Ciências Humanas
Colégio Estadual do Campo Coelho Neto
Orientadora de estudos: Dione Elenice Mohler Martelo
AYALA REJANE GUERREIRO THEISEN
ELIS REGINA CAPELIN DORNELES
JACINTO VAGNER RUPP
LEONI BARBOSA DA SILVA SCHOMMER
LUCIANA GARLINI
MARCELO THEISEN
MARIA DEL CASTANHEL PERON HUBNER
ROSEMERI APARECIDA DA SILVA SANTOS
Caderno II Etapa II
1. A integração entre as Ciências Humanas como projeto pedagógico / 9
1.1 O problema das Ciências Humanas / 9
1.1.1 A paideia grega: a formação do cidadão / 10
1.1.2 As artes liberais romanas: a formação do orador / 10
1.1.3 As Humanidades renascentistas: a formação literária / 11
1.1.4 As especialidades e disciplinas modernas: a formação do cientista / 12
1.1.5 As Ciências Humanas contemporâneas: a formação do especialista / 13
1.2 Integração e interdisciplinaridade no ensino secundário brasileiro: dilemas e possibilidades / 14
REFLEXÃO E AÇÃO 1 Caro professor, cara professora, o texto abaixo sugere que o trabalho interdisciplinar exige o “encargo da compreensão”. Leia o texto e discuta este conceito entre seus colegas. Registre em um texto as principais ideias debatidas, e em seguida, identifique um conteúdo ou tema do seu componente curricular com potencial para uma ação interdisciplinar. “Apesar de os estudos de processos integrativos serem pequenos em número, os autores concordam em vários pontos. Tomar emprestado de outra disciplina exige assumir o que Janice Lauer chamou de ‘encargo da compreensão’. É necessária uma compreensão mínima do seu mapa cognitivo, incluindo os conceitos básicos, modos de investigação, termos, categorias de observação, técnicas de representação, padrões de prova e tipos de explicação. Aprender uma disciplina a fim de praticá-la é, porém, diferente de usá-la para propósitos interdisciplinares. O domínio da disciplina denota conhecimento completo. O 19 Formação de Professores do Ensino Médio trabalho interdisciplinar exige adequação. Os que tomam algo emprestado não reivindicam expertise em todas as áreas. Eles identificam informações, conceitos ou teorias, métodos ou ferramentas relevantes para a compreensão de um problema particular, processo ou fenômeno. Além disso, não há nenhum Esperanto interdisciplinar. (...) A linguagem interdisciplinar normalmente evolui por meio do desenvolvimento de uma língua de comércio que se torna um pidgin – definido em linguística como uma língua provisória – ou um crioulo – uma nova primeira língua de uma comunidade” (Klein, Julie Thompson. Humanities, culture, and interdisciplinarity: the changing American academy. Albany: State University of New York Press, 2005)
Resposta
A interdisciplinaridade pode integrar-se em outras áreas específicas, com o propósito de promover uma interação entre o aluno, professor e cotidiano, pois nos dias de hoje podemos considerar as ciências naturais como umas das mais diversas em função de seus vários campos de trabalho. Sendo assim a interdisciplinaridade é o elo de ligação, entre os profissionais do ensino, como forma de reciprocidade, de reflexão mútua, em substituição à concepção fragmentária do conhecimento, fazendo com que estes agentes do ensino tenham uma atitude diferenciada perante os obstáculos educacionais. E essa não é uma ideia nova. A civilização ocidental sempre buscou a mutualidade dos saberes sob a observação , de outros saberes como no âmbito da história da filosofia, por exemplo, buscando uma possível compreensão da totalidade. “A interdisciplinaridade não dilui as disciplinas, ao contrário, mantém sua individualidade. Mas integra as disciplinas a partir da compreensão das múltiplas causas ou fatores que intervêm sobre a realidade e trabalha todas as linguagens necessárias para a constituição de conhecimentos, comunicação e negociação de significados e registro sistemático dos resultados”. BRASIL (1999, p. 89).
Contudo destaca-se o papel fundamental do planejamento de ensino e da ação responsável e competente dos professores , haja vista que estes , ao dimensionar os conhecimentos escolares, deverão traduzi-los em atividades de ensino que encaminhem a ações carregadas de sentido, motivo e necessidades, exigindo do estudante que ele se aproprie de uma série de conhecimentos e trabalhe com as suas funções psíquicas através da ação coletiva com todos os demais estudantes e nas interfaces das relações sociais e pessoais que permeiam os ambientes sociais.
