Charlie Hebdo, uma charge intolerada ou uma piada de tolerância

 

                                                   

 

 

 

 

 

 

                          Rindo, corrigem-se os costumes

Este episódio de atentado terrorista ocorrido em Paris, no último dia 7 de janeiro, não obstante a sua tragédia por si mesma de fracasso civilizacional, poderia ser mais um momento para compreendermos as relações sociais atuais, e crescermos no sentido de nos tornarmos mais humanizados.
É claro que num pequeno post como este não conseguiremos abarcar a complexidade e profundidade que o tema envolve. Ademais, por ser um tema extremamente espinhoso, requer cuidarmos para não ferir suscetibilidades. Todavia, cabem algumas reflexões.
Primeiramente, nunca é demais deixarmos claro que nada justifica o massacre ocorrido na redação da revista Charlie Hebdo, uma vez que matar alguém em função de suas ideias é quebrar com um princípio ético, de respeito às liberdades democráticas, no mais alto grau. Isto significa dizer que mesmo quando nos posicionarmos contrários aos propósitos da revista, ou à postura do Ocidente (leia-se da grande mídia e de autoridades governamentais) em relação ao atentado terrorista, não significa que estejamos defendendo o assassinato das pessoas envolvidas nesse episódio.
Tem-se como certo que uma das possibilidades de se quebrar costumes e tabus é rir-se deles. Neste post vamos analisar até que ponto as charges da Charlie Hebdo (CH) vão ao encontro deste entendimento, produzem este efeito, ou não. Entretanto, antes de nos determos especificamente nesse foco, vamos começar analisando os desdobramentos que advieram após o ataque à revista, neste janeiro.

 

A liberdade de imprensa

Quando se diz que o atentado foi contra a liberdade de imprensa e valores democráticos ocidentais, vemos aqui vários equívocos. Enquanto a grande massa, ingenuamente, acredita que a imprensa é livre, outros querem nos ocultar o quanto a liberdade da imprensa ocidental é manipulada. Também buscam incutir-nos o entendimento de liberdade de expressão como algo irrestrito, ou seja, significando permissão para a imprensa ofender o que, quem e quando quiser à vontade, da forma que bem entender.
Não se trata de avaliarmos até onde a liberdade de expressão é tolerada, mas sim até que ponto a liberdade de expressão deve ser tolerada quando ela própria é porta voz da intolerância.
Quando determinados discursos fomentam o ódio, como o racismo, a xenofobia, a intolerância religiosa, a homofobia, entre outros, sem dúvida que  estes devem ser desprezados e combatidos, não obstante o risco de interferir na liberdade de imprensa. Não se trata de censura prévia, mas sim do respectivo órgão de imprensa, emissor do discurso, arcar com as consequências. Normalmente, quando uma pessoa ofende outra, esta pode interpelar seu ofensor em juízo, com chances de condená-lo por calúnia, difamação ou danos morais. Por que a imprensa, mesmo que revestida por charges, teria o privilégio de publicar o que bem entendesse sob o manto protetor da ‘liberdade de expressão’ irrestrita, quando, em última instância, seu discurso se configura em pessoas ofendendo pessoas? Naturalmente espera-se que as ofensoras sofram processos judiciais em razão disto, e não que sejam executadas por fuzis.
No caso específico da França, ignora-se o efeito altamente destrutivo e negativo que as charges da CH produzem num contexto político-ideológico de um país com níveis alarmantes de racismo, onde dez por cento da população é muçulmana. Neste sentido, a liberdade de expressão que está sendo defendida, infelizmente, não representa a voz desta população excluída, pelo contrário, pode ainda incentivar a xenofobia.

