Integrantes do grupo: Ivone Vincenzi Engel, Beatriz Kray, Cristiane Seli Staudt, Cecilia Bernardi Reginatto
1. Um dos desafios é a permanência dos alunos na escola até a conclusão do curso. Muitos dos estudantes desistem da continuidade do ensino para atender as necessidades financeiras da família com o trabalho. Na maioria das situações, caso ele tente conciliar o estudo com o trabalho, o rendimento escolar fica defasado devido ao cansaço, falta de tempo para complementar os estudos extra classe e falta de estímulos na sala de aula. Esses são fatores que levam o aluno à desistência ou à repetência. Hoje muitas empresas exigem o Ensino Médio como qualificação mínima, mesmo para o trabalho que não exija muita qualificação. Porém, a maioria das empresas buscam empregados que possuam cursos técnicos. Mão de obra barata e os cursos são de curta duração, inserindo-os rapidamente no mercado de trabalho. O Ensino Médio com as duas modalidades, a profissional e a regular, desarticuladas é um grande desafio pois não está sendo garantida a qualidade da educação.
2. Médio Profissional: Na nossa observação e concepção, são alunos filhos de trabalhadores, pretendem ingressar no mercado de trabalho ao concluir o Ensino Médio, alguns pretendem dar continuidade nos estudos, e de modo geral conciliando o trabalho com o ensino superior.
Médio regular: A maioria pretende ingressar nas universidades, outros concluem para o mercado de trabalho.
O turno do diurno apresenta diferenças quanto a formação dos pais, que apresentam um grau de instrução maior, e isso reflete nos valores e objetivos dos seus filhos, nossos alunos, que podem dedicar todo o seu tempo para o estudo, não necessitando trabalhar para aumentar a renda familiar.
No período noturno, a maioria dos alunos trabalha durante o dia, o grau de escolaridade e a renda familiar dos pais são menores. Como conseqüência há uma necessidade de aumentar a renda familiar com o trabalho do estudante. Por isso resta menos tempo de estudos e o seu grau de conhecimento é comprometido.
3. 3. Acreditamos que não se forma o sujeito omnilateral, de acordo com as DCNEM; os estudantes estão sendo formados de forma fragmentada, não se forma o ser na totalidade política, social e crítica. Estamos formando cidadãos de direitos e deveres e não sujeitos emancipados com consciência de suas ações, que veja a possibilidade de agir e modificar a sociedade.
4. Além de ampliar a qualificação das formações de profissionais do Ensino Médio, é preciso melhorar as políticas públicas, garantir qualidade nas séries iniciais e finais do ensino fundamental, melhorar as condições do ambiente estrutural e educacional escolar, o currículo, melhores condições de trabalho e garantir o acesso pleno à escola pública de qualidade dos turnos noturno e diurno, com a mesma eficiência em ambos.
