Colégio Estadual Antonio José Reis – Toledo - Paraná - Reflexões e ações – caderno III - Etapa II

                                                                  Tecnologia: benefícios  X  prejuízos

Resumo: Inovar o ambiente escolar, introduzindo novas tecnologias, não é sinônimo de modernizar o ensino. Esse fator por si só não muda a metodologia, representa apenas uma ferramenta, quem pode fazer a diferença são os professores e os alunos, sujeitos da práxis no processo ensino aprendizagem. Nesse contexto, este artigo, tem como objetivo, analisar e discutir o tema: “Tecnologia: benefício X prejuízos” nas atividades escolares, na montagem de uma proposta pedagógica, envolvendo os componentes curriculares da área de Ciências da Natureza, fazendo uso do princípio da investigação, de forma interdisciplinar, numa abordagem CTS, ou seja, ensinar os fenômenos naturais de maneira que a ciência esteja embutida no ambiente social e tecnológico do aluno, visando a criação do pensamento e argumentação científica. Assim, nessa proposta, procura-se articular a temática supracitada, relacionando e complementando conteúdos pertinentes a referida área do conhecimento.
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1- Introdução:
           O perfil dos estudantes que frequentam hoje o Ensino Médio faz parte de uma geração que vive conectada com o mundo virtual e, os impactos que esse perfil, traz ao ambiente escolar é, sem dúvida, um desafio para os professores e para a própria escola, no sentido de como usar essa situação a favor da construção do conhecimento científico sistematizado, pertinente a esse nível de ensino. 
A escola deve ser vista como um contraponto real ao mundo virtual, promovendo ações pedagógicas que implicam em aliar métodos e metodologias na busca de um ensino mais interativo, assim ao invés de ser refém das tecnologias, pode se beneficiar delas. A questão do uso do celular em sala de aula se apresenta como uma problemática constante em diversas situações cotidianas nesse ambiente, portanto, pode tornar-se um tema gerador, oferecendo elementos suficiente na vinculação de conteúdos que representam objetos de estudos de Biologia, Física e Química, componentes curriculares da área de Ciências da Natureza.
2 - Desenvolvimento da Prática Pedagógica (Investigação)

Temática - Tecnologia: benefícios  X  prejuízos
               O uso do celular na Escola

Estudo da realidade

Horas diárias que se utiliza o celular (quanto tempo você consegue ficar sem utilizar o celular?)
Modernidade dos aparelhos (aplicativos disponíveis)
Qual a função do celular?
Quantidade de pessoas da família que tem celular.
Tipos de aparelhos.
Opinião de parentes e amigos sobre o uso do celular.
Diversos estados da Federação criaram leis proibindo o uso de celulares em sala de aula
Em sala de aula: você consegue manusear o celular, assimilar o conteúdo e resolver adequadamente as atividades?
Problematização Inicial

Como as pessoas se comunicavam em outras épocas?
Como conseguimos ouvir?
Qual a influência do uso do celular em nosso dia a dia? E no ambiente escolar?
Consumo desenfreado, reciclagem e descarte (social, psicológico, financeiro e ambiental)
Quais são os riscos do uso do celular em situações cotidianas?
Celular como ferramenta facilitadora da comunicação, segurança, economia financeira e agilidade.
Por que a necessidade de leis que regulamentam o uso de celulares em determinadas situações?
Organização do Conhecimento

Aula expositiva/dialogada, Discussão, Debate,
Leituras dirigidas, levantamento e análise de dados (de forma individual e coletiva), organização de oficinas (laboratórios de ciências e de informática), construção de diferentes formas de interpretação,
elaboração de argumentações, pelos estudantes, acerca de: elementos químicos, métodos de separação, eletromagnetismo, eletroquímica, pilhas e baterias, frequência, ondas eletromagnéticas,  condutores,  fibras óticas, satélites, energia, tecnologias LED e LCD, temperatura, mutação celular, sistema cardiovascular, reprodução humana.
Aplicação do
Conhecimento

Oficinas
Seminários
Construção cartazes e jogos pedagógicos
Painéis
Teatro
Palestras
Produções textuais

3 - Avaliação:
         Essa proposta busca promover uma avaliação ampla e contínua, envolvendo todo o processo ensino-aprendizagem, permitindo ao estudante reconhecer suas conquistas e dificuldades, e as possíveis superações, observando e valorizando os avanços desses nas suas produções e na autonomia do uso das tecnologias.
5 - Considerações Finais:

         Atualmente na prática pedagógica busca-se priorizar o processo de  investigação para modificar a didática tradicional,  vista como deficitária na construção de saberes. Para tanto, o estudo interdisciplinar se torna o mecanismo prioritário que possibilita construir o saber em diferentes dimensões, visando despertar no estudante a curiosidade, favorecida pela contextualização dos conteúdos e, ainda, por meio de instrumentos metodológicos diferenciados.
        Na proposta apresentada o aluno terá de exercitar, nos procedimentos próprios da área de Ciências da Natureza: problematização das questões que lhes são propostas; delimitar seu objeto de pesquisa; refletir; buscar informações; levantar e fazer uso adequado das fontes de pesquisa; verificar; perceber; comparar e organizar as informações, aprimorando os conceitos, construindo respostas para a temática estudada, produzindo e apresentando as devidas conclusões.
           Ainda destacamos que a prática da pesquisa vem ganhando espaço nos processos educativos, nas ações didáticas, onde os processos investigativos, como pressupostos de construção do saber, possibilitam interpretar e reinterpretar o mundo, entender e construir novos conceitos, mais aprimorados, para além do que chamamos de “senso comum”, promovendo a articulação dos conteúdos, instigando discussões e debates.
7- Referências
http://www.legislacao.pr.gov.br/
http://portacurtas.org.br/Filme.asp?Cod=647
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo:
Cortez, 2004- (Coleção docência em formação. Série ensino fundamental)
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Formação de Professores do Ensino Médio, CIÊNCIAS DA NATUREZA. Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Etapa II - Caderno II. Curitiba. 2014. Setor de Educação da UFPR 2014. 
BRASIL. Ministério da Educação/ Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais. Brasilia, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação do Ensino Básico do Estado do Paraná. Curitiba-Pr, 2008.