Ciências da Natureza

TÍTULO: Ciências da Natureza
Pacto - Colégio Estadual Rocha Pombo - EFM - Morretes - Paraná
Ana Cristina Cassilha
Ana Paula Fernandes dos Santos
Darcicly de Souza Junqueira
Elsa Damas Ribeiro Martins
Jó Gonçalves
Leila Bonzatto
Luiza Maria Wicthoffet Machado
Maria Alice Mansur Smaka
Neimar Proença Oliveira
Paula Célia Lirani
Renata Karine Wistuba
Rosa Lucia da Silva
Silvia Souza Reis
Tamires Cristine de Ramos Teixeira

Reflexão e Ação:
  Decidimos o planejamento de uma atividade de ensino, desenvolvendo de forma interdisciplinar, usando a Química como ponto de partida para sua desmistificação em relação aos conceitos errôneos aplicados no dia a dia, considerando a sequência proposta pela CTS e também aspectos do ensino aprendizagem por investigação.
Discussão e reflexão sobre a realização da atividade foi feita a princípio pelos professores de cada disciplina fazendo relação à Química: sua importância no dia a dia, como ele percebe e entende a Química entre outras coisas.
Artes:
As coisas e palavras ganham formas e significados a todos os momentos, conceitos são repensados e novas formas de representar esses, quando colocados em uma dinâmica que no campo da linguagem coloquial até seus conceitos fundamentais desvirtuados. Podem ganhar sentidos inversos segundo “Arnheim, Rudoff. Arte e Percepção visual”.
Discutir o conceito de Química com os alunos e educadores nos levará a confirmação de que se por um lado “A Química pode ser definida como ciência que estuda as propriedades, a construção e as transformações das substancias e dos materiais”, podemos chegar a ideia que nos levam a pensar que “química” está relacionada ao que é sintético, produzido apenas em laboratório, no senso comum poderíamos até afirmar que “isso não é natural tem produto químico” dando a conotação “negativa” à coisa.
Produzir substancia modificando a sua própria natureza, também é papel da Química, que segundo o autor ”Químicos procuram descrever a constituição microscópica da matéria através de métodos de analise química e da construção de modelos atômicos moleculares, o que por sua vez, permite a compreensão das propriedades macroscópicas...”
O grande desafio é aproximar a metodologia da produção do conhecimento científico à produção do conhecimento escolar.
Usar novas formas de linguagem desconstruindo conceitos para dar sentidos mais palpáveis aos educandos, já que este tem uma forma diferente de ver o mundo “sua pluralidade” vai de encontro com a concepção do autor que afirma “... pressupostos semelhantes podem ser utilizados na construção desses conhecimentos mais válidos que outros, e sim que há formas diferentes de entender o mundo”.
Química:
Na introdução do caderno III, ciências da natureza, é mencionada a alegria das crianças no aprendizado da vida e a sua comparação com os alquimistas.
É comum os livros didáticos de Química trazer essa ideia da alquimia como precursora da Química. Mas, o que é alquimia?
  A maioria dos dicionários modernos e livros didáticos de Química contribuíram para reforçar uma série de erros comuns, por considerar a alquimia uma predecessora imatura, empírica e especulativa da Química, com objetivos de transmutar os metais comuns em ouro e produção do elixir da longa vida. Embora seja certo que a Química se desenvolveu a partir da alquimia, essa duas ciências não tem quase nada em comum. Enquanto a Química se ocupa dos fenômenos cientificamente verificáveis, a misteriosa doutrina da alquimia se refere a uma realidade escondida de ordem superior que conforma a essência que está na base de todas as verdades e religiões.
A alquimia não buscava tão somente lidar com metais e suas inter-relações, nem mesmo tratar com as matérias das quais se interessava a química, mais ainda, não investigava assuntos que a química tornou de sua alçada. Não encontramos trabalhos alquímicos nenhum intento de estabelecer ou concluir catálogo ou tabela de substâncias conhecidas, nem mesmo o cuidado de estabelecer suas propriedades, nem mesmo a intenção de mostrar como uma classe de corpos passa a outra.
A alquimia nunca se vinculou a nenhuma espécie de indústria, como sempre procurou a Química. Sim, tratava de ser útil, mas subordinando-se aos interesses de quem conhecia as práticas. Poderia ajudar a financiar a construção de igrejas, hospitais, uma cruzada, curar enfermos, mas sempre sob a égide da vontade do alquimista. Nunca se divulgava o segredo, o vapor do conhecimento permanecia encerrado e não se difundia pela correnteza que é o ar que exercem as multidões.
