COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO CARLOS GOMES
SÍNTESE DA TEMÁTICA 2: OJOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO
Nos dias atuais, a escola tem enfrentado, entre outros desafios, o de concorrer com toda a tecnologia disponível ao adolescente e ao jovem. O que não é fácil, pois a maioria das escolas não contam com ambiente com características que interessam ao jovem, as tecnologias disponíveis nas escolas estão ultrapassadas, e muitas vezes sem manutenção adequada, o que vem dificultando o trabalho de professores no que se refere à introdução de mídias na sala. E para o jovem acostumado com as facilidades tecnológicas e com a riqueza de possibilidades que elas proporcionam, a escola se torna um tanto quanto desmotivante. Em contrapartida, é necessário dar ênfase às práticas pedagógicas mais significativas, que emancipe o aluno pela aprendizagem. A educação brasileira contemporânea, especificamente o ensino médio público, parece não ter incorporado ainda nas suas políticas e práticas pedagógicas os sinais da mutação da modernidade e como educar para a sociedade da informação. Porém, para que o uso das tecnologias aliadas à aprendizagem seja eficaz é preciso utilizar os recursos disponíveis e variados de forma a integrar a prática do professor com sua vivência e experiência sobre o assunto tratado, para que os objetivos possam ser atingidos.
É necessário também, que a escola seja um espaço de construção das culturas juvenis, diante disso a instituição escolar deve constantemente organizar eventos culturais, bem como projetos para que seus estudantes desenvolvam suas capacidades. Em outras palavras, o que potencialmente contribuiria nesta situação, é a integração escola - comunidade, isso não significa apenas realizar uma festa durante o ano letivo, ou palestra em datas comemorativas, essas ações são necessárias, porém não garantem o estabelecimento de uma relação plenamente satisfatória entre a escola e os sujeitos que nela atuam, para que de fato a escola integre-se a comunidade é indispensável que ela "se abra", ou seja, que nos finais de semana ela se torne um espaço de lazer e cultura, que contribua para a promoção de uma escola mais integradora e formadora de culturas juvenis. Podemos perceber que o universo juvenil abre diferentes leques de estudos e reflexões. Com isso surge uma questão (ou preocupação?): Como a escola pode tornar-se, realmente referência para a construção da identidade pessoal e social do jovem?
Dentro deste contexto, percebe-se que a escola tem o poder de transformação, de construir novos conceitos aos jovens , então cabe ao professor ser mediador desse conhecimento, porém o trabalho é árduo. Mas, sabemos também que os alunos são os maiores agentes da própria Educação. Quando sabem o que almejam na vida, estudam por um futuro melhor. Partindo desse pressuposto, a preocupação maior não seria somente proporcionar aulas mais "atrativas", a tecnologia avançada é importante sim, todavia não sobressai ao conhecimento adquirido ao longo de anos pelo professor, não mede capacidade de ensinar. Quantos cursos realizados, quantas horas preparando aula (muitas vezes em computador, revistas, etc.) e muitos alunos continuam desmotivados. Para alguns, estudar/ler/escrever sempre é "chato/cansativo". Logo, falta um horizonte, levar os mesmos a participarem do Futuro Educacional em constante transformações se faz necessário.
Talvez isso somente seja possível, quando todas as instituições escolares participarem ativamente do processo educacional, fazer com que cada componente possa refletir sobre seu papel, conhecer cientificamente como as crianças e os jovens aprendem, para planejar e agir em conformidade com as expectativas e necessidades destes, as instituições educacionais possam proporcionar mecanismos de planejamentos e trabalhos cooperativos entre os educadores, visando uma formação do aluno regida pela complexidade dos conhecimentos, do mundo e da vida em sociedade. E somente através de um planejamento bem elaborados e atendendo às necessidades e expectativas do aluno, podemos levar o educando a querer aprender, o que é o desafio primeiro da didática, do qual dependem todas as demais iniciativas.
É notório também, que hoje temos alunos mais críticos e sabedores dos seus direitos e isso modificou a escola (hoje professores e funcionários da escola estão praticamente de mão atadas e sem qualquer autoridade) ,pois qualquer palavra ou ato pode ser tomado por agressão ou bulling. Com isso temos, hoje, alunos desinteressados e que usam a escola como ponto de encontro com os amigos. É preciso, portanto, conscientizar os alunos dos seu deveres e da importância que a escola tem para o seu futuro,eles precisam entender que a escola é uma das únicas saídas para um futuro melhor. E que não depende só do professor, é necessário que ambos estejam em sintonia para que o processo ensino/aprendizagem possa fluir com qualidade.
Esses apontamentos nos leva a reflexão que os alunos de hoje tem mais acesso a uma gama de conhecimentos, tem mais liberdade de expressão, e são sabedores dos seus direitos, mesmo não sendo assíduos com o cumprimento mas sabem os seus deveres. Por outro lado é visto que a escola deve ser um espaço atrativo aos jovens, e que a mesma reconheça as diversidades culturais com ênfase na culturas juvenis. Porém o que não pode acontecer é que a escola se perca nesse universo de diversidades. Todavia devemos ter em mente que a escola é parte de um todo social, assim ela deve ser pensada e gerenciada como sendo alvo de uma política publica que minimize as contradições que o sistema capitalista impõe.
Texto Coletivo:
Alex Sandro Rodrigues Brito
Carla Vanuza Heinen Silva
Carlos Hamilton Silva
Caroline Andressa Momente Melo
Célia Barbosa Vilela (Orientadora de Estudos)
Marciele Cristina Correa
Ivanildo Vieira Lima
João José Marques
Neusa Pereira Lima
Valdinéia Dos Santos Burdinhão
Sandra Mara de Moraes