Caderno VI - Avaliação no Ensino Médio
AVALIAÇÃO DO ENSINO MÉDIO - VISÃO COLETIVA
DOS DOCENTES DO COLÉGIO ELYSIO VIANNA
No processo de ensino-aprendizagem, o bom desenvolvimento do aluno é tido como fato prioritário. E para que isso venha a acontecer, o professor deve ter uma prática pedagógica reflexiva, pois assim ele poderá diagnosticar qualquer retardo no desempenho dos alunos e o diagnostico pode ser feito através da avaliação. Mas vale salientar que o verdadeiro papel da avaliação é o de auxiliar na construção da aprendizagem pela superação do autoritarismo e o estabelecimento da autonomia do educando.
A partir dai nosso maior desafio parte da premissa que educadores repensem sua prática e sigam novos rumos em direção a uma ação que tenha êxito, no sentido de conseguir realmente com que os educandos aprendam.
Em termos de concepção da avaliação o seu principal papel é se tornar mediadora do processo de ensino-aprendizagem dos alunos, pois possibilita uma reflexão embasada nos dados obtidos por meios desse processo. Caso o professor perceba que sua prática não está favorecendo a todos, ele poderá refletir e adaptar uma prática mais acessível e igualitária.
Nos tempos atuais, um dos maiores desafios estão focados no desinteresse dos alunos. Os conteúdos são lançados, de maneiras bem variadas (leituras, mesa redonda, multimídias, visitas técnicas entre outros), porém a falta de interesse é tao grande que de tudo que é transmitido a eles, ocorre uma filtração e muito pouco eles absorvem. Acreditamos que esse desinteresse é reflexo das suas rotinas sobrecarregadas, do sistema de ensino e da grande carga diária de afazeres que eles possuem.
Qualquer instrumento de coleta de dados sobre o desempenho da aprendizagem é bom, contanto que seja adequado como recurso de investigação (pesquisa) sobre as aprendizagens dos educandos, de tal forma que possibilitem uma intervenção adequada de reorientação do trabalho pedagógico.
Em nossa escola os instrumentos avaliativos vão de encontro ao que mais priorizamos “o aprendizado”, onde contamos com recursos como: laboratório de informática, nos possibilitando estimular o educando à realização de pesquisas; biblioteca, onde diversos livros auxiliam em trabalhos solicitados; máquina copiadora, onde podemos realizar provas formais; e também instrumentos como: leitura oral, leitura expressiva, seminários, feiras, jogral, contando historietas, cartazes, participação no decorrer das aulas, tarefas, etc., onde podemos estimular educandos e despertar o interesse para a busca do conhecimento.
Com relação à atribuição de notas, além dos resultados de provas e testes, o professor pode levar em conta outros fatores para estabelecer a nota, como o comportamento e a participação em sala, o desempenho em atividades em grupo, em exercícios, apresentações orais, entre outros. Ela ocorre cotidianamente no olhar apurado dos professores e colegas, nas devolutivas dadas, nas revisões feitas pelos próprios alunos e também inclui momentos específicos, de sistematização das aprendizagens: avaliações que exigem uma disciplina de estudos, organização e tempo de concentração. Porém é bom lembrar que os pais devem estar sempre atentos às dificuldades de aprendizagem dos filhos, para garantir que elas sejam abordadas com profundidade pelo professor e, assim, superadas.
Todo conteúdo que é repassado, segue uma avaliação, seja em participação em sala de aula, no crescimento do conteúdo gradativo, na reflexão dos conteúdos, provas práticas e escritas, entre outras...
A avaliação é uma maneira do professor administrar o conhecimento do aluno naquele período de tempo e repassar isso em notas avaliativas. Essa avaliação é um processo continuo e gradativo que o educador deve fazer com o educando. Para isso, são utilizados diversos meios como: provas escritas com questões abertas e discursivas, aulas práticas, relatórios, pesquisas, trabalhos... O profissional consegue avaliar com a participação do aluno, sua atenção e dedicação, entre outros meios.
Quando essas avaliações já estão prontas, ocorre o pré-conselho de classe, onde se reúnem pedagogos, coordenadores do curso e professores para discutir sobre os alunos individualmente. Quando se obtém um resultado dessa discussão, tem-se um tempo hábil para colocar em prática as metas destacadas nessa reunião de pré-conselho, com os alunos, até chegar o momento do conselho final, onde se faz a participação da equipe pedagógica, direção, secretários da escola, professores das disciplinas do ano corrente. Para esse procedimento, é entregue um gráfico de rendimento dos alunos bimestralmente e por disciplina. Assim facilita a observação daquele aluno com maior dificuldade e os conteúdos que ele não domina muito bem.
Dessa maneira de avaliação, é que a nossa escola conseguiu atingir uma nota de IDEB 4,5. Apesar de ser uma nota relativamente baixa, é uma nota de grandes avanços para os alunos do ensino médio. E vale lembrar que essa avaliação do IDEB, foge dos parâmetros de avaliação do PPP da escola. Que fala que nossa avaliação é continua e diária, e não centrada em uma única prova escrita. Para essa nota de IDEB, vários fatores são levantados aqui: quantidade de aulas, qualidade de ensino, suporte e apoio aos professores, concentração e dedicação do aluno.
A escola nos oferece espaços de laboratórios de informática com equipamentos, laboratórios de química, física e biologia, salas de apoio as aulas, e tudo isso facilita o desenvolvimento do professor com seus alunos em determinados conteúdos Principalmente quando se chega próximo a data de provas federais como o do ENEM, que preparamos os alunos, com aulas mais direcionadas próximo a prova, para a realização da mesma, retirando qualquer duvida que possa surgir no decorrer do curso do ensino médio.
De acordo com Lívia Suassuna, os modelos e avaliação não são estanques: tem marcas temporais definidas, seguem a lógica que move as práticas da escola. Percebe-se certa inquietação, um desejo de mudar a avaliação. Mas não é fácil romper com paradigma da avaliação hegemônica, em forma de medida, e hierarquizada. Avaliação essa preocupada apenas em saber o que o aluno sabe, o que não sabe, quais os conhecimentos que domina. Essa forma de avaliação produz rotulação, repetência, fracasso, e coloca fora do sistema o aluno que não consegue atingir a competência esperada.
Professores (as) do Colégio Estadual Professor Elysio Vianna, que elaboraram este texto: Adimar Garcia Machado, Alan Carter Kullack, Beane Wrublevski, Carmen Patricia Basilio Araújo, Danielle Cristina Cruz Scheremeta Jacomel; Elaine Camacho dos Santos, Elma Cristina Grando, Enory Cofferi, Luciane de Oliveira Costa, Marcio Roberto Lopes, Mari Ellen Pirolo, Rafael Eduardo Westphalen, Raquel de Melo Ribeiro, Rita de Cassia Bianchi, Rosana do Rocio dos Reis Hack, Rosane Farrar, Roseli Terezinha Marconcin Cardoso, Sany Maria Laicouski, Sheila Cristhina da Rocha Ferreira, Vânia Ribeiro Cruz, e Aparecida Nunes Marques.
- Logue-se para poder enviar comentários