O homem que podia realizar trabalhos químicos não era um alquimista, pois o alquimista era aquele que entendia as vias secretas das coisas. A alquimia é efetivamente uma grande obra física. Aperfeiçoando uma obra de arte, ou atingindo inefável compreensão, o artista e o místico se aproximam muito mais do alquimista do que o homem de ciência, que dirige sua atenção para uma magra fatia do vasto conjunto que é a ciência da natureza.
Referências bibliográficas:
FLAMEL, Nicolas. O livro das figuras hieroglíficas. 1ªed. São Paulo: Editora Três, 1973.
Biologia:
O ensino de Química é muitas vezes, levado ou taxado de algo chato, maçante, sem utilidade e até perigoso. Engana-se quem supõe que tal conteúdo seja algo dispensável e sem importância, pois veremos, que, na verdade, é a base de tudo.
Ao abordamos diferentes assuntos  nas mais variadas matérias, esqueceu-se de comentar ou de mostrar a “Química” embutida na mais simples questões; por exemplo, o simples ato de respirar envolve uma série de questões químicas, como os elementos químicos envolvidos as moléculas formadas, a quebra de moléculas, as reações químicas necessárias para a manutenção da vida.
É importante mostrar que a química não é apenas os elementos químicos dispostos na tabela periódica, ou que  a mistura de alguns desses elementos podem provocar acidentes químicos ou até mesmo explosões; ou que a química é usada na fabricação de armas nucleares ou desencadear doenças devido ao seu grau tóxico. Podemos observar  o uso da química em tudo que utilizamos, na fabricação de medicamentos, das tecnologias, de materiais escolares; além  de estar diretamente ligadas às nossas funções básicas como beber água, escrever, movimentar o corpo, memorizar.
No ensino de Biologia, por exemplo, podemos abordar no 1ª Série do Ensino Médio, no conteúdo de citologia, os elementos químicos essenciais para os seres vivos, assim como as moléculas presentes em todas as células; até mesmo a composição de todo o nosso DNA.
Educação Física
A ligação entre átomos, como também a quebra dessa ligação, constitui a chamada reação química. Mas não é somente em laboratório que podemos vivenciar essas reações, elas acontecem o tempo inteiro e em toda a parte, inclusive em nosso próprio corpo. As funções que nosso corpo exerce para manter nossa estrutura corporal dependem da Química e isso deve ser trabalhado em Educação Física, de maneira interdisciplinar com as matérias de Química, Física e Biologia. É importante para o aluno entender que a produção ou consumo de energia são decorrentes das reações químicas que acontecem no organismo.  O crescimento de unhas e cabelos, desenvolvimento ósseo, cicatrização de ferimentos, reconstrução celular, enfim, tudo que diz respeito à construção no corpo depende das reações químicas que absorvem energia. Já na hora de suprir o corpo com alimentos, conta-se com reações onde ocorre a liberação de energia, essa reação permite manter o corpo aquecido e todo esse conhecimento é necessário para que o aluno compreenda como seu corpo reage quando está praticando alguma atividade física e o que acontece com ele em repouso.
Historia:
A disciplina de História entra como ligação das disciplinas para fazer o entendimento do papel da química nos nossos dias. Desde os primórdios da Filosofia quando o homem começa a indagar sobre sua existência e a existência da matéria, na busca de conhecer a si mesmo e o mundo que o cerca, sem a preocupação com a religiosidade, com o que é certo, com o que é melhor para si e para os outros, apenas a comprovação da verdade sobre tudo, tendo a Química como a ciência formadora desta busca.
Conclusão:
Diante das atividades elaboradas pelos professores percebe-se a necessidade da apropriação dos conhecimentos científicos pelo educando, para que ele possa fazer a relação com sua vida cotidiana, compreendendo e participando ativamente no meio onde está inserido.

Inglês:

Na primeira fase da atividade deve ser realizada a leitura prévia e a interpretação do texto “Examples of everyday chemistry in the world around us” com os alunos. Posteriormente será discutido o tema aborado na leitura, esclarecendo que a palavra química é usada de maneira equivocada, como algo ruim, quando na verdade está presente em nós e em nosso dia a dia.
Após iniciar esta discussão com os alunos deve-se mostrar imagens que ilustrem o assunto discutido, pedindo aos alunos que sugiram possíveis legendas para estas.
Para finalizar o professor deve pedir que os alunos fotografem processos químicos no dia a dia e elaborem a partir destas fotos um cartaz informativo sobre o tema (pode ser digital, eles fotografam do celular e enviam ao professor, o trabalho é convertido e apresentado na tv pendrive posteriormente)