Colégio Estadual Bartolomeu Mitre – Foz do Iguaçu

A escola é um ambiente de convivência e aprendizado, o lugar da socialização dos indivíduos, ou seja, o lugar de fazer amigos, compartilhar experiências, valores e delinear projetos de vida,nossas propostas são que ela (a escola)  deve ser uma instituição baseada no respeito à diversidade cultural, étnica, de gênero, reconhecendo e valorizando elementos que contribuam para o desenvolvimento de relações de autonomia e cooperação, entre alunos e aluno/professor. Cabe à escola formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade em que vivem, preparados para participar da vida econômica, social e política do país e aptos a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa. A função básica da escola é garantir a aprendizagem de conhecimentos, habilidades e valores necessários à socialização do indivíduo.

A aprendizagem não é um processo passivo, a criança e o jovem reagem com atitudes àquilo que recebem e exercem influência sobre o processo educativo; por isso transformam a sociedade a qual pertencem. Apesar de todas as dificuldades vividas na (ou pela) escola, os alunos ainda alimentam expectativas de que a escola possa contribuir para suas vidas, o processo educativo faz com que o sujeito possa interferir no meio social em que vive, ajudando a incorporar inovações e até a modificar os padrões culturais existentes ainda assim,  dificilmente ela conseguirá propiciar situações para que eles aprendam tudo o que é importante, mas pode possibilitar que eles se apropriem de diferentes conhecimentos gerados pelas gerações anteriores à deles e até mesmo pela sua geração.

O conjunto deve ser trabalhado, incluindo os problemas pessoais dos estudantes, portanto, a escola deve ser vista por eles como uma estrutura saudável, atrativa, um espaço para o diálogo entre funcionários e alunos, dando condições para uma aprendizagem mais significativa que tenha vínculos com o seu cotidiano e uma dimensão educativa e formativa da participação; propiciando aos jovens o desenvolvimento de habilidades discursivas, de convivência, de respeito às diferenças e liderança, dentre outras capacidades com o convívio na esfera pública.

O comportamento do ser humano para compreender e assimilar a profundidade do aprendizado pode transformar e renovar as atitudes e reunir valores. Valores estes que são construídos ao longo da vida embasados nas experiências escolares vivenciadas durante atividades que propiciaram a mudança de comportamento em relação a si mesmo, ao outro e ao meio ambiente auto-sustentável.

A escola busca contribuir com a descoberta de valores para a sociedade, mas muitas vezes os alunos estão trazendo atitudes e valores que infelizmente não condizem com o papel social da escola. Temos que  entender e trabalhar de uma forma cooperativa para auxiliá-los.

Assim a participação do jovem implica em formação teórica para a vida cidadã e na criação de espaços e tempos para a participação democrática. A participação é uma experiência educativa e formativa, que propicia habilidades discursivas, respeito às diferenças e liderança. É preciso reconhecer o jovem como indivíduo ativo e propor cada vez mais o diálogo entre todos os indivíduos.

É fundamental que a escola e a família sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir. O ideal é que ambas tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança de aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a situações que surgem na sociedade.

É necessário que a escola propicie o domínio dos conteúdos culturais básicos, da leitura e da escrita, das ciências, das artes, das letras, pois sem esses conhecimentos, dificilmente ele poderá exercer seus direitos de cidadania. A escola, portanto, tem o compromisso  social de ir além da simples transmissão do conhecimento sistematizado, preocupando-se em dotar o aluno da capacidade de buscar informações segundo as exigências de seu campo profissional ou de acordo com as necessidades de desenvolvimento individual e social. Precisamos preparar nossos alunos para uma aprendizagem permanente, que tenha continuidade mesmo após o término de sua vida escolar. Isto significa que em sala de aula devemos nos preocupar com o desenvolvimento de determinadas habilidades intelectuais sem as quais o aluno nunca será capaz de uma aprendizagem autônoma. É necessário a cada momento fazer o aluno pensar, refletir, analisar, sintetizar, criticar, criar, classificar, tirar conclusões, estabelecer relações, argumentar, avaliar, justificar, etc. Para isto, é preciso que os professores trabalhem com metodologias participativas, desafiadoras, problematizando os conteúdos e estimulando o aluno a pensar, a formular hipóteses, a descobrir, a falar, a questionar, a colocar suas opiniões, suas divergências e dúvidas, a trocar informações com o grupo de colegas, defendendo e argumentando seus pontos de vistas.

Segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná (2008), o foco da proposta é recuperar a função da escola pública paranaense que é ensinar e dar acesso ao conhecimento à todos, especialmente aos alunos das classes menos favorecidas, para que possam ter um projeto de futuro que vislumbre o mercado de trabalho, cidadania e uma vida digna. Dependendo das políticas públicas em vigor e do ideal de sociedade que pretende-se construir, o papel da escola é definido de formas muito diferenciadas, segundo sua  realidade.

Da perspectiva das teorias críticas da educação, as primeiras questões que se apresentam são: Quem são os sujeitos da escola pública? De onde eles vêm? Que referências sociais e culturais trazem para a escola? Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido,  porém ele é um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e como dele é possível participar, a socialização do indivíduo depende muito de como ele introjeta os valores, os padrões culturais e morais da sociedade, a escola tem a função de socialização dos indivíduos e muitas vezes é dentro dela que as crianças e jovens aprendem normas de conduta, comportamentos e até costumes considerados socialmente bons.