 

A Marcha de Paris

  Após o atentando ao Charlie, com o pretexto de se defender a liberdade de expressão, viu-se de tudo. Na marcha realizada em Paris, no dia 11 de janeiro, a presença de líderes nacionais, vários deles nada pacifistas, muitos xenófobos e nem tão amantes da liberdade de expressão, como criticou o sociólogo francês Éric Fassin, colocou em dúvida qualquer que fosse a boa intenção ou o nobre propósito que a passeata pudesse ter. Liberdade de expressão passou a ser um mote artificial, abstrato, fantasioso feito uma peça publicitária, vazio de significado. Pareceu-nos que defender a ‘liberdade de expressão’ poderia ser qualquer outra coisa, menos, defender a liberdade de expressão.
Quando observamos que o massacre praticado na Nigéria, na mesma semana do atentado em Paris, pelo grupo terrorista Boko Haram, no qual, aproximadamente 150 pessoas foram mortas, inclusive uma mulher no exato momento que estava dando a luz, não teve e não tem o mesmo apelo humanitário para os franceses e para as autoridades das nações ocidentais, como o que houve na Marcha de Paris, fica evidente a hipocrisia dessa manifestação. O que muitos franceses acabaram fazendo naquela marcha, conscientes ou não, foi defender um nacionalismo xenófobo.
Portanto, entre outros ensinamentos, poderíamos extrair desse episódio a compreensão de que defender a liberdade de expressão não significa, necessariamente, uma nobre causa, uma vez que ela pode estar sendo utilizada, como nesse caso, para estimular discriminações e estereótipos étnico-raciais, o racismo, a xenofobia, o eurocentrismo, a intolerância religiosa.
Outra lição que ficou evidente neste acontecimento foi o quanto a grande mídia é hipócrita e corporativista. Como foi visto, todos os grandes jornais saíram em coro a favor da “liberdade de expressão”. No entanto, essa própria mídia é a que produz ou veicula o discurso único, a versão parcial dos fatos para atender interesses econômicos e políticos, escusos, como ficou evidente no seu apoio irrestrito e incondicional à Marcha de Paris. Portanto, o aprendizado que se extrai é o de que em uma imprensa que ajuda a promover uma visão distorcida da realidade para favorecer os estabelecidos e prejudicar, ainda mais, os outsiders, - como ficou evidente na divulgação dessa Marcha -, jamais se pode confiar.

A motivação dos terroristas

O escritor Luís Fernando Veríssimo numa crônica publicada em O Globo, analisou o ataque à revista sob o ponto de vista do que poderia ser a motivação dos terroristas. Com todo respeito e apreço ao Veríssimo, a questão não é o conceito de blasfêmia, se é uma afronta ao sagrado, ou o que é o sagrado, como aponta o escritor em sua crônica Blasfêmia. A questão não é se você concorda ou discorda do que é sagrado para a outra pessoa, mas sim o simples fato de que se você tratar com escárnio, com deboche, o que ela considera sagrado, com certeza você irá ofendê-la. Nesse pormenor, somos obrigados a nos distanciar de certa forma da visão de Veríssimo, mais filosófica, por isso mesmo mais abstrata e absoluta, para nos aproximarmos da percepção mais pragmática do papa Francisco, quando opinou sobre a liberdade de expressão, por entendermos que ela explica melhor o ocorrido no ataque de Paris. Observou o pontífice: se você disser um palavrão sobre a mãe de alguém, pode esperar por um soco.
Veríssimo também argumentou contestando os que dizem que os cartunistas, por terem ido longe demais, mereceram a morte. E que isto equivaleria ao mesmo raciocínio de dizer que a mulher estuprada geralmente estava pedindo. Sem dúvida concordamos com essa visão do escritor, de que nada justifica a morte dos cartunistas. Porém, como pondera o cartunista brasileiro Latuff: “creio que soubessem o vespeiro onde estavam se metendo”, ainda mais após o ataque a bomba que a revista sofreu em 2011, por ter colocado uma imagem satírica do profeta Maomé em sua capa.

