Caderno VI - Avaliação no Ensino Médio
Colégio Estadual João Zacco Paraná – EFMP
Município de Planalto – Paraná
Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão
Participantes da formação do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio
Cézar Augusto Soares
Dayana Regina Camera de Mattos
Denize Terezinha Baldissera Lagner
Fátima Roseli da Cruz Kegler
Flávio Roberto Kich
Isanir Milani
Leci Lurdes Vetorello Dahmer
Neuza Brasil de Castro
Rosemeri Ines Kunrath
Sônia Mumbach
Vera Clair Kreling
Zenaide Salete Gallas Werle
Caderno VI - Avaliação no Ensino Médio
Falando sobre Avaliação em relação aos maiores desafios no campo da avaliação institucional, discutimos e percebemos que no texto elaborado para o estudo do pacto nacional pelo fortalecimento do ensino médio, caderno VI, p.7, consta que:
”a avaliação institucional é realizada a partir da Proposta Pedagógica da escola, dos Planos de Trabalho Docente e de ensino, que devem ser avaliados sistematicamente, de maneira que a instituição possa analisar seus avanços e localizar aspectos que merecem orientação”.
Os maiores desafios no campo da avaliação educacional tem sido compreender e desenvolver metodologias integradas às prática escolares que “possibilitam” uma avaliação ampla e democrática. Para que isso torne-se uma prática coletiva de resultados positivos teria que haver discussões mais aprofundadas em torno da elaboração do Plano de Ação e maior estruturação humana na escola que instigassem a efetivação das ações planejadas no coletivo da instituição.
Quanto a concepção de avaliação e como ela se constitui na trajetória docente, a entendemos como sendo uma ferramenta/instrumento/ procedimento/apoio, que o docente dispõe com finalidade de obter um resultado final de sua prática associada ao aprendizado dos alunos, suas percepções, conceitos, que modificam ou apropriam-se durante o exercício de um período. Se constitui como um critério de mediação dos conhecimentos adquiridos.
Ainda continua sendo um grande desafio formar um conceito sobre a avaliação na prática docente e efetivá-lo de forma coerente, dada a diversidade de sujeitos em cada sala de aula e assim necessita-se utilizar-se de vários instrumentos para avaliar os alunos. É preciso ser flexível, criando mecanismos diferenciados para abranger todos os sujeitos presentes em sala de aula.
Em consulta ao PPP e aos Planos de Ensino da nossa escola identificamos que a definição de avaliação da aprendizagem tem como função constatar em que medida esta se efetivou na aprendizagem do aluno, podendo ser diagnóstica, somativa, processual, qualitativa e formativa, não devendo ter um fim em si somente, ou seja, o de aferir nota.
Os instrumentos e critérios procedimentos utilizados que as avaliação devem ser trabalhadas de forma diversificada, sendo o sistema trimestral e somatório. São garantidas no mínimo duas avaliações por trimestre em cada disciplina e após estas, os conteúdos são revisados e em seguida é oportunizadas a avaliação de recuperação, sendo utilizados diferentes instrumentos (prova escrita, oral, sínteses escritas (pesquisa), apresentação de trabalhos... ) isto constando na PPC, planejado no PTD e registrado no LRC do professor.
Os critérios para atribuição de notas e/ou conceitos e de aprovação é que prevalece a nota mais alta obtida.
A reunião do Conselho de Classe apresenta-se como o momento no qual todos os professores da turma, a equipe pedagógica e diretiva analisam com mais profundidade o rendimento escolar por Tuma, alunos de forma individual assim como planejam-se intervenções nesse sentido.
Os participantes neste processo é de todos os alunos no momento do pré conselho realizado pelo professor regente, e no pós conselho onde há a colocação do relatado e discutido no momento do pré conselho e no conselho de classe.
As observações que consideramos relevantes para a discussão de avaliação da aprendizagem, é quanto a realização do trabalho contínuo de orientação aos pais e alunos sobre a importância de estudar e adquirir a aprendizagem básica necessária e com todo o coletivo escolar os estudos sobre como avaliar de forma coerente a assimilação dos conteúdos por parte dos educandos.
Apresentamos como grande desafio ainda, a questão dos alunos “inclusos”, no sentido de termos um trabalho mais eficiente tanto no ensino como na avaliação destes.
