As Ciências Humanas e seu papel na Construção do Currículo
As ciências humanas possuem um papel fundamental para a formação de um cidadão consciente, capaz de compreender as inter-relações sociais saudáveis e seu papel na sociedade, bem como, de contribuir para as transformações necessárias para uma sociedade mais justa e que respeite a natureza. Desta forma, sua função vai além de uma formação para o trabalho produtivo, mas também deve colaborar para desenvolver no aluno todas as suas potencialidades, tornando-o capaz de compreender conceitos sobre ética e os direitos e deveres de uma sociedade democrática.
Cabe à comunidade educadora, em especial aos professores, o papel de zelar para que sejam criadas oportunidades de aprendizado e de inserção na realidade social de um mundo tecnológico e globalizado, no qual o conhecimento está acessível na palma de nossas mãos.
Nesse contexto, é fundamental buscar desenvolver a consciência critica, de maneira que o aluno não apenas receba informações, mas que analise as informações disponíveis nos mais variados meios de comunicação. Não basta apenas ensinar a ler, precisamos ensiná-los a pensar e buscar novas maneiras de ver o mundo, procurando alternativas para melhorar o espaço escolar, de modo a se tornar um sujeito ativo para a sociedade.
A passagem do século XIX para o XX caracteriza-se pelo estabelecimento das Ciências e seus procedimentos peculiares, onde caberia às Ciências do Espírito, hoje Ciências Humanas, voltar-se para a compreensão de fenômenos, antes com ênfase em grego-latim-gramática-filosofia-história da arte (estudos clássicos), hoje história-geografia-filosofia-sociologia compondo o currículo do Ensino Médio, uma etapa da Educação Básica.
Mudanças na concepção de currículo tornaram possível e significativa a formação da juventude do país, ora para a humanização, ora para a industrialização, valorizando de diferentes formas o conteúdo das Ciências Humanas, possibilitando resumi-las nas disciplinas de Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira no governo ditatorial nas décadas de 60-70 no século XX.
Reconhecer que vários profissionais da educação brasileira produzem experiências curriculares no chão da escola e que incorporam a diversidade sociocultural e pluralidade das vozes participantes dos processos pedagógicos formais é ultrapassar o olhar naturalizado do jovem como problema. É dar espaço para a ressignificação desse olhar - destacando para a centralidade os jovens como sujeitos do processo educativo (DCNEM e PCNE). “É reinventar a escola, garantindo o aprimoramento do educando como ser humano, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico, o reconhecimento e aceitação da diversidade e da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo, das formas de produção, dos processos de trabalho e das culturas a eles subjacentes”.
Elaborado pelos professores do COL. EST. JAYME CANET – ENS. FUND. E MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS: Ana Paula Franco, Carlos Eduardo Ritter, eder Valter Camargo, Luciane Aparecida Marco, Rita de Cássia Calixto, Sergio Rogério Teixeira, Vera Lúcia Carlon de Carvalho, Vera Márcia Mortean e Viviane Buba.
Professora Orientadora: Themis de Araújo Gutierrez