Caderno IV desenvolvido pelo grupo do Colegio Estadual Angelo Antonio Benedet - Santa terezinha de Itaipu - Nucleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu

Professores Cursistas do Colégio Estadual Angelo Antonio Benedet
Orientador: Aramis Pereira de Carvalho Filho
Caderno: IV
ÁREAS DE CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO CURRICULAR
O conhecimento informal e de senso comuns, não sistematizados e às vezes totalmente distanciados daquele proposto nos currículos reconhecidos pelas Diretrizes Nacionais da Educação. Esses fragmentos são abordados com nossos alunos e que estão acostumados a questioná-los em sala, vistos que não agregam valores e conhecimentos práticos para a vida. E é o professor que se depara com situações complicadas sob o ponto de vista desses conhecimentos científicos e suas metodologias despreparadas e desatualizadas, evidenciando os problemas existentes na escola. Precisamos refletir sobre as dimensões para formação integral do ser humano: os conhecimentos científicos, culturais, de tecnologia e preparar os alunos para o trabalho. Os assuntos tratados em sala são por sua vez totalmente desvinculados a realidade do educando, assim deixando de ser significativos, já que esses não fazem sentido amplo à realidade deles. Trabalhamos todos os conteúdos propostos de forma vaga e superficial e deixamos de lado as questões fundamentais de vida. O conhecimento é construído ao longo da história que passa por transformações e transpõe para as disciplinas escolares, que por sua vez o sujeito está sendo transformado com ela, a partir de seus prévios saberes cultural e socialmente adquirido durante sua vida. Unir todos os fragmentos da educação ao longo da historia é o desafio que contempla o nosso currículo do ensino médio, trabalhar de maneira integra os assuntos relacionando a todas as áreas afins das disciplinas e objetivar de maneira ampla a formação dos alunos, contemplando seus saberes pré-formados em conhecimentos científicos eficazes para a compreensão. Formar alunos conscientes, com ideias próprias e comprometidas com melhorias e mudanças do mundo ao seu redor, estimular a serem formadores de opiniões sob todas as diversidades existentes. Respeitando as especificidades epistemológicas das áreas de conhecimento e dos componentes curriculares. A escola a partir desse objetivo precisa criar meios pelos quais enfoque para as mudanças, partir do reconhecimento da realidade dos jovens, formando uma identidade social e cultural própria, explorar todos os recursos disponíveis e criar novos de acordo com sua pratica pedagógica, que deve ser remodeladas e revistas.
Ao refletirmos sobre o conceito de área e disciplina, percebemos que suas divisões são bem consolidadas na sociedade atual, mas sabemos que nem sempre foi assim historicamente o conhecimento foi concebido em sua totalidade sem essa fragmentação. Um projeto interdisciplinar por si só não revoluciona uma escola, ainda mais quando incluída no currículo formal, se fragiliza no desenvolvimento do currículo real, mas isso não significa que não devemos tentar. É preciso considerar, entretanto, que, a exemplo de projeto interdisciplinar, a inclusão de temáticas no currículo relacionadas com cada realidade pode ser um elemento fundamental para a conscientização dos professores e toda equipe envolvida, da importância de discutir esta questão e começar a estabelecer mudanças de percepção na escola e fora dela para ter força suficiente para “quebrar paradigmas” e obter novos caminhos para educação. A educação e a escola, são ferramentas que temos em nossa sociedade como um importante mecanismo de mudança de aproximação a uma condição mais igualitária entre homens e mulheres. A escola “em lugar de ensinar o que os outros pensaram, pode ensinar a pensar; em lugar de ensinar a obedecer pode ensinar a questionar, a buscar os porquês de cada coisa, a iniciar novos caminhos, novas formas de interpretar o mundo e de organizá-lo” (Montseratt, 1999), tentando assim superar a fragmentação do saber.