Nesse contexto o professor deverá ser capaz de inovar, variar suas técnicas de ensinar, buscar qualidade e não se deter em quantidades de conteúdos, organizar e formular situações que propiciem aos alunos oportunidades de aprendizagem de forma significativas, a superação, no âmbito escolar, da forma em que o conhecimento é apresentado e construído não pode entender a escola e o conhecimento separados da vida social de outras esferas da vida humana. “Visando ao menor isolamento possível entre as disciplinas, a ideia do Currículo Integrado” aproxima-se das concepções de Bernstein (1996), denominadas pelo autor de Classificação (quanto maior o isolamento entre o conhecimento organizado em Disciplinas, maior será o grau de classificação). Para o autor, as questões mais relevantes no campo do currículo são as que abordam as relações estruturais entre os diferentes tipos de conhecimento que o constituem. Em Berstein, “o Currículo Integrado tem como característica o fato de que as áreas de conhecimento não estão isoladas, possibilitando, por exemplo, que o mesmo conceito possa ser trabalhado por áreas diversas, favorecendo aspectos da interdisciplinaridade”(Pereira, 2002).
Em se tratando especificadamente de Ensino Médio a interdisciplinaridade deve ir além da mera justaposição de disciplinas e, ao mesmo tempo, evitar a diluição delas em generalidades. De fato, se fá principalmente na possibilidade de relacionar as disciplinas em atividades ou projetos de estudo, pesquisa e ação, que a interdisciplinaridade poderá ser uma prática pedagógica e didática adequada.
A contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola tem para retirar o aluno da condição de espectador passivo. Se bem trabalhado permite que, ao longo da construção desta caminhada, o conteúdo do ensino provoque aprendizagens significativas que mobilizem o aluno e estabeleçam entre ele e o objeto do conhecimento uma relação de reciprocidade.
FAZENDA, I. C. A. Práticas interdisciplinares na escola. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993
_____. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetivação ou ideologia. 3. ed. São Paulo: Loyola, 1993.
http://www.escolasesc.com.br/a-questao-do-curriculo-interdisciplinar-e-contextualizado
REFLEXÃO E AÇÃO 2
Caro professor, cara professora, como sugestão para o desenvolvimento de um bom trabalho e com foco no processo de humanização, sugerimos a realização de um exercício simples com os jovens. Peça que eles escrevam (ou utilizem outra forma de expressão mais atraente, como um pequeno vídeo, uma teatralização etc) quais são seus valores atuais, seus planos para o futuro, e como eles se imaginam daqui a 10 anos. 28
Ciências Humanas
Acreditamos que com este exercício simples você poderá se surpreender com a beleza de muitos sonhos, com o valor que estes jovens dão a família e a escola. Esses dados podem ser expostos, sem iden¬tificação dos autores, mas como forma de valorizar o jeito de cada um. Lembre-se que conhecer os sujeitos da aprendizagem é fundamental. Poderá fazer toda a diferença na condução das nossas aulas. Nos tornará profissionais mais próximos do que o jovem estudante também espera de um professor.
Depois de realizar essa ação, registre as conclusões por escrito e socialize no seu grupo de estudo.
Feita a pesquisa com alunos do Colégio Estadual do Campo Coelho Neto em geral a resposta das questões foi a seguinte:
Quais os seus valores atuais: família, amigos, Deus e a educação.
Quais são os seus planos para o futuro: fazer uma graduação, a maior parte ainda não sabe qual carreira seguir, mas imaginam-se como bons profissionais, ganhando um bom salários, ter independência financeira, formar família...
Como se imaginam daqui a 20, 30 anos. Casados com filhos e bem financeiramente
Algumas citações individuais:
1- Os grandes valores de hoje são a educação e a saúde. Porém nenhum dos dois estão sendo executados, o futuro sem educação não é nada, tudo o que fazemos é preciso de estudo e saúde para executar. Em um futuro próximo a mão-de-obra estará quase extinta devido ao aumento da tecnologia e dos conhecimentos e investimentos no ramo da indústria, pra mim daqui alguns anos governantes mais “sábios” deverão exercer cargos públicos, porque com tanta corrupção, não vamos chegar a lugar algum, só assim vamos conseguir movimentar a economia e mudar nossa vida.
2- Valores são minha família, meu pai, minha mãe e meu irmão e sobre tudo Deus.
Planos são muitos, queriam conquistar todos, mas devemos pensar um de cada vez, uma profissão avançada que ganhe dinheiro suficiente para comprar uma casa, um carro, quem sabe viajar conhecer lugares novos, fazer cursos para melhorar o conhecimento e ajudar meus pais no campo.
