Da análise histórica apresentada vê-se que a educação nacional sempre apresentou problemas oriundos, principalmente das formas de exclusão disseminadas desde o período do Império e que foram naturalmente incorporadas pela dinâmica social nacional.
A divisão social tornou-se fator fundante e determinante para a exclusão acadêmica, mas ainda é possível observar-se que sua formatação foi realizada especialmente para manutenção da educação dentre poucos afortunados, oriundos de uma elite criadora de seus sucessores nas formas e modelos de concentração de poder Estatal. Histórica e ciclicamente vê-se a manutenção dos mesmos sucedendo-se, seja por familiares ou mesmo coligações de natureza política.
Essas são circunstâncias que ensejam uma séria reformulação no modelo curricular, absolutamente segregatício e excludente, que leva não apenas aos alunos com menores possibilidades de acesso à educação como também, professores pouco qualificados para o ensino, normalmente saídos das faculdades e jogados nas salas de aula ou provenientes tão somente do mundo do trabalho e colocados na função de professores. O que se observa é que não há no Brasil uma efetiva preparação para o ministério educacional dos diversos profissionais e, por fim, culmina no jargão “aquele que não sabe fazer ensina”.
As soluções passariam em primeiro pela necessidade do estabelecimento de um efetivo alinhar de ações entre as diversas esferas políticas: União, Estados e Distrito Federal e Municípios, para que a mecanização administrativa fosse ultrapassada e, em segundo, pela necessidade de que nesse alinhar de ações, o ser humano não fosse visto meramente como um número a ser contabilizado na frieza financeira estatal, mas que fosse visto em sua completude, a partir de seu aspecto social para que, então formas pontuais de ação fossem “desenhadas” de modo objetivo para se atender as especificidades, complexidades e necessidades dos diversos grupamentos.