Orientador: Giselly Alves Martins
Professores cursistas: Catarina Ishibaro, Cenira Lima, Emanuelle Mandu, Fernando Lima, Halina Martins, Márcia Regina Alexandre, Marcos Borst, Michele Strassburger, Silvia Lipski e Telma Bonfim
O exercício de pensar a formação humana a partir do diálogo com a prática pedagógica e cotidiana do professor é o grande desafio.
Existe uma relação entre o que ensinamos e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura pois, a partir do momento que temos a consciência de que trabalhamos com os jovens do ensino médio , temos que procurar transmitir conhecimentos que os forme e prepare-os integralmente, seguindo o planejamento proposto porém, devemos ter sempre um diálogo para conhecer quem é o nosso aluno, quais são os seus interesses por esse ou aquele conteúdo. No entanto, nem sempre o professor possui liberdade para aplicar tais conteúdos de modo a estabelecer esta conexão de forma satisfatória.
O professor ao selecionar os conteúdos em seu trabalho curricular deve satisfazer uma série de critérios que muitas vezes contradizem aquilo que o mesmo considera essencial. Os trâmites burocráticos escolares e o anseio por parte dos alunos e da sociedade (governo e gestores dos sistemas/ instituições de ensino) de que os alunos alcancem êxito em exames como os vestibulares, podem direcionar a escolha dos conteúdos para outros focos que em muitas situações tomam direção oposta a formação humana integral.
Observa-se portanto, uma necessidade de mudança das políticas educacionais a fim de que o professor tenha mais liberdade na escolha dos conteúdos e na forma como este será trabalhado. Tal mudança para o aprimoramento das condições de trabalho do professor além de sua própria formação acadêmica que em grande parte das universidades se apresenta ainda extremamente tecnicista.
Destaca-se assim a necessidade do público escolar ter subsídios suficientes em seu processo de formação para entender e julgar a veracidade das evidências propostas pela ciência e tecnologia, comparando-as com outras também significativas a fim de que possam tomar decisões coerentes diante de problemas que envolvam a sociedade. É necessário ultrapassar a meta de uma aprendizagem apenas de conceitos e de teorias relacionadas com conteúdos abstratos e neutros para um ensino mais cultural que proporcione uma melhor compreensão do mundo.
A educação democrática pressupõe que os cidadãos tenham capacidades de compreender e expressar opniões e tomar decisões bem fundamentadas que possam construir seu espaço político.