A contradição no discurso dos cartunistas

Em 2013, Stephane Charbonnier, o Charb, diretor da revista e um dos chacinados, quando defendia a revista de ser racista, falou em uma entrevista: “Estamos quase com vergonha de lembrar que o antirracismo e uma paixão pela igualdade entre todas as pessoas são e continuam a ser os princípios fundadores do Charlie Hebdo.”
No episódio em que a ministra da justiça francesa Christiane Taubira foi comparada a uma macaca por uma política da direita, da Frente Nacional, e que o CH desenhou a ministra como uma macaca, há que se fazer justiça que o propósito da revista foi o de criticar o racismo, e não de endossá-lo, como foi veiculado nas redes sociais.
Por outro lado, sabemos que quando um autor cria uma obra, a interpretação que as pessoas fazem dela não mais lhe pertence, ou seja, o autor perde o domínio sobre ela. No caso da CH em questão, por mais que Charb buscasse negar que ele ou a revista fossem islamofóbicos, na prática, não é assim que suas charges eram e ainda são recebidas, sobretudo pela população diretamente afetada.
Um exemplo claro disto foram as manifestações de homenagem às vítimas do ataque, realizadas dentro das escolas francesas. Nas escolas de periferia de Paris, com grande população de origem muçulmana, foi grande a rejeição ao ato. Em uma turma, apenas um quinto dos alunos aceitou fazer o minuto de silêncio. Uma aluna ouvida disse que achava incoerente ser muçulmana e defender uma revista que satirizava sua religião.
Em outros termos a revista pode até não ser racista contra os negros, porém, acaba sendo contra os muçulmanos, uma vez que suas mensagens são carregadas de estereótipos e ódios, que reforçam um discurso que entende os árabes como bárbaros, terroristas, os quais se necessita conter, oprimir, exterminar.
Infelizmente, acaba ocorrendo um círculo vicioso. Os muçulmanos já são discriminados, humilhados, ridicularizados por sua condição de outsiders, de histórico colonial, pela opção religiosa, pela condição financeira e social. E após atos terroristas como este ocorrido em Paris, naturalmente por extremistas que não representam essa população, os muçulmanos passam a sofrer ainda mais injustiças por meio do projeto político-ideológico que emerge como reação ao atentado.
Voltando à fala do Charb, por mais que ele pudesse querer negar seu eurocentrismo, quando se ataca a cultura alheia sempre é um ato imperialista. E a sua revista acaba sendo, quer o cartunista quisesse ou não, um monumento à intolerância, ao racismo e à arrogância dos colonizadores.
A própria insistência dos chargistas franceses em tratar sistematicamente de assuntos religiosos coloca em dúvida a credibilidade dos seus discursos. A revista paulatinamente passa a satirizar o Islamismo, primeiramente em 2006, quando decide reproduzir as charges, originalmente publicadas no jornal dinamarquês Jyllands-Posten, entre as quais, uma delas, bem provocativa, mostrava Maomé carregando na cabeça, em vez de um turbante, uma bomba com o pavio aceso e uma inscrição da declaração de fé muçulmana; em 2012, uma edição com diversas charges que mostravam Maomé nu; e mesmo agora, após o atentado deste mês, a revista continua publicando charges satíricas sobre Maomé ou o islã. O que nos leva a desacreditar da boa fé na cabeça dos seus cartunistas.

O próprio Charb deixou explícita essa obsessão por temas religiosos: “É preciso que o Islã esteja tão banalizado quanto o catolicismo”. Naturalmente que Charb tinha o direito de desacreditar de toda religião, mas só ficamos em dúvida se por meio de charges altamente ofensivas seria a maneira mais eficiente ou inteligente do cartunista buscar converter as pessoas as suas prováveis convicções ateístas ou agnósticas.
Por outro lado, quando alguém age assim, desrespeitando o direito de credo das outras pessoas – justificando-se no direito de liberdade de expressão -, não se dá conta que também está violando o seu próprio direito de ser ateu ou agnóstico.
Patrick Pelloux, colunista sobrevivente da revista, disse acerca da primeira edição da CH após o atentado: “O que importa é você, o expectador da televisão, as pessoas, é a democracia e a paz que estamos tentando salvar. Cada jornalista está levando a água para tentar apagar o incêndio". Onde chegamos a conclusão: ou os jornalistas da revista são muito inocentes, ou muito cínicos.

Votamos a frisar que apesar de estarmos analisando o contexto do episódio, reiteramos nossa compreensão de que o atentado ocorrido em Paris foi um crime de terror horrível e abominável, que deve ser repudiado sem ambiguidades.
Por outro lado, o que estamos querendo mostrar é a necessidade de também se questionar as ações pelo lado do Ocidente. Fazendo uma analogia sobre o que dizia Max Horkheimer acerca de que se não nos permitirmos falar criticamente sobre o capitalismo deveríamos nos calar sobre o fascismo, da mesma forma, se não estivermos abertos para falar criticamente sobre a democracia liberal nada podemos falar sobre o fundamentalismo religioso.

