Colégio Estadual do Campo Paulo Freire (Francisco Beltrão – PR)

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Reflexões sobre Áreas do Conhecimento e Integração Curricular.

As Diretrizes Curriculares do Ensino Médio (DCNEM) dizem que para o estudante participar de maneira inclusiva na dinâmica da sociedade, ele precisa estar instrumentalizado dos conhecimentos culturalmente e historicamente produzidos pelo ser humano. Dessa forma, a partir de uma formação científico-tecnológica ele poderá ser capaz de compreender a sua realidade, desenvolver seu pensamento crítico e consequentemente promover a mudança de sua condição de explorado.
Entretanto as escolas trabalhavam o saber de forma fragmentado, a análise cientifica relativizava a realidade, criando disciplinas particularizadas sem nenhuma relação com o conhecimento na sua forma integral. Isso levava o educando a ter uma formação desprendida da realidade concreta, não permitindo a compreensão integral, formando um sujeito totalmente alienado.
As DCNEM, para buscar resolver esse problema e alcançar seu objetivo, colocado anteriormente, buscam orientar a organização do currículo em Áreas de Conhecimento relativas ao Ensino Médio, são elas: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas. Devemos compreender essas áreas como um conjunto, buscando um trabalho interdisciplinar como princípio, sendo este uma necessidade para a formação do sujeito omnilateral.
Nesse sentido, foi feita uma reflexão sobre como é posto o conhecimento científico, o currículo para a escola hoje, e principalmente na nossa realidade. Essa reflexão foi elaborada em forma de questões que foram debatidas e respondidas.
1. O que é a fragmentação do conhecimento, como e por que ela ocorre?
A fragmentação do conhecimento se dá pela forma de organização dos currículos, porque o currículo define o que e o como, e decide por alguns conhecimentos em detrimento de outros. O conhecimento fragmentado é um problema da ciência e da educação. Observamos que na sociedade quase tudo funciona de forma fragmentada; exemplo disso é a medicina, odontologia, bem como, outros setores industriais e comerciais.
Também analisamos que a fragmentação do conhecimento passa pela compreensão da escolha de que tipo de sociedade que se quer construir, ou seja, entender que modelo de sociedade nos é posto leva a compreender o porquê do saber ser ou não fragmentado.
2. Quais as consequências da fragmentação do conhecimento na formação do sujeito?
A cultura escolar porta-se de uma maneira rígida e fragmentada que dificulta a compreensão do todo orgânico, levando a uma formação deficiente e insuficiente, não acontecendo, portanto, a contextualização. Desse modo, formam-se sujeitos alienados e sem autonomia de superar questões fundamentais de sua vida pessoal e coletiva.
3. Qual a proposta de enfrentamento da superação desta problemática, como isto pode ser implementado?
É possível dar sentido ao currículo com o comprometimento do professor de cada disciplina, dominando seus fundamentos e compreendendo qual é a finalidade da sua disciplina dentro do currículo. Refletir sobre seus saberes na perspectiva interdisciplinar buscando a articulação das dimensões: ciências, trabalho, tecnologias e cultura.
4. Como ordenar currículos a partir da interdisciplinaridade? Quais seus recursos?
Relacionar, res-significar os saberes e conteúdos contextualização. A possibilidade é o trabalho como princípio educativo e a pesquisa como conteúdo científico. Leitura e problematização. 
 
REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa I – caderno IV: ÁREAS DE CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO CURRICULAR /Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [ autores: Alice Helena Campos Pierson,Carmen Sylvia Vidigal Moraes...et al.] . – Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2013

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO . Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – 2011
http://www.infoescola.com/pedagogia/interdisciplinaridade/ Acessado em 25.10.2014
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Cursistas: Claudiney de Oliveira, Ieda Ines Reinehr, Mari Ane Trentin de Carli, Raquel Lazarotto, Regiane Maria Kielba, Tais Naiana Reolon, Patrícia Blange, Maria de Lourdes Fernandes.