CADERNO III

Adriana Caroline P. Fanini
Alexandre Alves Bezerra
Angélica Cristina de Almeida
Célia Regina Cardoso
Damares de Souza Rolim
Donizete de Souza
Janete do Rocio Lara
Jisele Cristina Tesserolli
Luciane Dorea da S. Kramek
Patricia Svolenski
Simone Aparecida Fiorati
Adriana Beatriz de Carvalho

Reflexão e Ação
CADERNO III 

Que relações existem entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia da cultura?
A educação no Brasil assume multifacetas, conforme o contexto econômico e político de cada momento histórico. Inicialmente quando a educação estava nas mãos da aristocracia, apenas suas famílias gozavam desse privilégio e considerava-se um status. Todo conhecimento tinha suas bases fincadas no saber voltadas as ideologias dominantes, não havia relação com as vivencias das classes baixas.
Com o passar do tempo, a historia a educação deixa de ser confessionário e passa a ser laica, onde o Estado assume, já na segunda Constituição republicana.
Implanta os cursos colegiais divididos entre o cientifico e clássico, um que possibilitava o preparo ao ensino superior, e outro, com o técnico profissionalizante, destinava-se ao mercado de trabalho, o que impossibilitaria a entrada ao superior.
Mais tarde, com o crescimento econômico e o desenvolvimento das tecnologias, surge a necessidade de se pensar uma educação vinculada as necessidades do progresso socioeconômico.
Em 1920, o estilo de vida dos brasileiros modificou, houve um surto industrial no Brasil. O numero de matriculas no ensino secundário aumentou consideravelmente.
A educação publica passa atingir maior numero da classe trabalhadora. Visto que o mercado de trabalho necessitava de nova demanda nos ramos industrial e comercial. Já no cenário, pós-ditadura militar, a nova Constituição Federal, trouxe consideráveis inovações, artigo 205 “visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Assim, a vertente profissionalizante do ensino médio se assenta sobre as bases de integração entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura como eixos estruturantes, mas também integra o trabalho como contexto, ao proporcionar uma formação profissional específica.
Atualmente a educação continua sendo um fator atrelado ao trabalho. As/os jovens estudam no intuito de (como maior objetivo) alcançar uma vaga no mercado de trabalho.
Percebe-se que individuo assume um perfil de sujeito na historia, mas perante, um novo cenário cultural e massificado. Pois, essas/es, passam por uma crise de identidade e valores, que a/o tornam perdidas/os diante do direcionamento de seus possíveis objetivos e perspectivas de vida. A família desestruturada tem colaborado nesta crise, o que dificulta a/o aluna/o compreender a educação como um fator determinante na construção de sua identidade como cidadão no exercício da cidadania. Há também a contribuição dos governos na desvalorização da educação no tocante aos investimentos estruturais e defasagem na  formação básica (fase I) das/os discentes, que comprometem a sequencia do ensino-aprendizagem conforme os Parâmetros das Diretrizes Curriculares.
Dentro das DCEs, procuramos trabalhar o conteúdo em consonância com a realidade social em que vivem. Trazendo vivencias e experiências de relatos históricos do seu cotidiano. Mas o mundo que o cerca lhe permite viver em um cenário histórico surreal. Em um mundo tecnológico virtual que rouba, todas as suas cenas como sujeitos na historia.
As/os professoras/es não são dotados de conhecimento, treinamentos e/ou tempo para trabalhar o emocional das/os alunas/os. Discutiu-se sobre a necessidade de equipes  multidisciplinares (psicólogos, assistentes sociais, psicopedagogos) nas instituições de ensino.