COLÉGIO ESTADUAL EUCLIDES DA CUNHA ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL

COLÉGIO ESTADUAL EUCLIDES DA CUNHA ESINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL.
CONSIDERAÇÃO SOBRE O CADERNO O1

Data 31/07/2014
A partir da reconstrução histórica aqui apresentada, identifique — individualmente e em grupo — os desafios que permanecem para o ensino médio na realidade brasileira e levantem possibilidades de explicação para eles.

  Ao estudar o primeiro caderno do curso Formação de Professores do Ensino Médio, o qual faz,  uma retrospectiva histórica institucional sobre o Ensino Médio. Torna-se impossível, não citar antes a nossa Constituição Federal em seu cap. III seção I da Educação, Art. 205/206. “ A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,...”
      Como superar os desafios que ainda permeiam no nosso fazer educacional no Ensino Médio, se ainda não conseguimos vencer os desafios encontrados ainda no Ensino fundamental?
  Visivelmente, encontramos a educação seletiva, como afirma Frigotto (2010) em sua análise, em que é notadamente discriminatória haja vista, o grande percentual de alunos que deveriam estar recebendo uma educação que os preparasse para o trabalho, em detrimento de um ensino com objetivos claros, ou seja, preparar uma minoria para as universidades.
Outro desafio notado é o empobrecimento dos currículos escolares que acaba reforçando essa dicotomia de educação para elite e educação para o trabalhador que se acentuou no governo do presidente da República Fernando Henrique Cardoso que atendia as orientações de organismos internacionais para realizar as reformas educacionais brasileiras, assim tivemos a desescolarização do Ensino Médio e o predomínio do modelo de competências para atender a demanda do mercado, que deveria ser superado com um currículo integrado. Outro grande desafio são as altas taxas de reprovação e taxas de abandono, e consequentemente a evasão escolar que deflagram a não permanência desse aluno na escola. Ressalto que essa evasão é devido ao ingresso prematuro do jovem ao mercado de trabalho, sendo este primordial para o jovem brasileiro, pois este também contribui com a renda familiar de sua casa. Para contribuir com essa questão financeira, a escola não se torna atrativa ao jovem e este em alguns casos não se identifica com este ambiente, pois não recebe a atenção e compreensão devida pela comunidade escolar.
     Enfim os desafios são muitos, pois ainda encontram-se alunos fora da escola, seja por falta de vagas, currículos que se distanciam muito da realidade da clientela, seja pelo trabalho precoce, ou pela violência das drogas, a ausência das famílias, e escolas sem uma boa infra-estrutura.
    O currículo integrado com objetivos claros com padrão de qualidade onde haja aprimoramentos dos conhecimentos anteriormente adquiridos pelos alunos, com possibilidades básicas e necessárias para que possam chegar a séries maiores, como por exemplo, terminar o Ensino Médio e chegarem ao Ensino Superior e assim poderem competir ante ao mercado de trabalho.
   Universalizar esta oferta de vagas aos alunos e garantir o acesso e a permanência dos mesmos na escola, faz-se necessário que tenham igualdade de condições. Porem, ainda observamos que, em nosso País e principalmente no nosso Estado as realidades se chocam. Em alguns municípios o Ensino Médio, está muito distante. Sem contar com alunos que acabam sendo excluídos pela não oferta de vagas, de turmas, em todos os turnos (matutino, vespertino e noturno), fazendo com que este jovem tenha um futuro comprometido.
As condições precárias de infra-estrutura de muitas escolas, no nosso Estado, em pleno século XXI, ainda é um discurso e um desafio a ser vencido.
Assim sendo, torna-se fundamental realizar conhecimentos onde haja pluralismos de idéias e de concepções pedagógicas, para que o estudante tenha liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, conforme a nossa Constituição Federal (1988), no Artigo 206.
Ao considerar esses desafios, reforça-se a necessidade para que haja mudanças objetivas, pensadas e realizadas por profissionais engajados e envolvidos, que sejam comprometidos com a Educação, para que se possa alcançar o sucesso desejado. Profissionais qualificados e valorizados, conforme Artigo 206, V, da Constituição Federal (1988), ou seja, que haja uma ação continua e planejada, com mais investimentos e reestruturação na parte física e estrutural das escolas.

Luci Meri Fontana