Ciencias humanas e o contexto desafiador
ETAPA II
Caderno II 08/08/2015
CLAUDETE CASSOL SCHONS
LIDIANE MOREIRA LUTZ
REGIANI NATALLI AZEVEDO
ROBERTO SPARENBERG
VANUZA DE FREITAS
ANDREUSA PATRICIA DE OLIVEIRA
ORIENTADORA: MARIA CARRADORE
Colegio Estadual Nestor Victor dos Santos
Núcleo Foz do Iguaçu - PR
CIÊNCIAS HUMANAS
Um contexto desafiador para a criação de práticas curriculares promotoras da interdisciplinaridade nas Ciências Humanas, e dessas, com outras áreas do conhecimento seria aproximar o ensino no Brasil daquilo que pode ser retido como legado com relação às Humanidades: a construção de uma genuína integração entre seus componentes curriculares.
Ciências Humanas, referem-se àquelas ciências que tem o ser humano como seu objeto de estudo, em outras palavras, consistem nas disciplinas, profissões e carreiras que tratam primariamente dos aspectos humanos: como indivíduo e como ser social, tais como, a antropologia, filosofia, história, sociologia, ciência política, psicologia, pedagogia, economia, geografia e o direito.
As Ciências Humanas se ocupam da humanidade e dos seres humanos. Englobam, portanto, o pensamento e a produção de conhecimento sobre a condição humana a partir de discursos específicos. Elas contribuem para uma leitura de mundo mais crítica, questionando práticas discriminatórias e excludentes. Onde o educando e o professor atuem a partir de ideias defendidas por educadores históricos.
A escola tem a função de priorizar a formação de um ser humano autonomo, crítico, respeitando as diversidades etnicas, religiosas e de gênero. Para tanto, o indivíduo precisa conhecer e localizar-se no tempo e no espaço como sujeito ativo, conhecer as relações entre a ética e política. Dentro do ambiente escolar é necessário ter esta mesma postura e não apenas de receptor de conhecimentos, como prega a escola tradicional. Para tanto, a educação deve atuar de forma interdisciplinar, integrando disciplinas, sem perder a essência de nenhuma delas. Tendo os estudantes como colaboradores comprometidos com a sua formação pelo diálogo dentro de uma gestão democrática. No contexto educacional a ciências humanas deveriam receber outro olhar por parte dos alunos, fazendo com que tenham um olhar diferenciado no pensar, agir e falar.
Sondar o perfil dos nossos jovens é pré-requisito para iniciarmos um trabalho integrado. O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo formação ética, desenvolvimento da autonomia intelectual, pensamento crítico, reconhecimento da diversidade e suas realidades é o objetivo principal do nosso trabalho fazendo com que o aluno compreenda as diferentes formas de ver, compreender e explicar o mundo, seus fenômenos naturais, organização social e processos produtivos.
No que diz em relação ao modelo das Humanidades são ajustadas às suas próprias necessidades e interesses, onde a educação preconizada tem como objetivo a formação do orador.
As disciplinas humanas tem como perspectivas de atuação a desnaturalização, o estranhamento e a sensibilização. Sendo assim, não aceitar os fenomenos humanos sem questionamento, procurando além do senso comum as respostas, rompendo com atitudes de indiferença e incompreensão na relação com os outros e os problemas que atingem as comunidades, os povos e as sociedades.
Os processos de globalização e da cultura desencadeados pela sociedade tecnológica em que vivemos recolocam as questões da sociabilidade humana em espaços cada vez mais amplos, e trazem questões de identidade pessoal e social cada vez mais complexas, que precisam ser enfrentadas.
O domínio da comunicação oral e escrita é considerado como uma preparação essencial para influenciar a política e opinião pública. Professoras e professores visualizam a complexidade da questão e também percebem o caráter disciplinar e científico do tema abordado, contribuindo para separar e distanciar e ao mesmo tempo integrar os diver¬sos campos de conhecimento.
O desafio da integração curricular requer práticas pedagógicas interdisciplinares e contextualizadas com a realidade do aluno e trabalho em equipe, planejamentos integrados sem a perda da essência de cada disciplina em consonância com o projeto político pedagógico, este voltado a atender as necessidades dos estudantes.
As disciplinas das ciências humanas integram-se entre si, bem como relacionam-se com disciplinas de outras áreas. Por exemplo: a Geografia se relaciona intimamente com a matemática durante os estudos de cartografia, com a física, a química e a biologia no que se refere às questões ambientais, de densidade demográfica, estudo de solos, hidrografia, etc. A Filosofia auxilia na formação da reflexão crítica e compreensão; e integrada aos demais componentes das ciencias humanas, cria condições para que o estudante aprofunde conhecimentos de si mesmo, do outro e do contexto cultural e social. A História está intimamente ligada às linguagem, por seu caráter descritivo de fatos, além de descrever a evolução científica. Cita-se aqui, a História do desenvolvimento da Química, como exemplo. A Sociologia, assim como a filosofia, está intimamente ligada a todas as outras disciplinas pois estuda o modo de agir e pensar das diferentes populações. Implica também em não deixar se levar por aquilo que usualmente conhecemos como conformismo. Ou seja, sentir-se insatisfeito ou incomodado com a vida como ela é.
De acordo com relatos dos educando muitos esperam terminar o ensino médio e ingressar em uma faculdade, pois através dos estudos irão conseguir seu objetivo perante a vida. Outros estão terminando, mas não sabem qual o rumo a tomar depois do ensino médio. Outros aproveitando a oportunidade de seus respectivos empregos e encaminham a sua formação na área. Tudo depende muito da questão cultural para saber qual o destino final após o termino do ensino médio. Como afirma Theodor Ador¬no (2003), “a educação tem sentido unicamente como educação dirigida a uma auto-reflexão crítica”
Num cenário cultural que valoriza a eficiência e a destreza dos sujeitos diante de situações corriqueiras em seus espaços de trabalho, não é raro encontrar profissionais da educação que procuram atuar isoladamente. Entra em cena a velha máxima quando alguma situação não é favorável, logo procuramos apontar os responsáveis. Qual professor, durante suas aulas, nunca ouviu de determinado estudante a indagação, suposta¬mente desafiadora para que serve esta disciplina? Antes mesmo de formular uma resposta adequada, o professor também pode ter ouvido de outros estudantes, para passar no vestibular, para tirar uma boa nota no ENEM, para não repetir o ano. Isso deixa claro que o estudante ainda não tem clareza da importância do conhecimento, e das relações sociais da escola.
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