Colégio Estadual João Manoel Mondrone
REFLEXÃO E AÇÃO
Caderno 6 - Colégio Estadual João Manoel Mondrone – Medianeira PR
Grupo:
Sandra Ferreira de Oliveira
Sandra Filippin
Silvia DalPozzo
Tatiane Federizzi
Vani Barbieri
1) A partir de sua formação — inicial e continuada— e de sua experiência docente, discuta e reflita com colegas de outra área distinta as questões abaixo (sugerimos pequenos grupos de 3 professores de áreas bastante distintas, por exemplo, Educação Física, Matemática e Sociologia):
– quais têm sido os maiores desafios no campo da avaliação educacional?
As maiores dificuldades no campo educacional têm sido avaliar com autonomia. O objetivo de avaliar o aluno é verificar o que conseguiu aprender e refletir sobre outros caminhos para fazer com que o mesmo consiga aprender. Mas, as conexões com a democratização deixa a desejar pois, a avaliação centra-se na aprovação e reprovação visando a seletividade , há um obstáculo na universalização da escola em compreender de fato, os tipos de avaliação que aponta o projeto político pedagógico. A avaliação de aprendizagem tem como foco a aprendizagem do aluno, a institucional, incorporar resultados da avaliação desta aprendizagem e a avaliação externa ( SAEB e Enem) a que avalia geral as instituições de ensino. Contudo é necessário um debate mais profundo sobre as causas desta seletividade escolar. Nas discussões chegamos à conclusão que os maiores desafios enfrentados no campo da avaliação educacional são:
• A questão da quantidade sobrepondo a qualidade, pois sabemos que, o que prevalece é a quantidade (números) e não a qualidade.
• A falta de tempo para analises de produções dos educandos.
• Os conflitos internos familiares;
• Fazer com que o aluno valorize o conhecimento e não somente a nota;
• Professor de apoio para reforçar no contra turno os conteúdos ensinados em sala de aula.
– qual sua concepção de avaliação e como ela se constituiu na sua trajetória docente?
De acordo com a discussão do grupo, a avaliação articulada com princípios e objetivos propostos no processo de ensino aprendizagem. E em nossa trajetória procuramos fazer com que seja continua, diagnostica e coerente com os resultados que se pretende alcançar. Dentro desta perspectiva a avaliação tem a função de sensibilizar; analisar a realidade, conhecendo e obtendo dados significativos, dando clareza nas ações e possibilitando retomar finalidades e objetivos, realizando assim um julgamento tomando decisão sobre o que fazer, dando continuidade à prática ou elaborando um novo plano de ação.
2) Em consulta ao projeto político-pedagógico e aos planos de ensino (aos quais você possa ter acesso) de sua escola, procure identificar os seguintes elementos:
– Definição (ões) de avaliação da aprendizagem encontrada(s).
– Quais os instrumentos e procedimentos mais utilizados.
– Critérios para atribuição de notas ou conceitos e de aprovação.
– Instâncias e participantes para definição da situação de cada aluno ao final do ano letivo.
– Outras observações que considere relevantes para a discussão de avaliação da aprendizagem.
Avaliação é um conjunto de atividades curriculares propostas pelos educadores através de situações de aprendizagem, buscando a aquisição de novo conhecimento, atitudes ou habilidades.- Os procedimentos e instrumentos utilizados para avaliar de acordo com o projeto político pedagógico são: Tarefas, trabalhos, provas e principalmente a participação do aluno.
Os critérios para avaliar o aluno para obtenção de nota que pode leva-lo a aprovação/reprovação estão pautados no projeto político pedagógico da escola que contempla: 7,0 de provas e 3,0 de trabalhos. A participação, dedicação e empenho do aluno nas atividades propostas são fundamentais dentro do critério de avaliação. Contudo, a essência ao avaliar, ainda é um grande desafio para que se tenha de fato, uma avaliação com critérios de entendimento reflexivo no processo ensino/aprendizagem visando à qualidade de ensino e não quantidade visando apenas a totalidade visando apenas interesses políticos.- O conselho de classe é uma das instâncias para a definição da situação do aluno no final do na, pois é feita uma reunião avaliativa com os professores, pedagogos e direção a fim de discutir acerca da aprendizagem dos alunos coletivamente , levando em consideração as estratégias de ensino empregadas e o desenvolvimento dos mesmos a fim de avaliá-lo por vários pontos de vista.
