Colégio Estadual Ivo Leão - NRE Curitiba

Reflexão e Ação - Caderno I – 1 INDIVIDUAL A reflexão sobre os desafios no ensino médio brasileiro nos leva a pensar que esta etapa da formação escolar trata-se dos últimos três ou quatros anos da educação básica, por este motivo, a reflexão sobre esta etapa formativa dos estudantes aponta desafios relevantes a serem considerados na perspectiva de uma educação de melhor qualidade. Primeiramente acreditamos que o ensino médio sofre de uma carência da identidade prática. No discurso ideológico documentado e cantado em prosa e versos, o objetivo do ensino médio destaca a formação integral do educando, dando a estes competências técnicas e compromisso ético em suas ações enquanto profissionais que observam a realidade social, politica e cultural de seu tempo tendo como horizonte a edificação de uma sociedade igualitária. Na realidade prática dos nossos alunos esses objetivos não se efetivam. A sala de aula nos dias atuais é um mundo fora do mundo para boa parte dos nossos alunos, local onde o que se faz ou o que se fala nada tem a ver com o mundo da vida efetiva. Em outras palavras, a sala de aula é um mundo alheio a realidade da vida, não se identifica com a vida fora dos muros da escola, o objetivo lá na sala de aula é apenas conseguir nota, fato que não precisa muito esforço, a se considerar as reavaliações e reavaliações que objetivamente dão nota para o aluno. Esta nossa analise permite ver que muito pouco a escola é além de um trampolim para um curso superior e formação de mão de obra barata. Um segundo desafio que se observa nesta etapa de formação de modo mas específico é a relação que a escola mantem com a sociedade, objetivamente a família ou responsável pelo aluno. Consideramos que ainda falta clareza na sociedade e também na escola a respeito do papel da cada um destes sujeitos na formação dos nossos alunos, nos referimos aqui, especificamente, aos jovens que estão matriculados no ensino médio regular. A família atualmente pensa que a responsabilidade de educar os filhos é uma tarefa exclusivamente da escola, por outro lado a escola entende que ela é importante na educação, mas apenas como transmissora de conhecimento. Como mudar esta realidade? Este é de fato um desafio importante, responsabilizar a família pela educação de seus filhos e a escola como cooparticipativa neste processo na transmissão dos conhecimentos culturalmente construídos. Outro desafio que permanece gritante na realidade do ensino se refere ao uso de novas tecnologias como ferramentas didáticas. Raramente um professor de nível médio hoje faz uso de ferramentas tecnológicas para melhorar sua pratica em sala de aula, se limitando ao uso apenas de livros didáticos, quadro e giz, com aulas expositivas e muitas vezes cansativas. Nota-se aqui uma falta de formação mais efetiva para melhor qualificar os nossos professores no uso de novas ferramentas que possam tornar as aulas mais atraentes e interessantes para seus alunos. Talvez de todas as profissões a que menos se modernizou em termos de inovação seja a docência, de modo particular, na escola púbica. Diante do que expomos aqui, acreditamos e reafirmamos que cada vez mais se torna necessário uma grande mudança na escola publica brasileira como um todo. É de extrema urgência que todos os sujeitos responsáveis pela educação sentem, reflitam e analisem em um debate franco sobre a missão de melhorar efetivamente todos os setores da escola pública desde sua estrutura física estendendo-se até aos diversos profissionais que estejam envolvidos.