Colégio Antonio José Reis- Toledo- Pr - Reflexão e Ação - Caderno VI

Avaliação

            A avaliação foi, é e continua sendo um grande desafio para o educador, sendo assim, é continuamente alvo de discussões nas escolas entre professores, pais, gestores, enfim, em toda a comunidade escolar, pois faz parte do ensino e assim, compromete a toda sociedade.  Sempre esteve presente na atividade humana e sempre presente na escolarização.
Tratar avaliação na escola atualmente é algo polêmico, pois não existe consenso nas diversas formas de avaliar, essa está em permanente construção, em processo, portanto, em discussão. Deste modo, cada professor tem sua forma de conceber o mundo, suas vivencias que influenciam no como avaliar.
           Em nossa ação docente sempre somos indagados e levados a utilizar um sistema que avalie o aluno constantemente, percebendo de quais conhecimentos se apropriou no processo de ensino-aprendizagem. Porém, pelo outro lado, estamos “amarrados” à burocracia formal, onde é preciso aplicar avaliações e atribuir uma nota ao aluno no final de cada período. Isso nem sempre reflete o aprendizado de um determinado aluno, pois é sabido que muitas vezes o resultado da mesma é abaixo do que ele demonstra no dia a dia em sala de aula, porém, esta nota que aparece no livro de registro de classe. E aí o professor muitas vezes precisa estar atento para que o aluno não seja prejudicado. É preciso fazermos alguns questionamentos: Qual é a maneira mais adequada de se avaliar? É necessário um documento escrito para comprovar o aprendizado do aluno? Será que avaliar o aluno de maneira excessiva, pode facilitar cada vez mais para o aluno, levando-o ao comodismo?
            Pensamos que a avaliação é a parte mais complexa do sistema educacional e é preciso estar em constante transformação e evolução, visto que a cada dia surgem um número maior de novas tecnologias que podem nos apoiar. No desenvolvimento do nosso trabalho como professor procuramos diversificar o processo avaliativo, tentando proporcionar mais possibilidades para nossos alunos demonstrar o que realmente compreendeu no processo de ensino-aprendizagem.
Também temos as avaliações externas, que são tomadas como parâmetros para que a escola se insira novos paradigmas para uma mudança na forma de ensinar. Porém, cabem alguns questionamentos: Será que realmente elas demonstram o que os alunos sabem? Levando em consideração que a avaliação não deve ser feita só de forma escrita? E, ainda, pode ser utilizada uma mesma avaliação para um país inteiro, sem levar em consideração as particularidades e especificidades regionais?
É preciso destacar que, somente mudar o método de avaliar não é suficiente para a resolução  dos problemas detectados no cotidiano escolar. Necessitamos superar as possíveis defasagens nesse processo e assim alcançarmos uma proximidade com o ideal. Além disso, se faz necessário maiores investimentos na estrutura física das escolas, a redução do número de alunos em sala de aula, capacitação dos professores.
Também não podemos deixar de enfatizar a importância do incentivo de uma maior participação da família nas atividades cotidianas escolares e, desse modo,  oportunizar um processo avaliativo mais  eficaz e significativo na vida escolar do aluno.
           No momento em que realizamos a avaliação institucional de nossa escola percebemos que as avaliações externas servem de parâmetros na escolha de que paradigmas serão elencados para solucionar os problemas relacionados á evasão e repetência no ensino  médio noturno. Isso ocorre nos momentos específicos para a realização dessa análise que seriam nas paradas pedagógicas, nos programas formação e ação, nos conselhos de classes, dentre outros. Nesse espaço os índices da escola são analisados e comparados com os nacionais, em todas as disciplinas, com o objetivo de superá-los, resultando numa gradativa melhora no ensino-aprendizagem da escola, consequentemente, diminuindo os principais problemas do ensino médio  noturno atual, ou seja, a partir disso, verificamos e buscamos superar os principais problemas de ensino-aprendizagem do estabelecimento de ensino, elevando seus índices, em consonância aos programas de avaliações externas, adequando o currículo, o PPP, planejamento e demais documentos da unidade escolar. Geralmente as atividades avaliativas são contínuas e permanentes. Deste modo, para melhorar esses índices, buscamos desenvolver nos alunos a capacidade de reflexão e solução de problemas. Para isso realizamos simulados dos testes do Enem, trabalhamos as leis educacionais em projetos internos, o preenchimento de gabarito e etc. A escola possui projetos que trabalham esses assuntos, buscando superar as dificuldades encontradas nos alunos com a resolução das questões dessas avaliações em anos anteriores, propiciando criar nesses a disciplina nos horários de estudo, hábitos de leitura, que acabam ajudando na superação de problemas detectados anteriormente. Finalmente, na construção dos planos de ensino, geralmente   preocupa-se em adequar os conteúdos as nas avaliações externas de forma integral e humana para o mundo do trabalho e o exercício pleno da cidadania.

 

Referência Bibliográfica

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Formação de professores do Ensino Médio: Avaliação- Caderno VI. Curitiba: UFPR, 2014.

CERVI, Rejane de Medeiros, Planejamento e Avaliação Educacional, Editora IBPEX, Curitiba, 2007.