Daqui a dez anos imagino que minha carreira na polícia já tenha decolado, que eu tenha uma casa nova, esteja mais magra e com a saúde em dia.
3- Valorizo muito minha família, meus amigos, as pessoas que vivem ao meu redor. Meus planos para o futuro são fazer uma faculdade de Medicina ou Engenharia. Daqui a dez anos me imagino exercendo minha profissão, conquistando o que é meu com meu esforça, e com o tempo construir uma família.
4-Meus valores atuais estudar, fazer amigos, brincar, sorrir e ser feliz. Meus planos para o futuro é ser igual aos que querem algo para a vida ser médico, dentista, professor ou outra coisa. Eu me imagino com uma família é um bom homem, um bom profissional ou estar em alguma faculdade diferente ou curso ou até aposentado.
5- Valores familiares, em ter uma família que me apoia em minhas decisões em relação a estudos e planejamentos para o futuro. Planejo fazer faculdade de Engenharia Mecânica ou algum curso técnico e ter meu próprio negócio.
6- Busco como base de meus valores, a educação, família, amigos, paz, fé.
Tenho como planos de fazer graduação, ainda não decidi a área, formar minha casa e progredir na área que eu escolher e fazer intercâmbio. Daqui a 15 anos tirei 30, espero já ter minha própria residência, já ter passado por toda a graduação e estar estável em uma determinada área.
REFLEXÃO E AÇÃO 3
Caros professores, caras professoras, sugerimos uma atividade que possibilite refletir acerca das mudanças que envolvem os processos de seleção de conteúdos e conhecimentos, e elaboração de ações curriculares.
Para isso você pode consultar e comparar livros didáticos distintos, Legislação Educacional de di¬ferentes instâncias (Municipal, Estadual, Federal), entrevistar e conversar com professores mais experien¬tes, dentre outras possibilidades, com o objetivo de identificar mudanças e permanências nos conteúdos ensinados. Registre em um texto suas principais conclusões.
Com base nestas reflexões, e levando em conta os exercícios feitos ao final das Unidades 1 e 2, planeje uma ação curricular que considere a realidade específica de seus estudantes em uma abordagem interdisciplinar entre diferentes componentes curriculares. Entenda-se por “ação curricular” uma sequên¬cia didática, uma unidade programática, um trabalho de campo, um projeto de ensino etc.
Este planejamento deverá ser registrado e entregue.
Pesquisas para respostas
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta semana que, em outubro, a pasta fará uma reunião para definir mudanças e incentivos para o ensino médio. A reunião tratará da reformulação curricular, proposta pelo MEC na segunda quinzena de agosto. A ideia é que o currículo seja organizado nas quatro áreas do conhecimento exigidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - matemática e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias e ciências humanas e suas tecnologias. Atualmente, o ensino médio da rede pública tem 13 disciplinas obrigatórias, mas pode chegar a 19 com as opcionais.
Frente aos maus resultados do ensino médio no Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb), Mercadante defende que um currículo mais flexível e menos fragmentado pode melhorar o desempenho nessa área. Segundo o ministro, focar o ensino no Enem seria uma forma de atender às expectativas dos alunos, que, com a valorização do exame na entrada na universidade, vão cobrar principalmente uma coisa das escolas: passar no vestibular.
O sistema educacional era dividido em escola primária - com duração entre quatro e seis anos e obrigatório para crianças a partir de sete anos - e ensino médio, com três possibilidades, conforme a opção do aluno: clássico, normal (voltado para formação de educadores) ou técnico (com cursos profissionalizantes). Para ingressar no ensino médio, o aluno deveria ter 11 anos completos (ou completá-los durante o primeiro ano do curso) e prestar um exame de admissão. Ao obter a aprovação, o aluno iniciava o ginásio, que durava quatro anos. Após esse período, havia o colegial, com tempo de formação mínimo de três anos e que direcionava o aluno conforme a opção dele para o ensino médio.
Dez anos após a primeira LDB, a segunda versão da lei foi promulgada no Brasil (Lei n.º 5.692/71). A principal mudança foi a unificação da escola primária e do ginásio, que formaram, a partir disso, o ensino de primeiro grau, com oito anos de duração. (A lei) tentou dar uma unidade da primeira à oitava série, mas não conseguiu. As séries iniciais continuaram a ser mais polivalentes, com um único professor dando as aulas. Depois, continuou a ser disciplinar, analisa a vice-presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação (ANPEd), Leda Scheibe. Para ingressar no 1º grau, a criança deveria ter no mínimo sete anos. Já o ensino de segundo grau substituiu o colegial e tinha duração de três ou quatro anos, conforme a habilitação.