É só uma piada... é só uma caneta

O fato é que quando se toma consciência de toda discriminação social e econômica, de toda humilhação por que sofre a população muçulmana nos países europeus, a invisibilidade de sua identidade, seu histórico colonial, fica evidente que as charges ácidas e estereotipadas da CH não “é só uma piada”. Tem um efeito muito mais destrutivo que se possa imaginar. Não é só uma caneta inofensiva em ação.
Charb dizia que com uma caneta não matava ninguém. Inclusive criaram-se várias charges em homenagem ao atentado, compostas por canetas ou lápis. Mas o fato é que quando se faz uso de charges para disseminar o racismo, a xenofobia, com certeza se mata milhares também com caneta.
O humor tem por natureza fazer rir. No entanto, um humorista pode reforçar preconceitos, estereótipos racistas ou xenófobos, alimentando ignorância e ódio disfarçados de senso de humor. O que acontece nas charges da CH é algo como se os humoristas perdessem o time da piada, excedessem todos os limites de bom senso. De gozação, de chacota, de zoação, passassem à humilhação, escárnio, bulling. Desenhar Deus, Jesus e o Espírito Santo fazendo suruba; Maria sendo estuprada pelos três Reis Magos; Maomé nu, de quatro, com o ânus exposto para cima, ou como um ator pornô; é fazer terrorismo usando a caneta. (ver exemplos de charges em anexo)

 

Rindo, corrigem-se os costumes

Quando consideramos a máxima “rindo, corrigem-se os costumes”, e nos lembramos dos abusos cometidos em nome do sagrado, sobretudo desde o período da Idade Média, sem dúvida reconhecemos o valor e a necessidade do humor para que avançássemos no sentido de compreensão da realidade e do perigo do fanatismo, na eliminação de injustiças, na quebra de privilégios, no combate a violações diversas cometidas em função de dogmas religiosos, infelizmente praticadas ainda hoje contra os fiéis. Todavia, por muitas vezes o humor da Charlie, quando trata desta temática religião, foge deste propósito de questionar os seus conceitos, seus valores equivocados. Distancia-se de tudo aquilo que possa estar prejudicando as pessoas, quer seja na sua dignidade ou na sua autonomia, e passa para ser uma crítica vazia, gratuita, que nada constrói. Seus desenhos altamente ofensivos, ultradebochados, primam pela grosseria, pelo grotesco. Parece que seu único propósito é o de provocar os fíéis das religiões satirizadas, porém, cuidando para contribuir em nada para a compreensão da realidade. Suas charges causam repugnância, estranheza, assombro. Mas não fazem rir. 

Exemplos das charges

charge ridicularizando a eleição do Papa, em que aparece Deus sendo violentado sexualmente por Jesus, que, por sua vez, tem o triângulo do Espírito Santo cravado em seu ânus. Em outra edição, a capa é a Virgem Maria estuprada pelos três Reis Magos.

 


Coco é autora de uma das charges mais ofensivas aos muçulmanos e que mostra o profeta de quatro, com uma estrela dourada cravada no ânus. O título da página é o seguinte: “Maomé: Nasce uma Estrela”.

Em outra caricatura, um muçulmano segura um Corão enquanto balas atravessam o livro e o seu corpo. A legenda diz “O Corão é uma merda”. Isso não levanta debate nenhum, apenas diz “sua religião é uma merda”, o que implica dizer, no caso, “sua sociedade muçulmana, sua história muçulmana, seus parentes e crenças muçulmanas, são uma merda”.

 

A verdadeira história do pequeno Jesus

 

O Papa vai longe demais!
Este é o meu corpo! (no lugar da hóstia, uma camisinha)

Referências:

As 6 charges mais polêmicas do Charlie Hebdo.
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Cartunistas da Charlie Hebdo publicaram piada racista com ministra francesa?
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COLON, Leandro. Islâmicos reclamam de “insulto” em nova edição de jornal satírico.
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"Eu não sou Charlie. Sou Maomé. É impossível ser os dois"
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NOGUEIRA, Kiko. O Charlie Hebdo era racista?
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O desenho premonitório do diretor da Charlie Hebdo.
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Paris: presença de alguns líderes mundiais em marcha é criticada
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Série de ataques do Boko Haram causa devastação em aldeias.
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