caderno 6
REFLEXÃO E AÇÃO
Temática do caderno 6- Colégio Estadual João Manoel Mondrone – Medianeira PR
Grupo: Lenir de Moraes dos Santos, Neide de Oliveira, Regina Remor Mazzurana, Stefânia Schier
1) A partir de sua formação — inicial e continuada— e de sua experiência docente, discuta e reflita com colegas de outra área distinta as questões abaixo (sugerimos pequenos grupos de 3 professores de áreas bastante distintas, por exemplo, Educação Física, Matemática e Sociologia):
– quais têm sido os maiores desafios no campo da avaliação educacional?
Após as discussões chegamos à conclusão que os maiores desafios enfrentados no campo da avaliação educacional são:
• A questão da quantidade sobrepondo a qualidade, pois sabemos que, o que prevalece é a quantidade(números) e não a qualidade.
• A falta de tempo para analises de produções dos educandos.
• Os conflitos internos familiares;
• Fazer com que o aluno valorize o conhecimento e não somente a nota;
• Professor de apoio para reforçar no contra turno os conteúdos ensinados em sala de aula.
– qual sua concepção de avaliação e como ela se constituiu na sua trajetória docente?
A avaliação é contínua e processual e deve ser realizada levando em consideração as diferentes etapas de aprendizagem de cada um de nossos educandos. Dentro desta perspectiva a avaliação tem a função de sensibilizar; analisar a realidade, conhecendo e obtendo dados significativos, dando clareza nas ações e possibilitando retomar finalidades e objetivos, realizando assim um julgamento tomando decisão sobre o que fazer, dando continuidade à prática ou elaborando um novo plano de ação.
A avaliação estabelece critérios para que alcancemos os objetivos desejados de acordo com a realidade de nossos educandos e de nossos objetivos.
2) Em consulta ao projeto político-pedagógico e aos planos de ensino (aos quais você possa ter acesso) de sua escola, procure identificar os seguintes elementos:
– Definição(ões) de avaliação da aprendizagem encontrada(s).
– Quais os instrumentos e procedimentos mais utilizados.
– Critérios para atribuição de notas ou conceitos e de aprovação.
– Instâncias e participantes para definição da situação de cada aluno ao final do ano letivo.
– Outras observações que considere relevantes para a discussão de avaliação da aprendizagem.
As definições encontradas apontam para uma perspectiva democrática e inclusiva fundamentada nas concepções dos renomados educadores entre eles Cipriano Luckesi e Jussara Hoffmann priorizando os aspectos qualitativos conforme fundamentação da LDB 9.394/96 no Art. 24.
Sendo o processo avaliativo um dos momentos do processo de ensino-aprendizagem, ele também contempla uma concepção de homem, de mundo, de sociedade e de educação e, por isso, também trabalha em prol da transformação social.
A avaliação é contínua e processual e em todas as situações de aprendizagem do aluno, de acordo com os objetivos propostos e os procedimentos metodológicos vivenciados pelos mesmos. Realizamos avaliação diagnóstica, formativa e somatória.
Os Instrumentos mais utilizados são: Seminários, Exercícios escritos; Estudo Dirigido; Pesquisas; Relatórios; Produções Textuais; Provas objetivas e subjetivas, Portfólios... Realizamos atividades individuais, coletivas e provas com suas devidas recuperações, oportunidades para mostrar desempenho nestas situações de aprendizagem.
A avaliação esta intimamente relacionada a participação e interesse dos alunos nas aulas; Assiduidade e Pontualidade; Apresentação de trabalhos; Expressão oral e escrita, Compromisso com as atividades propostas e resultados apresentados nos testes orais e escritos.
São realizados Conselhos de Classe trimestrais e ao final do ano letivo um Conselho de Classe final para juntos tomarmos as decisões que melhor possam ajudar a vida escolar de nosso educando.
3) Após ter visto alguns dados nacionais sobre as taxas de rendimento, procure levantar os dados de sua escola e, sobre eles, observe os seguintes questionamentos:
– Quais são os dados e taxas de rendimento de sua escola?
– O que esses dados lhes revelam?
