Sujeitos do ensino médio: A diversidade na educação básica
“ Na relação professor e aluno está o coração da docência”, somo protagonistas de uma relação conturbada e de difícil entendimento, que perdura durante uma grande parte da evolução do ser humano.
Constatamos no cotidiano escolar que as diferenças que enfrentamos todos os dias nas salas de aula podem ser produtos de novas gerações que estavam excluídas do ambiente escolar e agora quando começam a participar deste convívio estão trazendo para o interior da escola experiências marcadas por relações desiguais e diversas diferenças que não eram antes encontradas no âmbito escolar.
Compete aos profissionais que estão trabalhando com este público, não solucionar todos os problemas, mas sim compreender esta nova demanda que está à sua frente, universalizou-se o acesso à matricula do aluno na escola, porém falta muito para democratizarmos os processos de ensino que permeiam os bancos escolares, produziu-se formatos para um grupo de pessoas que já participavam de um processo educativo, que estava sendo passado de geração em geração e este formato estava “dando certo”, porém quando inserimos um grupo que ainda não estava acostumado a conduzir sua vida desta forma, este grupo e nós ao mesmo tempo, fomos deslocados. Assim como toda mudança causa desconforto, em nós a reação não é diferente, por isso o entendimento de novas formas de aplicar o conhecimento e atrair o público alvo, para que este compreenda o significado real do conhecimento para sua vida passa, por um longo processo de transformação, que começa na relação citada no início do texto, a relação professor e aluno.
Não somente estes fatores interferem no processo educacional dos dias atuais, temos uma sociedade jovem socialmente produzida para determinados fins e com valores pré-definidos, aos quais também temos a incumbência de transpor estas barreiras antecipadamente criadas para, de certa forma, não ser uma sociedade pensante e consciente de sua importância em todos os âmbitos de uma nação, temos também todo o processo de aceitação social que infere em sujeitos que selecionam as diferenças pelas quais querem ser reconhecidos.
Socialmente falando, ainda temos que questionar a cibercultura que para muitos jovens é uma maneira de expressar sua manutenção em uma sociedade que procura por padrões “visualmente aceitáveis”, com a qual ainda, nós professores, de uma forma ou de outra, ainda não aprendemos a lidar, visto que a exclusividade de detentores do conhecimento, deixa de ser nossa.
Estamos em meio a um grupo dinâmico, que muitas vezes são regidos pelas mudanças sociais que ocorrem ao longo da história, compete a nós, profissionais da educação decifrar este código que altera-se constantemente, denominado jovem.