Colégio Estadual do Campo Paulo Freire (Francisco Beltrão – PR)

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Reflexões sobre o caderno 6 - Avaliação no Ensino Médio.

Segundo o Projeto Político Pedagógico da nossa escola Avaliar, na concepção dialética, não é uma simples tarefa conclusiva, tabulada, datada, mas um processo necessário para desenvolvermos o pensamento dos sujeitos envolvidos e os princípios desta educação. Avaliar nesta perspectiva é compromisso, é um aprendizado permanente na dinâmica transformadora. Como aponta Luckesi (2008, p. 150) “ela só faz sentido na medida em que serve para o diagnóstico da execução e dos resultados que estão sendo buscados e obtidos.”
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados elaborados pelos educadores, dando relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal sobre a memorização bem como os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Essa proposta exige conhecer profundamente a realidade em que estamos inseridos, as possibilidades de ação e articulação com o todo da sociedade. Entendendo que o processo de conhecer e desvelar a realidade precisa ser educativo e formativo. Conhecer a realidade está associado com o compromisso de transformá-la, onde o sujeito e o meio estarão em constante mediação e interação.
No entanto, esta concepção não se aplica em nossa realidade devido aos desafios que encontramos na estrutura educacional. O primeiro desafio é romper com o senso comum da avaliação meritocrática que vem se reproduzindo em toda a sociedade. Para superar este desafio devemos propiciar um processo formativo que inclua toda a comunidade escolar, o qual trabalhe elementos que levem a conscientização e compreensão de outro modelo de avaliação contemplada nas LDB, ou seja, uma avaliação diagnóstica, contínua, formativa e somativa.
Outro desafio se refere aos diferentes níveis de conhecimento dos alunos, levando em conta de que precisamos avaliar considerando a realidade pessoal dos nossos educandos, já que a escola pública acolhe uma heterogeneidade de sujeitos.
A avaliação deve ser um processo contínuo e cumulativo com ênfase na análise qualitativa. Para isso, utilizamos avaliações escritas, objetivas e subjetivas, orais, trabalhos em grupo e individual, debates e como critério, também é avaliado o desenvolvimento e o cumprimento de atividades.
As instâncias colegiadas que participam dos conselhos de classe são professores, pedagogos e direção. Como sugestões para melhoria do aprendizado são indicados acompanhamentos de aprendizagem, retomando conteúdos e atividades extraclasse.
Com relação aos instrumentos avaliativos externos, no nosso caso o ENEM, SAEP, OBMEP, os resultados são debatidos com a comunidade escolar, mesmo que esses instrumentos não refletem a qualidade da educação, seus resultados são utilizados para diagnosticar o aprendizado dos alunos. Assim, realizamos projeto de leitura, gincana de matemática e simulados que contribuem para a melhoria da aprendizagem. 

 

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Cursistas: Claudiney de Oliveira, Ieda Ines Reinehr, Mari Ane Trentin de Carli, Raquel Lazarotto, Regiane Maria Kielba, Tais Naiana Reolon, Patrícia Blange, Maria de Lourdes Fernandes.