Colégio Estadual do campo Carlos Gomes - NRE: Cascavel
Orientadora de Estudos: Soeli Berton Pantano
Cursistas: Cleiton Fernandes Santos, Elenilce Sartori, Ivete E. C. Carrasco Rodrigues, José Roberto Ferreira, Luana Dams, Maria das Graças Ferreira Godoy, Martinho Lucas de Godoy, Rosemare Aparecido Alves, Santina Elza Inácio, Sonia Regina Carrasco de Oliveira e Valdenir Lisboa da Silva
Quando falamos em tomadas de decisões pela escola e a exclusão ou inclusão dos profissionais da educação nesse processo, percebe-se que, em nossa escola especificamente, há toda uma gestão democrática, participativa, onde todos podem opinar sobre os assuntos, inclusive APMF, alunos – através das lideranças e repasses –, pais, ou seja, toda a comunidade escola. Por sermos de um município pequeno –, tendo somente um Colégio Estadual, essas questões não são tão difíceis a nós. Na verdade, o maior problema se refere aos profissionais oriundos de outros municípios ou que tenham aulas em outros colégios, os quais, nem sempre podem participar das reuniões decisórias. Outra questão considerada como problema é a falta de participação de grande parte de pais e alunos. Mesmo convocados, muitos não participam. A escola procura realizar atividades recreativas (palestras diversas, gincanas dos dias Dia dos Pais, Dia das Mães, jantares, atividades que envolvam pais e filhos, entre outros) para que possam ter maior interesse, contudo não tem grande êxito. Esse é o maior desafio nosso e que até o momento não se chegou a um resultado positivo, onde a maioria dos pais e alunos participe das decisões. Nosso primeiro Conselho Escolar foi constituído em 1992, lembro que era algo muito diferente até então onde a figura do Diretor era a de dono das decisões e informações. Foi uma grande caminhada, pois aos poucos fomos conhecendo seu funcionamento, normas, e objetivo. Diferente de hoje que temos um conhecimento maior e uma caminhada de vários anos e gestões que procuraram fazer valer seu funcionamento. Sabemos que se houvesse um maior interesse por parte das famílias que devem fazer parte deste conselho seria bem mais atuante, mas por causa desse desinteresse acabamos por colocar pessoas mais próximas a escola e que não se negam de estar participando das reuniões e decisões que precisam destes representantes. Coisa que não aconteceu em seus primeiros anos de formação, quando toda a comunidade foi envolvida e não se negavam de participar demonstrando um grande privilégio de participar das decisões da escola, juntamente com o professores que ali estavam.Por mais que não funcione da forma que deve ser esse conselho existe e temos procurado tornar as decisões democraticamente como prática existente na escola. Neste ano, os alunos se mobilizaram e montaram chapas para concorrer ao Grêmio, porém desde 2013, estávamos incentivando uma nova eleição do Grêmio em nossa escola, mas notava-se que os alunos não demonstravam vontade e interesse, por mais incentivo e motivação que temos dado. Quando temos algum aluno que parece ter interesse, este não recebe do grupo o mesmo e assim não conseguimos levar adiante. Sabemos da importância de sua participação nos processos de discussão e decisão acerca da vida da escola, como são tomadas as decisões internamente, assim como sobre o reconhecimento que têm pela direção, pelos professores e por funcionários, pois através desta é que conseguimos fazer um planejamento de atividades e o desenvolvimento de projetos para atendê-los em suas necessidades e desenvolvimento tanto intelectual como social. Para tanto, precisamos de um maior tempo para desenvolvermos um trabalho voltado para este fim e que não fique só na responsabilidade do pedagogo da escola, mas sim de todos os profissionais que nela trabalham. Para superação dos desafios em relação ao Grêmio Estudantil, a Equipe Pedagógica fez um trabalho de conscientização e motivação recentemente para que os alunos se sentissem como sujeitos atuantes e protagonistas do processo. Com esse trabalho, eles perceberam que poderiam ter uma maior autonomia e participação nas tomadas de decisões da escola, ou seja, o Grêmio passou a ter um sentido aos mesmos. Sendo assim, houve uma grande movimentação e interesse por parte das equipes até o momento da eleição. Os professores têm o conhecimento do PPP (Projeto Político Pedagógico) e participam de sua reestruturação, que acontece TODOS os anos, inclusive neste ano, estão sendo feitas as adaptações tendo em vista o que se pede no pacto. Aqui no Paraná, essas questões têm sido discutidas exaustivamente, então há a participação sobre seu funcionamento de nossa parte. E como foi dito anteriormente, a maioria de nossos alunos não tem grande interesse em participar de algo que não seja “divertido a ele”. Ouvimos um discurso de conscientização que não se aplica à realidade. Nossa sociedade tem tido um tratamento infantilizado dos adolescentes e jovens, excluindo qualquer responsabilidade que possam ter, fazendo o contrário, aliás, dando um papel de soberania a esse grupo, tendo quase que exclusivamente direitos e nunca deveres. Então, a escola não consegue “conscientizá-los”, pois não consegue competir com sua realidade de 20 horas fora da sala. As tentativas são muitas, contudo sem sucesso, fato que desanima os professores. A escola tem buscado formas diferenciadas de modificar essa realidade e, quando não tem sucesso, sempre busca outras maneiras de reunir toda a comunidade escolar.