Colegio Estadual Angelo Antonio Benedet - Santa Terezinha de Itaipu/Pr. - NRE/Foz do Iguacu/Pr. -Reflexão e Ação coletiva do CADERNO I
p { margin-bottom: 0.21cm; }
Atividades caderno I
Pacto- Formação de Professores do Ensino Médio.
1ª Reflexão Ação p.26.
Os desafios que permanecem para o Ensino Médio na realidade brasileira e levantem possibilidades de explicação para eles.
R: O grande desafio está nas diferenças, e nas desigualdades sociais, isso já vem de um processo histórico; pois desde o inicio os privilegiados eram os burgueses, ou seja, formar as elites nacionais, os altos quadros políticos, administrativos e intelectuais do país. (Regime Monárquico).
Posteriormente, o Sistema de Educação fortaleceu as diferenças sociais, pois havia ensino para o “povo” e outro para as classes superiores, e foi criado os exames vestibulares, como podemos perceber até hoje serve de classificatório e excludente; e surgiu também o ensino profissionalizante em preparação para o comércio e indústria; os cursos técnicos atualmente são importantes para a formação do cidadão ao mercado de trabalho, mas ainda existem muitos jovens que se evadem da escola para trabalhar e com a realização do trabalho durante o dia, e estudam a noite, chegam cansados e sem vontade de estudar.
Outro desafio é o empobrecimento dos currículos escolares, com a retirada e esvaziamento dos conteúdos de formação geral, imprescindíveis para a compreensão crítica da realidade social, e o fracasso na realização da pretendida formação técnica.
Outro desafio foi o projeto de formação humana integral que veio para superar a dualidade presente na organização do ensino médio, promovendo o encontro sistemático entre “cultura e trabalho”.
O desafio atualmente é a implementação e consolidação do ensino médio de qualidade social,que promova a formação humana integral em jornada escolar em tempo integral, trazer o jovem para a escola e sua permanência para que concluam com sucesso o ensino médio.
Outro desafio é o de garantir o direito igualitário de forma publica e gratuita do estado.
A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Manuela Braga, destacou que a falta de interesse dos alunos se reflete na evasão escolar. "Há uma evasão de 10%. E os que permanecem no ensino médio não conseguem se identificar. Porque ele sai do ensino médio, ele não está preparado para a vida, para o mercado de trabalho. A maioria dos estudantes que saem do ensino médio lê uma redação do Enem e não consegue interpretar, não consegue trabalhar em cima dessa redação".
A falta de interesse dos jovens pelo ensino médio e o alto índice de evasão dos alunos estão entre os principais problemas da educação brasileira nesta etapa da escolarização. Um dos fatores é a questão socioeconômica dos alunos, que levam uma parcela dos jovens a trabalharem muito cedo, desestimulando-os para o estudo aumentando dessa forma o índice de reprovação e o abandono escolar.
Podemos determinar algumas questões para o ensino médio como a qualidade dos professores, o que envolve a formação na universidade, a oferta de educação continuada, as condições de trabalho, a carreira, incluindo salários, e a dedicação exclusiva. O número de alunos por sala de aula, fator responsável pelo rendimento escolar. A ampliação do tempo do jovem no ambiente escolar com real qualidade.
Conhecer a realidade que se quer transformar é o primeiro passo para que seja possível adequar o atendimento, planejar e estruturar estratégias de contenção do abandono, avaliar e promover melhorias significativas e eficazes, como por exemplo, implantação e ampliação de cursos técnicos. Isso só acontece com o envolvimento de todos: governo federal, estadual, escolas com toda comunidade escolar, família, comunidade em fim toda a sociedade.
O grande desafio no ensino médio é garantir o direito igualitário de todos de forma pública, gratuita, laica e com qualidade. E as especificidades precisam ser consideradas no projeto pedagógico e na organização curricular, sem prejuízo da garantia da base comum, assentada na concepção de formação humana integral.
2ª Reflexão Ação p.31
Aspectos importantes do perfil social, cultural e econômico dos sujeitos matriculados no Ensino Médio de sua escola.
R: Os alunos que freqüentam o colégio são de classe média, baixa e quando estão cursando o ensino médio começam a trabalhar como jovens aprendizes, ou outros projetos do governo muitos passam a estudar no período noturno, e com isso percebe-se que a maioria caem o rendimento escolar. Percebe-se ainda, que grandes dificuldades de aprendizagens. Isso ocorre pela baixa auto-estima, cujo reconhecimento do potencial individual é negado pelos próprios sujeitos, falta de perspectiva de vida, falta de disciplina com os estudos, falta de valorização do conhecimento como meio de progresso e ascensão social, etc. As dificuldades de aprendizagem ocorrem também por razões cognitivas como: de falta de letramento, pouca habilidade com a leitura e com a escrita, incapacidade de raciocínio e abstração, entre outros.
Portanto o perfil social, cultural e econômico dos alunos matriculados no Ensino Médio cuja a classe econômica é baixa, com acesso cultural bem limitado, atividades esportivas também são limitadas, com baixo rendimento salarial no âmbito familiar o que leva os jovens a trabalhar cedo, falta de perspectiva e ambição quanto aos estudos, famílias desestruturadas emocionalmente e com dificuldades de impor limites aos seus filhos o que leva o envolvimento de seus membros e dos jovens há também problemas com bebidas alcoólicas e drogas. A falta de diálogo entre pais ou responsáveis com os filhos leva os jovens a rebeldia e relacionamento sexual precoce, sem preocupações com DSTs ou gravidez indesejada. Outro fator é a obrigação do comparecimento na escola para não perder a bolsa família.
