínculo", ou em suas noites, enquanto sua família dorme, ou ainda em seus finais de semana. Uma coisa parece certa e ser acordo coletivo: "lidar" com alunos e seus "respectivos problemas" é tarefa que cabe exclusivamente ao pedagogo e, em alguns casos, contando com o auxílio de diretores com uma formação mais humana, que sabem tratar das relações pessoais e interpessoais com o mínimo de bom senso e atenção.
Agora, pensando num segundo plano: que história é essa de "dar aulas"? Nenhum professor é "dador de aulas". Os professores mediam processos de construir conhecimentos, interagindo com o educando como "o adulto da relação". Os adultos tem como compromisso e responsabilidade moral e social conduzir os jovens ao desenvolvimento, à maturidade sadia e à emancipação enquanto sujeitos de uma práxis pedagógica, social, histórica e cultural.
Assumir um compromisso com uma formação humana integral, pautados no trabalho como princípio educativo requer compromisso, competência, envolvimento e responsabilidade de todos.
A reformulação curricular não é proposta imediata desta época. Enquanto educadores atuando há muitos anos, viemos acompanhando e, nos últimos anos participando ativamente na construção do currículo que trabalhamos nas escolas, no entanto, isso não se constitui tarefa só da escola e dos seus, diretamente envolvidos, pois desde 1997, emendas e leis específicas que complementas a LDB, incluíram vários conteúdos e disciplinas no currículo. Outras dezenas de projetos com novas inclusões tramitam no congresso. Nossos representantes podem até ter ¨boas intenções¨, prevendo que a escola resolva os problemas sociais através desse inchaço no currículo, mas a maioria desconhece a realidade da escola.
Consideramos que para além da interdisciplinaridade, o grande desafio está em compreender as áreas do conhecimento à luz dos eixos: TRABALHO, CIÊNCIA, CULTURA E TECNOLOGIA. Percebem como isso é amplo? O quanto demanda de nosso comprometimento com uma educação que de fato responda às exigências intelectuais para a emancipação dos sujeitos? (...) Ao mesmo tempo que que dá uma relativa impressão de que é simples acompanhar e mediar um processo em busca da verdade, da leitura de mundo, da compreensão das intencionalidades presentes nos diferentes discursos e políticas... Não, não, não... qualquer facilidade é mera impressão... não se trata de um processo fácil e nem de algo a curto prazo.
Ao nos darmos conta   disso, questionamos se o nosso "tempo histórico" pode dar conta deste pontapé inicial...   Somos muito esperançosos e concordamos com Marize Ramos quando a mesma reflete sobre as utopias, (RAMOS 2005, p:24)
"Por essa perspectiva, entendemos que o existente hoje é produto de lutas e contradições sociais. Acreditemos na capacidade coletiva e aguerrida de defender ideias e de propor para a construção de novas possibilidades. O novo nasce do velho, daquilo que sabemos. A fórmula não existe e o pronto nunca existirá. Como diria Antônio Gramsci, sejamos pessimistas na inteligência e otimistas  na  vontade.  O  pessimismo  da inteligência  não  quer  dizer  que  nada  daria  certo.  Ao contrário, significa sermos capazes de identificarmos situações adversas para não criarmos mitos. Enquanto o otimismo da vontade é a reunião da energia que nos alimenta para perseguirmos a utopia e novos caminhos"