O contexto histórico apresenta um cenário evolutivo cujos objetivos estão ligados à formação humana integral, ou seja, uma contínua investigação capaz de favorecer ao aluno, sujeito protagonista da ação, um aprendizado que o torne completo. Dessa maneira o Ensino Médio aparece como atividade efêmera de acordo com a caracterização social que ao longo do tempo foi se formando e se transformando.
A busca por essa mudança efetiva é incessante, já que as motivações foram diversas algumas vezes por interesses políticos /sociais. Como exemplo, vale salientar que no Império, o Ensino Secundário, como era denominado o Ensino Médio, direcionado às elites nacionais, logo, sob o controle do poder central, o sistema de ensino foi aos poucos tomando novo formato.
Já na República, houve um novo panorama, novo foco, pois o estudo passou por um novo viés: o ensino popular nasce, embora o foco dos estudos seja capaz de diferenciar o “público alvo”, já que esse era constituído pelo ensino normal e profissional; àquele, direcionado as elites, com melhores escolas, inclusive com acesso às escolas superiores.
Em 1930, com o Estado Novo, Francisco Campos, primeiro ministro da Educação e Saúde de Vargas, sugere um novo sistema, em que a finalidade da escola toma um novo rumo, cuja preocupação passa a ser a formação de um indivíduo ativo, capaz de “tomar decisões”. Nesse período surge a transformação do ensino profissional de grau médio, no qual o ensino primário passa a ter o conteúdo exclusivamente geral, e a formação do professor passa a ser de regente primário, com duração de quatro anos, nas escolas normais e institutos de educação abrangendo o jardim de infância e a escola primária, bem como os cursos de especialização, formação de professores primários e administradores escolares.
Foi na ditadura de Vargas que surgiu a Lei 5692/71 que introduziu formalmente a mudança fixando a obrigatoriedade do ensino comum de oito anos, finalizando o ensino primário e o ginásio. Dessa maneira, criou-se o ensino profissionalizante. Logo, em 1996, com nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, surge a oferta de ensino capaz de desenvolver a educação infantil, ensino fundamental e médio e, o surgimento da educação de jovens e adultos, possibilitando a esses condições de acesso e permanência na escola. Nesse contexto surge, efetivamente, o projeto que objetiva a formação humana integral, que promove a ideia da competência técnica e compromisso ético.
A partir da reconstrução histórica apresentada, reconhece-se que diversos desafios permanecem no ensino médio na realidade brasileira, como por exemplo:
Conter a evasão escola.
Trabalho eficaz no processo de inclusão.
Estrutura física.
Combate à corrupção.
Capacitação profissional.
As possibilidades de explicação são:
Evasão: necessidade do indivíduo (sujeito) ir para o mercado de trabalho precocemente.
Inclusão: falta de profissionais capacitados para lidar com situações diversas, como dificuldades intelectuais específicas e diversidade, fato implicador também no item de evasão.
Estrutura: falta de espaço, instrumento, recursos coerentes para realização de uma aula mais dinâmica e lúdica.
Corrupção: desvio de verba, destino indevido, nota fria.
Com a criação das DCNEM busca-se tornar o sujeito autônomo na construção do saber, como sugere Gramsci, 2000. Esse é o maior desafio. É pois é dessa maneira que será possível garantir ao sujeito, “aluno”, uma educação humana integral, buscando a integração entre a cultura, ciência, tecnologia. Para isso é necessário incorporar ao currículo conhecimentos que contribuam para a compreensão do trabalhador como princípio educativo. Dessa maneira, fica claro que os trabalhos do grupo docente devem ser interdisciplinares, permitindo um trabalho teórico veiculado a pratica, para que o aluno perceba a “empregabilidade” do conhecimento adquirido. A interdisciplinaridade, portanto, será um instrumento mais eficaz para a construção desse saber.
Para tanto, a escola tem buscado por meio de Semana Cultural e Feira de Ciências envolverem os alunos em atividades que buscam levá-los a pesquisar e construir seu conhecimento de maneira autônoma. Do outro lado, o corpo doente tem realizado atividade de integração entre as disciplinas buscando selecionar temas norteadores pertinentes à elaboração de atividades que buscam fundamentar a prática pedagógica de maneira a potencializar o conhecimento.
Portanto, para chegar à universalização, a escola pública estadual terá que promover, em médio prazo, políticas de melhoria das condições de trabalho e de valorização dos professores e funcionários da escola, continuidade das ações de manutenção e de promoção de equipamentos escolares e de construção de nossas escolas; ampliação de recursos, canalizar 10% do PIB, recursos do Pré-Sal com critérios e recursos públicos e que requer inúmeros estudos, planos, ações complexas de médio e longo prazo para efetivação de resultados.
Colégio Estadual São Paulo Apóstolo
Orientador de estudo: Katyuscia Cochek Cotta
Cursistas
Daniela Marques Scarpita
Denise Maria Menon Garcia
Jucimara Bednarz Biehl
Laiane Ady Westphalen
Leonardo Costa de Borba
Luiz Carlos Pupia Filho
Sônia Dutra da Silva Ribeiro
Anderson Marcelo da Silva
Andrea Lenise Fontana
Angela Maria Crupzacki
Cleidimara Pereira dos Santos
Iara Dina Firmann de Araujo
Leonisia Isaura Brandalize Piazzetta
Maria Regina Pereira Gandin
Rosely Mehl Amâncio Garbuio
Simone do Rocio Santos
Simone Herrera Natal