Após discutir tais proposições concluímos que é possível planejar práticas que contribuam para a ciência conforme propõe a autora. Ao trabalhar as ciências da natureza o professor deve estimular a atividade intelectual e a aprendizagem dos alunos, demonstrando que as ciências foram produzidas historicamente e foram se modificando a medida que novas teorias e novos conhecimentos são descobertos. Com isso, deve estimular a imaginação, a curiosidade e a criatividade dos alunos na exploração de fenômenos, ao mesmo tempo em que deve oportunizar condições para trabalhos práticos que permitam vivenciar investigações científicas rigorosas e éticas.
Porém, ainda é comum encontrarmos profissionais que utilizam de “formulas” e “receitas” para trabalhar a ciência, priorizando a memorização de conceitos, ao invés de promover analises críticas e discussões. Professores que se detém ao livro didático como verdade absoluta.
Sabemos que muitas vezes as condições não são favoráveis, salas superlotadas, materiais precários, laboratórios sucateados, falta de formação básica e continuada, entre outros. Mas, mesmo com estas condições precárias seria possível fazer uma aula diferente.
Infelizmente, as diferentes áreas do conhecimento não dialogam o suficiente para garantir a interdisciplinaridade. A organização curricular, muitas vezes não permite esse diálogo, mas há outros fatores que impedem a integração do conhecimento entre as diferentes áreas. A formação básica unilateral, a falta de formação continuada, a forma de organização do trabalho pedagógico da escola, o modelo de organização curricular, são alguns dos fatores que impossibilitam a interdisciplinaridade.