– Como esses dados são discutidos entre os professores?
– Existe, na escola, algum debate sobre eventuais relações entre as taxas de rendimento e a avaliação da aprendizagem nas disciplinas ou em algumas das disciplinas?
O Colégio João Manoel Mondrone em 2011, com relação ao IDEB sofreu sensível queda de 0,8 pontos percentuais em relação a 2009, assim não atingimos a meta prevista para 2011 de 4,6%, ficando 7% abaixo desta meta. Em relação à PROVA BRASIL a escola atingiu maior pontuação em matemática.
Percebe-se ainda, um alto índice de evasão escolar no Ensino Médio, principalmente no período noturno, onde ocorre também um nível elevado de faltas. Sendo necessária uma intervenção por parte do Estado, que favoreça a permanência destes alunos na escola, pois a escola já faz a sua parte dentro das suas limitações. As taxas de evasão são mais elevadas nos 1º anos do noturno, levando a escola a intensificar seu trabalho neste turno buscando desenvolver ações no sentido de recuperá-los, entre elas destaca-se o Programa FICA, porém poucos são os resultados satisfatórios, em relação a esta situação. Há necessidade de um comprometimento maior por parte dos pais, no sentido de acompanhar a vida escolar de seu filho (presença e permanência). A escola tem procurado realizar atividades diferenciadas neste período, como o Fórum de Educação para o noturno, trabalhos interdisciplinares, atividades que envolvam os alunos e abordem os conteúdos de forma diferenciada.
Com frequência os dados e taxas de avaliações externas são discutidas, os resultados são animadores, porém, precisamos ficar atentos para que os índices em 2015 sejam melhores. Acreditamos que ainda são necessárias intervenções pedagógicas maiores no 6º e 9º ano, apesar das salas de apoio que visam sanar as dificuldades nas disciplinas de Português e Matemática. Nos 1º anos do Ensino Médio as ações devem ser voltadas para sanar as dificuldades nas disciplinas de Biologia, Matemática, Física e Química. Além do envolvimento e comprometimento de todos os funcionários e setores, independente do seu vinculo empregatício (concursados, contratados e PSS), é necessário maior coerência em relação a participação nas semanas pedagógicas( PSS contratados posteriormente, que entram em sala de aula sem o conhecimento do PPP, Regimento Escolar, Proposta de Avaliação do Colégio), entre outros.
Precisamos continuar vigilantes, para buscarmos nossos objetivos de melhorar a sociedade através da educação, pois a avaliação sempre foi um tema central no contexto educacional, tendo na aprendizagem dos alunos o seu foco, porem, nos últimos anos, tendo em vista a crescente iniciativa de avaliações externas, tem-se presenciado o deslocamento desse foco para a avaliação externa, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB),o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e, a Prova Brasil apresentam distintas características e possibilidades de uso de seus resultados para que as informações avaliativas sirvam para o processo de formulação, implementação e ajuste de políticas educacionais, porém acima de tudo deve prevalecer o cuidado e a atenção para que seus resultados melhorem a escola, a sala de aula, a formação docente e a aprendizagem dos educandos.
4) Na avaliação institucional de sua escola, como têm sido abordadas as avaliações externas e como têm sido utilizados seus resultados?
– Existe algum tipo de atividade voltada para essas avaliações? Como, por exemplo, organização de simulados, laboratórios ou espaços de diálogos?
– Os alunos fazem comentários sobre o Enem? Se afirmativo, em que perspectiva?
– A organização dos planos de ensino, de alguma forma, tem levando em conta as matrizes de referência do Enem?
Sim existem simulados, análises de provas anteriores, análise dos descritores, etc., mas sempre relacionados com os conteúdos trabalhados em nossas salas de aula.
Sim fazem, estão preocupados, interessados e tiram muitas dúvidas com os professores referentes aos conteúdos.
Sim quanto os PTDs são elaborados, os conteúdos e matrizes do Enem são contemplados e há uma grande ênfase a interdisciplinaridade dos conteúdos, no sentido de manter um constante diálogo e relação entre as disciplinas do núcleo comum de ensino.
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