Reflexão e ação - caderno 1 - “Outros desafios às Políticas públicas de Ensino Médio”.
Como universalizar o Ensino Médio?
Um dos primeiros passos é aumentar os recursos financeiros na área tecnológica, pois há necessidade de uma escola de qualidade, preparada para a geração de “mentes digitais”, com professores em constante formação para atender à demanda de novas tecnologias presentes na vida dos alunos.
Outro passo é fazer um Ensino Médio inovador, ou melhor, torná-lo atrativo aos jovens, evitando assim a evasão escolar. É necessário adaptar o currículo, fazendo com que o conhecimento tenha um significado na vida do aluno. Importa salientar que um dos motivos da evasão são as múltiplas reprovações sofridas pelo educando. A sua desistência dos estudos ocorre por ele não se achar “capaz” de aprender, fato que começa no ensino fundamental, pois o estudante vem com deficiência na aprendizagem, não conseguindo, muitas vezes, acompanhar o Ensino Médio.
É preciso também aumentar a oferta de Ensino Médio no diurno. Sabemos que é necessário oferecer o noturno, todavia, entendemos que este deve ser reestruturado a fim de melhorar a qualidade de ensino. Alunos que trabalham de dia e estudam à noite não conseguem aprender conteúdos sem sentido para eles, afinal, já estão cansados da jornada de trabalho, necessitam, portanto, de currículo diferenciado.
No geral, para que tudo funcione, há a necessidade urgente de valorização dos profissionais da educação. Em outros países há um grande investimento neste setor, com escolas bem equipadas dentro de cada nível, uma parada para descanso dos alunos entre as etapas do ano letivo e professores bem remunerados, com mais tempo para se dedicarem às novas metodologias de ensino, proporcionando um rendimento maior na aprendizagem dos estudantes.
Enfim, acreditamos na possibilidade de superação dos problemas do Ensino Médio brasileiro. O processo pode ser lento e árduo, mas não esmorece nem impede a luta por uma educação melhor.