Outras questões que devem ser levadas em consideração é que a avaliação deve ser vista como reorientação para uma aprendizagem melhor desenvolvimento do aluno e não medir, classificar porque de acordo com Pacheco (1998, P. 124) a educação básica não depende apenas do regime de avaliação e sim da organização de ensino.
3) Após ter visto alguns dados nacionais sobre as taxas de rendimento, procure levantar os dados de sua escola e, sobre eles, observe os seguintes questionamentos:
– Quais são os dados e taxas de rendimento de sua escola?
– O que esses dados lhes revelam?
– Como esses dados são discutidos entre os professores?
– Existe, na escola, algum debate sobre eventuais relações entre as taxas de rendimento e a avaliação da aprendizagem nas disciplinas ou em algumas das disciplinas?
O Colégio João Manoel Mondrone em 2011, com relação ao IDEB sofreu sensível queda de 0,8 pontos percentuais em relação a 2009, assim não atingimos a meta prevista para 2011 de 4,6%, ficando 7% abaixo desta meta. Em relação à PROVA BRASIL a escola atingiu maior pontuação em matemática.
Percebe-se ainda, um alto índice de evasão escolar no Ensino Médio, principalmente no período noturno, onde ocorre também um nível elevado de faltas. Sendo necessária uma intervenção por parte do Estado, que favoreça a permanência destes alunos na escola, pois a escola já faz a sua parte dentro das suas limitações. As taxas de evasão são mais elevadas nos 1º anos do noturno, levando a escola a intensificar seu trabalho neste turno buscando desenvolver ações no sentido de recuperá-los, entre elas destaca-se o Programa FICA, porém poucos são os resultados satisfatórios, em relação a esta situação. Há necessidade de um comprometimento maior por parte dos pais, no sentido de acompanhar a vida escolar de seu filho (presença e permanência). A escola tem procurado realizar atividades diferenciadas neste período, como o Fórum de Educação para o noturno, trabalhos interdisciplinares, atividades que envolvam os alunos e abordem os conteúdos de forma diferenciada.
Com frequência os dados e taxas de avaliações externas são discutidas, os resultados são animadores, porém, precisamos ficar atentos para que os índices em 2015 sejam melhores. Acreditamos que ainda são necessárias intervenções pedagógicas maiores no 6º e 9º ano, apesar das salas de apoio que visam sanar as dificuldades nas disciplinas de Português e Matemática. Nos 1º anos do Ensino Médio as ações devem ser voltadas para sanar as dificuldades nas disciplinas de Biologia, Matemática, Física e Química. Além do envolvimento e comprometimento de todos os funcionários e setores, independente do seu vinculo empregatício (concursados, contratados e PSS), é necessário maior coerência em relação a participação nas semanas pedagógicas( PSS contratados posteriormente, que entram em sala de aula sem o conhecimento do PPP, Regimento Escolar, Proposta de Avaliação do Colégio), entre outros.
Precisamos continuar vigilantes, para buscarmos nossos objetivos de melhorar a sociedade através da educação, pois a avaliação sempre foi um tema central no contexto educacional, tendo na aprendizagem dos alunos o seu foco, porem, nos últimos anos, tendo em vista a crescente iniciativa de avaliações externas, tem-se presenciado o deslocamento desse foco para a avaliação externa, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB),o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e, a Prova Brasil apresentam distintas características e possibilidades de uso de seus resultados para que as informações avaliativas sirvam para o processo de formulação, implementação e ajuste de políticas educacionais, porém acima de tudo deve prevalecer o cuidado e a atenção para que seus resultados melhorem a escola, a sala de aula, a formação docente e a aprendizagem dos educandos.
4) Na avaliação institucional de sua escola, como têm sido abordadas as avaliações externas e como têm sido utilizados seus resultados?
– Existe algum tipo de atividade voltada para essas avaliações? Como, por exemplo, organização de simulados, laboratórios ou espaços de diálogos?
– Os alunos fazem comentários sobre o Enem? Se afirmativo, em que perspectiva?
– A organização dos planos de ensino, de alguma forma, tem levando em conta as matrizes de referência do Enem?
Sim existem simulados, análises de provas anteriores, análise dos descritores, etc., mas sempre relacionados com os conteúdos trabalhados em nossas salas de aula.
Sim fazem, estão preocupados, interessados e tiram muitas dúvidas com os professores referentes aos conteúdos.
Sim quanto os PTDs são elaborados, os conteúdos e matrizes do Enem são contemplados e há uma grande ênfase a interdisciplinaridade dos conteúdos, no sentido de manter um constante diálogo e relação entre as disciplinas do núcleo comum de ensino.
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