A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NO ENSINO MÉDIO
OS DIREITOS A APRENDIZAGEM
Professora Orientadora: Iva Maria Lindener
Professores:
Angela Knapki
Anna Maria Martins
Eliane Pereira
Cristiano Perego
Maria Joana Franco Andrade
Mauro Cunha
Sandra Mara Moraes Prado Alves
Sinuhe Kern
Vilma Mariano de Miranda
Um dos maiores desafios para o trabalho pedagógico está na dificuldade em lidar com o que é diverso-plural-e/ou-diferente, do estereótipo pré estabelecido como “normal”, estes novos sujeitos que nos chegam na escola, advindos de uma sociedade renovada, muito mais complexa e midiática. A diversidade cultural, econômica, familiar, religiosa e sexual enriquece todo o processo de aprendizagem. Pensamos que essa questão da diversidade acaba sendo contemplada no PPP das escolas. Uma questão é por em prática. Sabemos que uma parte dos professores faz isso, isto é, não exclui. Mas o que temos que fazer é trabalhar as questões de uma forma clara e objetiva e sempre buscar a formação para melhorar no trabalho, nossa proposta pedagógica e cada vez mais didática.
A promulgação da Constituição completa 27 anos em 2015. Nela, teoricamente, rompeu-se com as leis-dogmáticas (ideias conservadoras) que caracterizam as gerações que formaram-se no período 1964-1983, fim do regime; no entanto, a extensão dessas ideias, que fizeram parte da cultura da ditadura militar, se incrustaram no miolo social e pulverizou-se no Ensino, seja ele público ou privado. A conseqüência dessa prática se deu no campo da formação docente: o despreparo e a constante distância entre as necessidades de um público estudantil que visava as urgências novas do mercado de trabalho e, também,a postura de compreensão diante de novos sujeitos sociais que despontavam numa sociedade recém democrática.
As Diretrizes Curriculares dos anos de 1990 procuraram nortear estas dificuldades, organizando um rumo que punha o Ensino num prumo em que forma-se leis que atendiam as reflexões das diversidades. Na medida em que, implementava-se e estudava-se melhorias com relação as diretrizes, novos desafios exigiam dos professores um aprofundamento nos estudos sobre a compreensão das diversidades sociais.
Hoje há uma maior abertura para opinar-se, estudar-se e discutir-se o tema diversidades em salas de aula, mas muito ainda há por fazer para que estirpe- se do miolo social as velhas práticas do regime militar. Um exemplo disso está na compreensão da necessidade de garantir e ensinar conteúdos que formem bem a população; assim sendo, é importante trabalhar os conteúdos dentro de uma prática que estimule o indivíduo a tornar-se um conhecedor de seus direitos e deveres, que realmente torne-se um cidadão coletivo, que saiba que leis por si só não garantem justiça e que esta é conseqüência das lutas cotidianas por melhorias no aparelho do Estado e que eliminar preconceitos (individual e coletivos) fazem parte dessa luta. Para tanto é necessário, como já diz o documento e o professor Arroyo, formar professores, tanto na graduação como formação continuada, de qualidade, não apenas leituras de textos e questões mas discussões reais com profissionais que possam colaborar para essa formação.
Politizar a população sempre foi um temor às elites, pois à medida que compreende-se melhor que ser um ser social atuante encaminha melhores condições econômicas e cobranças mais efetivas de governantes, faz o individuo também compreender o que ou quem produz as causas de mazelas e ignorâncias que escravizam as pessoas numa psique de culpas, conformismos , fé e esperanças de que um dia um messias irá lhe compensar por todo sofrimento vivido.
Logo, assim como afirma o professor Arroyo, para o Ensino efetivar essa conduta dos conteúdos e metodologias necessárias as práticas aqui refletidas para garantir a efetividade nos encaminhamentos de compreensão das diversidades se faz necessário uma melhoria na formação social nas graduações e também nos programas de formação continuadas. É preciso que o professor entenda que ele deve ser um agente social em prol da formação do individuo de fato e não apenas como um adestrador de indivíduos abstratos.