3ª Reflexão Ação p.40
Princípios e fundamentos que constituem a proposta de formação humana integral. Estudos que fundamentem práticas pedagógicas que possam contribuir para a materialização dessa proposta na escola, considerando os aspectos potencializadores, assim como eventuais dificuldades a serem superadas.
R: Segundo o currículo integrado no ensino médio em suas diferentes modalidades, enquanto “formação humana integral” é um direito do trabalhador brasileiro, uma necessidade premente e atual, uma conquista histórica e uma construção tardia que não pode ter retrocessos.
Outro principio fundamentador para a implantação e consolidação do ensino médio de qualidade social, é promover a formação humana integral em jornada escolar de tempo integral.
Outro é garantir a base igualitária para todo; o projeto pedagógico e a construção e organização curricular não poderá acarretar prejuízos da base comum, na concepção da formação humana integral.
A formação deverá contemplar os aspectos científicos, tecnológicos, humanísticos e culturais que estejam incorporados e integrados, para visar à formação integral de sujeitos autônomos e emancipados, implica também em competência técnica e compromisso ético para uma atuação profissional pautada pelas transformações sociais, políticas e culturais necessárias à edificação de uma sociedade igualitária.
A formação humana, que garanta ao adolescente, ao jovem e ao adulto trabalhador a formação completa para a leitura de mundo e para a atuação como cidadão pertencente a um país integrado e dignamente à sua sociedade política.
Portanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estipulou o Ensino Médio com função formativa, etapa de conclusão da Educação Básica. Esta educação básica envolve educação infantil, o ensino fundamental, o ensino médio e a educação de jovens e adultos que tem por objetivo possibilitar condições de acesso e permanência na escola.
Um projeto de formação humana integral promove o encontro sistemático entre cultura e trabalho, fornecendo aos alunos uma educação integrada ou unitária capaz de propiciar-lhes a compreensão da vida social, da evolução técnico-científica, da história e do trabalho.
Contudo a formação humana integral implica em competência técnica e compromisso ético, que revele uma atuação profissional pautada pelas transformações sociais, políticas e culturais necessárias à edificação de uma sociedade igualitária. Para isso é preciso que se incorpore ao currículo conhecimentos que contribuam para a compreensão do trabalho como princípio educativo.
Para que haja uma prática pedagógica significativa faz – se necessário uma reflexão sobre o mundo do trabalho, da cultura desse trabalho, das correlações de força existentes, dos saberes construídos a partir do trabalho e das relações sociais que se estabelecem na produção. Também na melhoria das condições de trabalho, incluindo remuneração e carreira, apropriando-se criticamente dos conteúdos das novas DCNEM onde todos os envolvidos na educação contribuam para uma efetiva transformação na escola.
4ª Reflexão Ação p.45
Como chegar à universalização do Ensino Médio?
R: Para chegar à universalização do Ensino Médio, deve-se a ter o êxito
Das políticas, em âmbito educacional, proporcionando a universalização do ensino médio de qualidade, visando a implantação da escola unitária do currículo integrado, que tenha por principio a dialética entre a sociedade/trabalho, cultura, ciência e tecnologia.
Proporcionar o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino; educação em tempo integral, sua permanência e conclusão do ensino Médio.
Também propiciar a aprendizagem de conteúdos historicamente acumulados pela humanidade, nos diversos campos.
Há também a necessidade de ampliação dos recursos públicos à educação pública.
O Projeto Político-Pedagógico deve contemplar as relações de trabalho coletivo e democrático se constituir por meio das mesmas com a definição de metas e objetivos a serem alcançados que estão previstos também no PPP onde o contexto sócio- político-educacional levando-se em conta cada individuo.
Portanto para se universalizar o ensino médio faz - se necessário assegurar que toda a população de 15 a 17 anos freqüente as séries adequadas a cada idade, isso vai exigir que os alunos com 15 anos ou mais que estão no ensino fundamental cheguem e sejam incorporados ao ensino médio. Fazer levantamentos confiáveis sobre os jovens que estão fora da escola seja por qual motivo for devemos colocar em prática estratégias para que concluam sua escolaridade.
Não basta à freqüência do jovem na escola, mas construir aprendizagens relevantes e significativas ao longo de sua escolaridade. Quando se educa para a vida o que se ensina faz sentido, não apenas o que é pragmático. Para os jovens, a escola tem sido um espaço desmotivador e mudar esse contexto, significa abandonar alguns paradigmas sobre o que é ensinar e aprender e voltar os olhos para a educação básica e a formação de professores, rever e revitalizar os compromissos com a escola e o aluno. E para que isso seja feito precisa – se de recursos financeiros para o ensino médio, ter também professores bem formados e melhor remunerados, com o compromisso de construir coletivamente a escola e que faça diferença na vida dos jovens.
A melhoria das condições de sucesso e permanência dos estudos depende de uma série de investimento, tendo em vista a qualidade de ensino: em equipamentos, reformas, ampliação e revitalização do espaço físico, na qualificação permanente dos professores, mas não será suficiente se não houver uma reconstrução da proposta político pedagógica da escola, tendo em vista as demandas de educação do jovem e da sociedade, em face da nova realidade da vida social e produtiva.
- Logue-se para poder enviar comentários