Na lei de 1971, foi a primeira vez em que o ensino supletivo ganhou regulamentação específica da LDB. Com o objetivo de suprir a escolarização de adolescentes e adultos que não tinham conseguido concluir os estudos na idade própria, a legislação estipulou a possibilidade de matrícula em cursos supletivos ou em exames para o mesmo fim. A conclusão do 1º grau era permitida para os maiores de 18 anos, enquanto o 2º grau era disponibilizado para os maiores de 21. A segunda LDB brasileira resistiu à Reforma Constitucional de 1988, quando o País concluiu o processo de redemocratização e promulgou a nova Carta Magna. Porém, Leda explica que, logo depois da Assembleia Constituinte, deu-se início ao debate sobre uma nova LDB, que seria instituída em 1996.
Vigente até hoje, a LDB de 20 de dezembro de 1996 (Lei n.º 9.394) proporcionou, na visão de Leda, uma alteração significativa: o estabelecimento do critério de educação básica, que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio - outras nomenclaturas implantadas pela nova lei. Essa formulação é bastante importante em termos de financiamento, obrigatoriedade e direito à educação, avalia a vice-presidente da ANPEd. O termo já aparecia na Constituição de 1988 como um direito a ser assegurado dos 4 aos 17 anos.
O ensino fundamental tinha oito anos de duração e era obrigatório para crianças a partir dos sete anos. Já o ensino médio seguiu sendo disciplinar e tinha no mínimo três anos de duração, mas com uma desvantagem apontada por Leda: foi separado da educação profissional pelo Decreto n.º 2.208/97. "A desintegração foi contrária à demanda das entidades educacionais, e o ensino médio passou a representar uma dualidade muito pesada para quem buscava ensino profissional", entende a vice-presidente da ANPEd. O decreto dizia que a educação profissional deveria ter currículo próprio e independente do ensino médio. Segundo Leda, a situação só foi revertida em 2004, quando o Decreto n.º 5.154 revogou o anterior. "Não é obrigatório. A maioria das escolas tem ensino médio regular. Mas é um incentivo ao ensino médio integrado", opina.
Em 2006, a Lei n.º 11.274 estendeu o ensino fundamental para nove anos, com matrícula obrigatória a partir dos seis anos. O prazo final para a adaptação dos estabelecimentos de ensino era 2010.
Dois anos depois, a Lei n.º 11.769/08 instituiu o ensino obrigatório de música na educação básica. As escolas teriam três anos para a adaptação, mas Leda ressalta a falta de professores formados como um entrave para que a legislação seja colocada na prática. Nesse mesmo ano, a Lei n.º 11.684/08 tornou obrigatórias as disciplinas de filosofia e sociologia no ensino médio.
Tema: Alimentação
Conteúdos: Gênero textual informação científica.
- Formas e cores
- Tradução textual, língua inglesa
- Agricultura familiar e agricultura comercial
- Energia potencial
- Química orgânica
- Relações sociais alimentares
- História da alimentação humana
- Conceitos filosóficos em relação à alimentação humana
- Qualidade de vida e alimentação saudável.
- Medidas de massa e as diferentes grandezas.
Geografia: A produção de alimentos e a fome no Planeta.
Língua Portuguesa: Estudo do gênero textual
Arte: Estudar as cores dos alimentos e análise destes no marketing nas embalagens e, ainda, a arte na elaboração visual dos pratos.
Inglês: Identificar os termos que aparecem na língua inglesa para traduzir e traduzir para a língua materna.
Sociologia: Fazer um estudo sobre as relações sociais que existem por de trás da origem do produto transformado.
A História e a Filosofia: Trabalhar os conceitos e contextos históricos presentes nas modificações dos hábitos alimentares através do tempo.
Ed. Física e Biologia: A busca pela qualidade de vida e saúde através de uma alimentação saudável e balanceada.
Física: Identificar os diferentes níveis de energia presentes nos alimentos.
Química: Composição química dos alimentos (naturais e industrializadas). E identificar os componentes que podem desencadear diversas doenças no nosso organismo através dos compostos químicos industrializados e o benefício presente nos agentes químicos naturais.
Matemática: Analisar a ingestão de calorias e fazer um levantamento sobre peso dos alunos e professores e observar se há desnutrição ou obesidade.