Analisando os dados e taxas de rendimento da nossa escola observamos conforme segue:
2010 2011 2012 2013
APROVAÇÃO 85,2% 79,7% 85,5% 73,7%
REPROVAÇÃO 3,7% 8,1% 3,5% 7,9%
ABANDONO 2,8% 0,9% 2,1% 2,3%
Tabela I – Taxas de rendimento – Ensino Médio do Col. Est. João Zacco Paraná – Município de Planalto- Paraná
2010 2011 2012 2013
APROVAÇÃO 74,9% 75,0% 76,4%
REPROVAÇÃO 13,4% 14,1% 13,1%
ABANDONO 11,7% 10,9% 10,5%
Tabela II – Taxas de rendimento – Ensino Médio das escolas do Estado do Paraná
Observando pela tabela da nossa escola, percebe-se um índice bem menor de abandono escolar comparado com os dados das escolas estaduais, contudo, com tantas oportunidades que hoje em dia são proporcionadas ao educando, para melhorar seu conhecimento, nos questionados o por quê do insucesso escolar.
Pela tabela estadual percebemos um traço que pode ser considerado positivo. As taxas de abandono têm reduzido, no entanto, a permanência na escola até o fim do ano letivo não tem garantia de diminuição sensível das taxas de reprovação.
Em 2010, a nossa escola teve 10,3% a mais de aprovados em relação às escolas estaduais, 9,7% a menos de reprovação que das escolas estaduais e 8,7% a menos de abandono da escola. Em 2011, 4,7% a mais de aprovação, 6% `amenos de reprovação e 10% a menos de abandono. Em 2012, 9,1 a mais de aprovação, 96% a menos de reprovação e 8,4% a menos de abandono.
Esses dados nos revelam que o sucesso dos alunos, especialmente o do ensino médio, está muito aquém daquilo que almejamos. A partir desse patamar em que nos encontramos atualmente, a grande indagação é sobre o que ainda é possível avançar no âmbito da escola para atingir a meta almejada, ou seja, universalizar o ensino médio de sucesso para todos os que a ele tem direito e o que o freqüentam.
Por isso o rendimento sobre as taxas de rendimento escolar, reprovações, aprovações por Conselho de Classe, evasão, são analisados e discutidos durante o ano todo por todo o coletivo escolar com intuito de oferecer mais atrativos pedagógicos na forma de abordar e ensinar os conteúdos, torná-los mais significativos e qualificados, na formação continuada- Semana Pedagógica, nas reuniões pedagógicas, nos Conselhos de Classe, nas reuniões de alunos, pais, porém, esbarramos em muitas dificuldades que estão além do espaço escolar e da nossa prática diária para serem efetivadas, entre elas, apenas duas aulas semanais na maioria das disciplinas, muitos alunos em uma só sala, a questão dos alunos inclusos, sem uma formação adequada para dar conta dos mesmos, a impossibilidade da organização do horário escolar para que hajam horas atividades, ao menos por disciplina, por disciplina, devido a alta rotatividade dos professores, falta de estrutura física e pessoal na escola para dar conta de todas as atividades.
Em relação a avaliação institucional a nossa escola, durante o ano todos traz a tona as discussões no coletivo escolar com o intuito de melhorar os índices e se mobiliza na época em que estas acontecem, no sentido de orientar professores, alunos, pais especialmente as turmas que serão avaliados para que sejam evidenciadas/percebidas, nas respostas das questões solicitadas, o conhecimento adquirido nas aulas.
Esta instituição usa o resultado destas avaliações para verificar e também avaliar o trabalho docente e pedagógico realizado no ambiente da sala de aula.
A prova do ENEM provoca na maioria dos alunos das séries finais do ensino médio, a preocupação em ter o conhecimento necessário para que ele possa ter uma pontuação que lhe possibilite abrir as portas da universidade para o curso pretendido. Os comentários observados, são sempre nesse sentido, possibilitando ao aluno cursar o ensino superior.
Na medida do possível, os professores planejam suas aulas do ensino médio, de maneira a envolver de alguma forma os conteúdos do ENEM, preparando adequadamente os estudantes para esse grande momento de sua vida escolar.
No entanto, devido à falta de tempo no decorrer do ano letivo, temos acesso às informações das avaliações, simulados, resultados e são comentadas, porém, muito superficialmente, não sendo o suficiente para debates mais eficazes.
Necessitamos que nossas capacitações sejam realizadas mais por disciplina e que nestas sejam abordadas mais efetivamente, de forma mais prática de como trabalhar os conteúdos na dimensão da leitura e da problematização dos conteúdos, (a leitura, interpretação, contextualização...) como são solicitadas as questões no ENEM, por exemplo.
Há ainda uma grande dificuldade de termos clareza em relação as matrizes de referência e de como transpor isso didaticamente no trabalhar dos conteúdos em sala de aula.
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