Colégio Estadual Almiro Sartori

Joséte, Alexandre, Cláudio, Denis, Edirlene, Francis, Jacqueline, Marcos, Priscila, Rosilene, Sara e Sérgio.

Para falar de currículo escolar no Brasil faz-se necessário um percurso na história recente de nossa política.

Há muito tempo o Brasil se consolidou como um país que dividiu a sociedade em duas esferas, a dos ricos e a dos pobres. A educação foi sempre um mecanismo para a manutenção do poder e do domínio exercido pelas elites. Aos ricos uma educação para a universidade, para os pobres uma educação para o trabalho. Essa espúria dicotomia vem se arrastando no país desde o império, porém, foi no século XX, durante a ditadura militar, que ela realmente ganhou força. Com a ditadura se intensificou a fragmentação das disciplinas e o encurtamento das licenciaturas. Neste período ficam afastadas das escolas as disciplinas de filosofia e de sociologia, importantíssimas para a aquisição de uma mentalidade política e de um pensamento crítico. Em muitos estados brasileiros, essas duas matérias ainda ocupam uma posição periférica e diminuta dentro dos currículos propostos, como se houvessem razões para dar mais importância a essa ou àquela ciência. É necessário tornar equânime o espaço para todas as disciplinas, pois não uma mais importante do que a outra. Também é necessário enfatizar o esporte e as artes, principalmente no ensino integral.