Objetivo Geral:
Promover o consumo de alimentos saudáveis e a consciência de sua contribuição para a promoção da saúde de forma atraente, lúdica e educativa.
Objetivos Específicos:
_ Compreender o gênero e a tipologia textual.
_ Traduzir (inglês para português) informações contidas em rótulos dos alimentos.
- Ampliar os conhecimentos sobre os tipos de alimentos existentes e suas funções biológicas.
- Estimular os bons hábitos alimentares ressaltando a importância de uma alimentação variada e saudável;
- Identificar através dos alimentos, cores, texturas, formas, quantidades, maior/menor;
- Compreender como e onde são produzidos os alimentos.
- Entender as razões sociais que levam a fome milhares de habitantes em nosso Planeta.
- Reconhecer os diferentes fatores que contribuem para se ter qualidade de vida.
- Relacionar a alimentação e a prática esportiva à melhora na qualidade de vida.
- Conhecer a alimentação em seus aspectos culturais e históricos, ou seja, como um elemento da cultura que se transforma no tempo, de acordo com as mudanças que ocorrem na sociedade.
- Conhecer fatores geográficos, econômicos e políticos que se relacionam com a dieta de um povo, em um dado momento histórico.
- Analisar transformações históricas da dieta de uma população - busca das causas e das consequências dessas mudanças.
- Adquirir hábitos novos, ou seja, uma mudança de comportamento para uma boa alimentação.
_ Analisar a composição química, física e energética de determinados alimentos.
_ Medir calorias ingeridas e se estas estão de acordo com idade, desenvolvimento físico.
_ Identificar índices de desnutrição ou obesidade.
Introdução
A alimentação é necessária a qualquer ser humano, pois injeta nutrientes vitais no organismo do homem. A ausência de alimentação ou hábitos alimentares inadequados provocam a falta nutrientes ou o desregulamento entre eles, que são causadores de diversas doenças que podem afetar para sempre a vida de um subnutrido ou de um desnutrido, propiciando má formação óssea e mental, ou até mesmo levar à morte. Segundo Castro (2006), existem três tipos de carências provocadas pela fome: carências proteicas, carências minerais, carências vitamínicas.
Sabemos hoje que a quantidade de alimentos produzidos no mundo daria para alimentar e matar a fome da população mundial. Levando isso em consideração podemos deduzir que o grande problema da fome no mundo é causado devido à má distribuição dos alimentos. Se a distribuição de alimentos se encontra de forma tão inadequada a ponto de não suprir a fome de milhões de pessoas no mundo, podemos chegar a conclusão que a terra, geradora de alimentos, também não está bem distribuída.
Diante dessa problemática queremos desenvolver este projeto sobre alimentação saudável para levar aos alunos o conhecimento da realidade do Brasil e mundo em relação à alimentação, trazendo a sua realidade e a sua individualidade tais questionamentos. Para isso faz-se necessário estimular os alunos na busca por uma boa alimentação, deixando claro, que precisa ser um adolescente saudável e consciente, para que na vida adulta tenha como consequência a qualidade de vida e saúde, realizando isso do conhecimento científico para a prática, ou seja, mudança de comportamento.
Qualidade de vida é a expressão utilizada para descrever as condições de vida compostas por hábitos saudáveis, que incluem cuidados com o corpo, atenção para a qualidade dos relacionamentos, balanço entre vida pessoal e profissional, tempo para lazer, saúde espiritual, dentre outros.
Estratégias
1- Para iniciar o trabalho o professor(a) de língua portuguesa partindo do estudo sobre gênero textual orientará os alunos a elaborar um questionário para pesquisar os seus hábitos alimentares. E confeccionarão cartazes informativos sobre termos comuns que aparecem em inglês nos rótulos dos alimentos, para explicar seus significados.
2 . Os professores de Biologia e Educação Física trabalharão juntos, elaborando uma proposta de passeio em uma área verde (um parque ou na própria escola), com o objetivo de contemplar a natureza e exercitar a percepção: para se ter qualidade de vida é necessário unir boa alimentação, prática esportiva, lazer e a busca pela saúde integral, sendo realizado através de diálogos.