No entanto, o eixo integrador do currículo do Ensino médio constante nas Diretrizes Nacionais (2014), é formado pelas dimensões do Trabalho, da Ciência, da Tecnologia e da Cultura, que se constituem como essenciais à formação humana e para a oferta do Ensino médio de qualidade social, buscando a universalização dos conhecimentos. Entende-se que as diretrizes paranaenses devem ser revistas no sentido de integrar os eixos fundamentais para a proposta nacional, pois damos ênfase à qualidade mas não a universalização do Ensino.

A realidade do estado do Paraná, pauta-se no currículo disciplinar e fragmentado e que deve ser norteada por área de conhecimento como propõem as DCN's, contribuindo para a formação universal do estudante e a melhoria da qualidade do ensino, dando atenção à diversidade e respeitando todos os sujeitos dentro da escola

A educação alimentar ou os costumes alimentares de cada indivíduo são determinados por vários aspectos da cultura de um povo, o meio ambiente em que está inserido. Nesse sentido voltamos a problematização do espaço geográfico em que a escola está inserida pois, este espaço influência a forma como os indivíduos se alimentam, como se comportam e como transmitem os conhecimentos que recebem.

No dia a dia, em sala de aula costumo trabalhar a questão alimentar não só como uma questão biológica ou uma necessidade do ser humano enquanto ser vivo; mas como um fenômeno cultura que influencia no entendimento dos significados que cada cultura dá a esse ritual. A alimentação influencia ainda, na organização social do trabalho, nas relações econômicas e políticas de um país, chegamos a discutir que a forma ou o que utilizamos para nos alimentar nos dá determinado status social. Assim, conseguimos compreender que a cultura e o que trabalhamos em nossa rotina escolar não é algo “solto”, toda organização social, econômica e política forma uma teia de significados, na qual estamos inseridos e que nos transforma enquanto cidadãos ativos num mundo capitalista no qual a indústria alimentícia é uma das quais mais transforma a sociedade e desigual e exploratória.

A complexidade do trabalho diário na escola, a falta de pessoal e a cultura do individualismo demonstram que há necessidade de criação de espaços para participação do coletivo de forma efetiva, através do fortalecimento das instâncias colegiadas, por exemplo a APMF e a reativação do Grêmio Estudantil.

No entanto, é necessário conhecer as funções das mesmas para poder participar; para isso, planejamos para 2015 reuniões para explicar as características destes mecanismos democráticos de participação colegiada.

A  permanente construção do PPP da Escola com a finalidade de entender melhor as demandas, incluindo os diferentes sujeitos e anseios da comunidade escolar, configura-se como outro meio para garantir esta transformação.

De acordo com esse quadro de mudanças, o objetivo é salientar a necessidade que as escolas têm de reavaliar sua organização de trabalho e ampliar seu espaço de ação para a construção de um Projeto Político Pedagógico - PPP coletivo.

Um dos pressupostos é que as escolas, como estão organizadas hoje, estão invariavelmente destituídas de espaço coletivo e democrático.

É importante ressaltar que dada a abrangência dos temas abordados, não temos pretensão de tirar conclusões das análises apontadas, pois estas exigem um estudo mais aprofundado, mas a reflexão sobre a prática pedagógica poderá ser útil para aqueles que atuam na escola pública.

Ao que se referem às avaliações externas, identifica-se em nossa instituição de ensino, altos índices de evasão no período noturno, situação que de forma geral relaciona-se ao prematuro ingresso ao mercado de trabalho, dificultando a continuidade e inteira dedicação aos estudos.

Fundamentalmente podemos então identificar um expressivo numero de desistências que massificam o processo de evasão, situação que necessita de grande atenção em nossa escola. Ainda sobre as avaliações externas, identifica-se um grande desinteresse por parte dos participes da comunidade escolar quanto aos índices atingidos por estas avaliações, vale lembrar que por se tratar de uma instituição localizada no centro da cidade e que o púbico aqui atingido trabalha próximo porem reside nos bairros, pode-se justificar esta dificuldade de interação comunidade escola.

Em relação ao processo de avaliação, percebe-se que este instrumento é fundamental para ensino e aprendizagem, oferecendo informações para que o professor e a equipe técnica escolar possam analisar os resultados de seu trabalho, e para que o aluno possa identificar o seu desempenho, possibilitando o diagnóstico das dificuldades e o redirecionamento das estratégias.Nessa perspectiva de trabalho a avaliação passa a ter como objetivo fundamental fornecer informações sobre o processo de ensino-aprendizagem, informando não apenas o aluno sobre o seu desempenho nas disciplinas, mas também o professor sobre sua prática em sala de aula.

Quanto às dificuldades referentes às avaliações educacionais, observam-se verdadeiramente enormes mudanças no campo tecnológico, contudo é notório o desinteresse por parte de nossos alunos quando são incentivados a utilizar destes mecanismos como forma de aprendizado.

No entanto questiona-se, como realmente podemos desenvolver novos métodos de avaliar e novas estratégias avaliativas quando os processos que dão ingresso ao mundo acadêmico e profissional são ainda mecanismos tradicionais, que levam em consideração apenas o processo de seleção por meio de avaliações também tradicionais.