CEEBJA HELENA kOLODY - Foz do Iguaçu

Participantes:

Orientadora - Luz Marina Pretz

Participantes-

Cleidi Schindler

Eloir Queiroz Pichek

Gerson Luis Maciel

Hilda Soares Silva Dacorreio

Maria De Lurdes M. S. Moreira

REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO I - TÓPICO 1
A partir da reconstrução histórica apresentada no tópico 1"Ensino Médio – Um balanço histórico institucional", identifique (individualmente e em grupo) os desafios que permanecem para o ensino médio na realidade brasileira e levantem possibilidades de explicação para eles.
Um  dos fatores é a questão socioeconômica dos alunos, fazendo com que a educação se divida entre os que realmente  tem condições de ter uma formação acadêmica -  obtendo uma formação cientifica – e os que farão parte do mundo do trabalho –Mao de obra sem qualificação cientifica.Isso leva uma parcela dos jovens a trabalharem muito cedo, desestimulando-os para o estudo aumentando dessa forma o índice de reprovação e o abandono escolar.
Podemos determinar algumas questões para o ensino médio como a qualificação dos professores, formação na universidade qualificada, a oferta de educação continuada, as condições de trabalho, a carreira, incluindo salários, e a dedicação exclusiva. O número de alunos por sala de aula, fator responsável pelo rendimento escolar. A ampliação do tempo do jovem no ambiente escolar com real qualidade.
Conhecer a realidade a ser transformada é o primeiro passo para que seja possível adequar o ensino;  planejar e estruturar estratégias de contenção do abandono;  avaliar e promover melhorias significativas e eficazes, como por exemplo, implantação e ampliação de cursos técnicos.
Portanto, isso só ocorrerá se houver o  envolvimento de todos: governo federal, estadual, escolas, e demais envolvidos no processo de ensino aprendizagem.

 

 

REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO I - TÓPICO 2
Caro colega professor, em um trabalho coletivo — envolvendo colegas professores, funcionários da instituição, membros da equipe gestora e os próprios alunos — levante dados que permitam conhecer aspectos que vocês julguem importantes do perfil social, cultural e econômico dos sujeitos matriculados no Ensino Médio de sua escola.
Para isso, a sugestão é que escolha UMA turma de Ensino Médio em que você atua. Essa turma poderá ser utilizada para a aplicação das demais atividades dos próximos Cadernos.

O aluno privado de liberdade, é definido como um ser histórico social, que raciocina, mas que chega a prisão com uma trajetória de vida, que tem anseios e objetivos.  Possui uma cultura própria, seu próprio linguajar e uma experiência enfatizada pela necessidade de sobrevivência. No sistema penitenciário do Paraná, o -  aluno caracteriza-se por ser um infrator, oriundo em geral de uma classe social baixa, com estrutura familiar e histórica de vida comprometida.
Esses alunos detentos chegam a escola, marcados pelo crime, com desvios de personalidade, sem escalas de valores morais, culturais, sem noção de família e quando presos, perdem o elo humano que o liga com o mundo fora da prisão.
A faixa estaria vai dos 18 a 70 anos, e cerca de somente 30% dos alunos da nossa escola são do ensino médio. Esses alunos são oriundos do mercado informal de trabalho.

 

 

REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO I - TÓPICO 3

Nas DCNEM afirma-se que o Ensino Médio, em todas as suas formas de oferta e organização, baseia-se na formação integral do estudante, tendo, dentre outros aspectos, o trabalho como princípio educativo, a pesquisa como fundamento pedagógico e a integração entre educação e as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como base da proposta e do desenvolvimento curricular.
a) Quais os principais princípios e fundamentos que constituem a proposta de formação humana integral. Registre a compreensão acerca desses elementos.
R: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estipulou o Ensino Médio com função formativa, etapa de conclusão da Educação Básica. Esta educação básica envolve em todos os níveis, que tem por objetivo possibilitar condições de acesso e permanência na escola.
A formação humana integral e aquela que prepara para a vida e cidadania. Em se tratando do ensino médio, ele deve fornecer as condições básicas para o trabalho cidadania e a vida. Ele não pode formar só para uma coisa e não para outra. Deve tratar de assuntos contemporâneos e que sejam de interesse dos jovens. Eles devem sentir que aquilo que estão estudando tem uma relação com suas vidas.
Conforme a Lei, “ O ensino médio é um direito de todos”, e tem que deveria trabalhar considerando as diferenças entre os alunos, com interesses diferentes, preparando-os para a vida e cidadania e ter em mente que aquilo que esta colocado para a educação como um todo, é para contribuir para a diminuição das desigualdades.
Uma proposta seria a criação de projetos de formação humana integral promovendo  o encontro sistemático entre cultura e trabalho, fornecendo aos alunos uma educação integrada ou unitária capaz de propiciar-lhes a compreensão da vida social, da evolução técnico-científica, da história e da dinâmica do trabalho.A formação humana integral implica em competência técnica e compromisso ético, que se revelem em uma atuação profissional pautada pelas transformações sociais, políticas e culturais necessárias à edificação de uma sociedade igualitária.
Para isso é preciso incorporar ao currículo conhecimentos que contribuam para a compreensão do trabalho como princípio educativo contribuindo para uns país mais justo. Sendo flexível, menos rígido se adequando as diferentes realidades do país.
b) Reflita sobre como desenvolver estudos que fundamentem práticas pedagógicas que possam contribuir para a materialização dessa proposta na escola, considerando os aspectos potencializadores, assim como as eventuais dificuldades a serem superadas.
Uma prática pedagógica significativa decorre da necessidade de uma reflexão sobre o mundo do trabalho, da cultura desse trabalho, das correlações de força existentes, dos saberes construídos a partir do trabalho e das relações sociais que se estabelecem na produção. Elementos para reflexão dessa pratica pedagógica podem ser: estudos da realidade educacional brasileira, aspectos econômicos e sociais e a reflexão das leis que regem a educação e finalmente a autoreflexão aberto a mudanças.

 

 

 

 

 

REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO I - TÓPICO 4
Como foi visto, temos um grave desafio a enfrentar em nossa realidade educacional, quando a metade (50,9%) dos jovens entre 15 e 17 anos não frequenta o ensino médio e aproximadamente um terço (34,3%) ainda está, como repetente ou por ingresso tardio, no ensino fundamental. Utilizando dados da PNAD/ IBGE, vimos que a taxa líquida de matrícula para essa população passa de 17,3%, em 1991, para 32,7%, em 1999, atingindo 44,2% em 2004 e 50,9% em 2009 (IBGE, 2010). Os indicadores apresentados são muito importantes na medida em que expressam a exclusão de grande número de brasileiros do acesso à educação e da permanência na escola, assim como de outros direitos. A relação entre educação e participação no desenvolvimento social torna inadiável o enfrentamento dos problemas.
Diante deste quadro, como chegar à universalização do ensino médio?

Universalizar o ensino médio é assegurar que toda a população de 15 a 17 anos frequente as séries adequadas a cada idade, isso vai exigir que os alunos com 15 anos ou mais que estão no ensino fundamental cheguem e sejam incorporados ao ensino médio. Além de levantamentos confiáveis sobre os jovens que estão fora da escola seja por qual motivo for devemos colocar em prática estratégias para que concluam sua escolaridade.
Não podemos negar que conquistamos inúmeros avanços importantes na área educacional nos últimos anos: seja com as políticas publicas – Leis, Decretos; seja com ações concretas: os alunos evadidos voltaram à freqüentar a escola, mais recursos a educação. São conquistas inéditas, porém insuficientes, uma vez que não basta frequentar a escola, é preciso alcançar os níveis de escolaridade básica e atingir níveis adequados aos anos de estudos acumulados pela população estudantil.
Outra estratégia é garantir a formação de professores para que tenhamos profissionais com uma formação bem estruturada para trabalhar com a juventude; outra seria obter um salto de qualidade, onde toda comunidade escolar esteja envolvida. Essa tarefa necessita da participação da família, da dedicação dos alunos, mas sobretudo de gestão eficiente e eficaz.
Portanto, é tarefa da nação brasileira, cabe a União estabelecer as diretrizes nacionais, somando-se a isso a construção de um pacto envolvendo todos, para que não estacionemos nos níveis de desenvolvimento educacional já alcançados. Conforme diz Buarque, “ Investir hoje, eficazmente na educação custaria muito menos do que o que será preciso gastar daqui a 20 ou30 anos para corrigir os desastres decorrentes da falta de educação.”