COLÉGIO ESTADUAL ARNALDO BUSATO – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL - VERÊ - PARANÁ - ETAPA 1 - CADERNO 3 – O CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO, SEUS SUJEITOS E O DESAFIO DA FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL

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ORIENTADORA: MARCIA CORRÊA ZANETTE

 

CURSISTAS:

ALEXANDRO CARLOS LOHN

CLEUSA CECCON DA SILVA

CLÉZIA CECCON GARBOSSA

ELISABETE COPELLI

ELSIO CÁSSIO GUARESE

GUSTAVO DENGO

LORENA REGINA SCHMITZ

MARA CRISTINA CALGAROTTO

MARGARETE RAITZ

RONALDO JAGUCZESKI

ROSANE MARIA BEAL SILVA

SELVINA JANUÁRIA SEZINANDI

SOLANGE LEZITA DE LIMA

TÂNIA MARGARETE DE LIMA

TANIA REGINA MORESCHI FABIANE

TERESINHA CARINI GORGES

VALTER CRESTANI

ZULMIRA APARECIDA RAITZ GUZELLA

 

O CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO, SEUS SUJEITOS E O DESAFIO DA FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL

 

De acordo com o primeiro capítulo do texto referente ao Currículo Escolar no Ensino Médio, o que devemos buscar efetivamente em nossa escola contemporânea, a priori, é uma necessária ruptura com as antigas práticas curriculares que serviam como base para a educação no Brasil do século XX, onde o currículo era definido como um instrumento legal, a fim de garantir uma eficiente manutenção dos interesses das classes dominantes, seja no contexto do ensino pragmático, prático e enciclopédico que visava o encaminhamento direto para o Ensino Superior, ou fosse ao tradicional ensino técnico-profissionalizante, cuja única e específica finalidade era a formação de mão de obra preparada para atender as demandas das elites condutoras da ordem social, gerando assim, um cidadão especializado em determinada área, porém totalmente alienada de qualquer realidade social, política ou econômica que orbita a sua volta, um empregado obediente, que trabalha feito um robozinho, e incapaz de realizar sequer uma leitura do contexto em esta inserido.

Sendo assim, a proposta de ruptura, consiste na elaboração de um currículo capaz de provocar a formação de um cidadão capacitado teórica e cientificamente e humanamente emancipado e libertado, capaz de realizar uma leitura independente, consciente e imparcial do contexto social, político, econômico e cultural do meio em que vive, e em condições de competir em iguais condições no concorrido, seletivo e atual mercado de trabalho.

Tratando-se do currículo propriamente dito, o ideal, de acordo com o texto, deve em sua idealização levar em consideração todo o meio que cerca os mais distintos cidadãos e a escola que os mesmos estão inseridos, devem ser observadas suas particularidades culturais, sociais, econômicas, raciais e principalmente políticas, uma vez que o currículo é reflexo das relações de poder da sociedade. E para embasar um currículo capaz de atender as diferentes juventudes e necessidades, nos é proposto à articulação em relação a quatro temas referenciais, a Cultura, o Trabalho, a Ciência e a Tecnologia, devendo os mesmos, serem utilizados de maneira integrada e interdisciplinar a fim de realizar um eixo comum de conhecimento.

Sobre a questão “das relações entre o que é ensinado para os nossos alunos e o mundo do trabalho, ciência, tecnologia e cultura”, os professores presente em sua totalidade disseram preocupar-se em abordar os temas e/ou conteúdos em suas aulas, de maneira a contemplar a integração das referências temáticas em forma de eixo, e com uma intenção da busca pela interdisciplinaridade, mas, é consenso a idéia de que ainda existem vários elementos práticos e teóricos há ainda serem estudados, compreendidos e aplicados na prática da sala de aula.

Após a leitura e análise das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio, o que gerou maior discussão foram os quatros eixos e a pesquisa como princípio pedagógico.

Os quatros eixos (trabalho, ciência, tecnologia, cultura), a maior dificuldade foi ao compreender que esta tecnologia mencionada não é a tecnologia de equipamentos e sim a tecnologia como produção de conhecimentos.

A pesquisa como problema cultural, na qual os professores não foram preparados para instigar a pesquisa, não há hábito em pesquisar. É preciso trazer a pesquisa para a vida.

A pesquisa como princípio pedagógico gera inquietude, curiosidade e desafios, mas os alunos não estão praticando a arte da leitura, por isso ao fazerem uma pesquisa muitas vezes apenas copiam algo pronto da internet, pois não conseguem formar opiniões e organizar um estudo direcionado a um tópico sugerido. Aqui é importante o professor modificar as formas de sistematização dos conteúdos e estabelecer valores para que a aprendizagem ocorra.

A instituição de ensino deixa de ser o único centro de geração de informações e o professor tornasse um mediador de conhecimentos, instigando aos alunos a fazerem pesquisas. Segundo as DCNEM, apesar da importância que ganham esses novos mecanismos de aquisição de informações, é importante destacar que informação não pode ser confundida com conhecimento. O fato dessas novas tecnologias se aproximarem da escola, onde os alunos, às vezes, chegam com muitas informações, reforça o papel dos professores no tocante às formas de sistematização dos conteúdos e de estabelecimento de valores.

Com o avanço das tecnologias os alunos adquirem várias informações, porém muitas vezes mal interpretadas, assim cabe ao professor na medida do possível em ajudar para transformá-las em conhecimentos.

A equipe de professores que estudam o Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio organizaram um diálogo com os jovens estudantes e obtiveram os seguintes resultados: eles entendem que o conhecimento adquirido na escola é importante para a vida deles, ajuda-os a conviver em sociedade, ser corretos,justos e prepara-os para a vida.

A escola oferece para eles a formação da ideologia,do caráter e da ética.

Sugeriram que precisam mais orientação sobre profissões,para saber o que fazer futuramente (Ensino Superior), SISU, ENEM, PROUNI, fatos relacionados às Universidades, entre outros que os sites em relação às oportunidades futuras.

Eles relataram também que tem dificuldades de se relacionarem nos conteúdos,muitas vezes. Alguns poucos alunos acham que alguns conteúdos não tem importância.

Sugeriram que na escola tivesse orientação psicológica,mais proximidade com os alunos, também palestras que acrescentassem ao seu conhecimento e por pessoas bem qualificadas que saibam se comunicar com o público.

A explicação das aulas de forma interessante, pois acreditam na explicação do professor como fundamental para a aprendizagem, o professor é indispensável na visão dos mesmos e em todas as disciplinas eles são importantes. Disseram que os professores se empenham ao máximo, mas muitos alunos não tem interesse em estudar. Outros ainda dizem que não acreditam nas amizades que fazem na escola.

Pediram que na escola tivesse aulas de música, dança e outras que desenvolvam a cultura e melhoram o relacionamento entre os alunos.

Os alunos reconheceram que os professores fazem e cumprem o seu papel, mas faltam recursos e os alunos não estudam porque não querem, pois as oportunidades são muitas e as chances também.

Enfim, pode-se concluir que foi um debate muito produtivo e que fez com que professores e alunos promovessem uma troca significativa de informações e sugestões para o melhoramento e reestruturação do Ensino Médio.