3. A professora de Educação Física conduzirá a atividade inicial. Falará aos alunos sobre a importância do cuidado com seu corpo, pedirá para que cada aluno observe as partes do seu corpo durante o alongamento. Depois será realizada uma atividade de socialização, seguido de uma caminhada moderada. Durante a caminhada, os alunos observarão os diferentes aspectos do ambiente em que estão inseridos: árvores, beleza e perfume das flores, insetos, aves, outros animais, etc. Ao final da caminhada, um relaxamento colocará os alunos em sintonia com seu próprio corpo, desenvolvendo a auto percepção, valorização pessoal, relações com o ambiente e com os colegas.
4. Em seguida, de maneira dinâmica os professores de Biologia e Educação Física explanariam: quantidade necessária de alimentos para se ter uma alimentação saudável deixando claro que isso varia de acordo com a individualidade biológica, explicariam a pirâmide alimentar, tipos de nutrientes, a função de cada um para o organismo e o equilíbrio necessário na ingestão. Explicar ainda gasto calórico, balanço energético, e alimentação saudável na atividade física.
5. Depois, realizam um lanche saudável, desfrutando desse momento de confraternização.
6- Seguindo o tema, já na aula de geografia será apresentado aos alunos duas imagens: a primeira retratando uma plantação moderna, com a presença de tratores, por exemplo; a segunda, uma plantação tradicional, com a presença de animais desempenhando algum trabalho, ferramentas rudimentares e muitos trabalhadores. Os alunos observarão as figuras e, em seguida, será solicitado que respondam no caderno às questões: Qual das figuras representa uma forma de agricultura moderna? E uma tradicional? Por quê? Na sequência, alguns alunos lerão suas respostas e farão comentários a respeito.
7- Ainda nas aulas de Geografia: Mostrar que o Brasil e o mundo vivem uma contradição, pois, apesar de o espaço rural brasileiro e de vários países se modernizar (mecanização agrícola, uso da biotecnologia, etc.), o que propiciou um aumento da capacidade de produção, parte da população ainda vive em condições miseráveis. Citar a estatística da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), segundo a qual, no início do século 21, 852 milhões de pessoas viviam em estado de fome crônica, sendo que 815 milhões nos países subdesenvolvidos. Apresentar para os alunos o gráfico intitulado "Pessoas subnutridas em 2001-2002", presente no artigo citado acima.
8- Na Matemática trabalhar os conceitos de fome crônica e fome aguda. A primeira leva à morte por inanição e é definida por um critério quantitativo, medido pelo baixo consumo de calorias. Já a segunda, também conhecida como subnutrição, muito mais disseminada no mundo que a fome aguda, é menos evidente. Define-se por critérios qualitativos (alimentação deficiente em proteínas) e traz consequências graves à saúde e à formação física e mental dos indivíduos.
9- Na aula de Arte os alunos deverão estudar a influência da cor dos alimentos, características das embalagens, analisando do marketing envolvido para atrair os consumidores em detrimento de determinadas marcas.
10- Na aula de História fazer um estudo dos hábitos alimentares em nossa sociedade considerando a evolução dos tempos em termos de tecnologias e modos de vida passado e presente, o que era pertinente antes e como se apresenta agora.
11- Na filosofia buscar entender as mudanças culturais inseridas no contexto atual do capitalismo e a busca pela satisfação imediata, as questões comportamentais presentes nesse contexto.
12- Na aula de sociologia entender as relações sociais que foram perpassando ao longo tempo entre as diferentes sociedades.
13- Na aula de Física e Química realizar experimentos que demonstrem a energia, a partir da composição química presente em cada alimento. Fazer a classificação e separação dos alimentos que possuem mais calorias, carboidratos, gorduras....
14- Realizar palestra com um nutricionista para sanar dúvidas em relação a alimentação diária.
15- Será analisado o cardápio da escola e a partir disso será estipulado um dia específico para comer frutas no intervalo das aulas, durante todo o ano letivo, além disso propor aos mesmos que façam em sua casa uma nova reeducação alimentar a partir dos estudos realizados em sala de aula. Desta forma demonstrou-se que para se ter uma alimentação saudável é necessário disciplina e mudança de comportamento.
CONCLUSÃO
Através da elaboração deste projeto concluímos que é possível fazer um trabalho integrado entre todas as disciplinas norteadoras do Ensino Médio. Isso se dá através de uma contextualização entre as disciplinas e cada um dos professores tem claro o que e como irão trabalhar o tema em comum.
BIBLIOGRAFIA
http://artigosetc.blogspot.com.br/2010/01/castro-2006.html
http://www.scielo.br/pdf/jvb/v5n4/v5n4a01.pdf
CASTRO, A. M. (Org.) Fome: um tema proibido – últimos escritos de Josué de Castro. 4ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003
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