Caderno 6

COLÉGIO ESTADUAL AYRTON SENNA DA SILVA – Toledo PR.
Orientadora do estudo: Neiva Aprarecida dos Santos
Professores:
Tamara Luz de Souza Giovanoni
Elizete Rosa Astori
Valmor Jorge Cardoso
Rosangela Vieira dos Santos Custódio
Adilson Antonio dos Santos
Hélio Luchini
Wilson Eger

Caderno 6
AVALIAÇÃO NO ENSINO MÉDIO
Uns dos maiores desafios no campo da avaliação ainda é entender qual o verdadeiro papel da avaliação, ou seja, se ela é parte integrante no processo ensino aprendizagem, visto que o tema é bastante relevante no processo do conhecimento, este tem sido e, ainda é bastante complexo, só poderemos entender melhor através de muitos estudos e debates para refletir de fato qual o verdadeiro papel da avaliação: Para que serve a avaliação, o que avaliamos, quem avaliamos, porque avaliamos, e para que avaliamos? A avaliação precisa superar a perspectiva de avaliar para classificar. Muitos ainda usam métodos bastante tradicionais tecnicista que mais pune do que avalia assim, para se conceber a avaliação como instrumento que nos orienta para novas tomada de decisão em relação aos avanços e retrocessos no processo ensino aprendizagem, se o professor alcançou os objetivos propostos, e o aluno assimilou os conteúdos estudados. A partir destes resultados poderemos mudar nossas estratégias e metodologias, replanejar, e retomar os conteúdos em que o aluno apresentou dificuldade de assimilação.
Refletir perspectivas de melhorias no trabalho cotidiano escolar a partir da compreensão do verdadeiro papel, dos significados e dos propósitos da Avaliação no processo ensino-aprendizagem. Desta forma o professor terá possibilidade de reflexão sobre a avaliação, buscando subsídios para avaliar as práticas, numa perspectiva, crítica, social e humanizadora. De que forma o Educador entende e valoriza as várias manifestações do aluno no processo de aquisição do conhecimento.
Nossa concepção de avaliação é bastante diversificada no que diz respeito as formas de avaliar, ou seja,” modalidades avaliativas”, participamos da evolução pedagógica que aconteceu nas últimas nas últimas décadas, aproximadamente em meados dos anos oitenta para cá com o surgimento da tendência pedagógica, “ Critica Social dos Conteúdos, ou, Histórico Critica”, A avaliação tem acompanhados essa tendência pedagógica que por sua vez considera as várias manifestações do educando, ou seja, o indivíduo em sua totalidade. Onde a avaliação serve para nos dar um referencia do aluno de onde ele estava e onde ele se encontra, e não comparando o sujeito com os demais mas, sim ele sendo comparado com ele mesmo. Desta forma, a avaliação é feita numa perspectiva Crítica, Social e Humanizadora.
O instrumento mais usado, ainda é aplicação de provas escritas, sendo que também procuramos proporcionar aos alunos trabalhos em grupos, trabalhos individuais, pesquisa no laboratório de informática individual e grupos, participação e a assiduidade, colaboração e respeito para com os colegas e professores.
Podemos avaliar os alunos em diversos aspectos, participação em eventos realizados no colégio, eventos esportivos cultural e recreativo, entre outros conteúdos correspondentes com os objetivos de forma diversificada.
Na dimensão cognitiva, a avaliação pode ser feita através de provas escritas, também através de seminários, exposição de trabalhos de pesquisas, produção de texto, através de perguntas e respostas, interatividade e discussão de conteúdos no decorrer da aula, possibilitando assim a avaliação do conhecimento.
A situação de cada aluno ao final do ano letivo, é analisada conforme foi conduzida durante o ano , levando em consideração todos os aspectos pertinentes a vida escolar do educando, tais como : frequência , participação, comprometimento, colaboração, interesse , desenvolvimento.
Considerando todo o processo de ensino e aprendizagem ocorrido no decorrer do ano letivo, cada professor apresenta os pontos positivos e negativos, avanços e retrocessos, em cada disciplina para que juntos possamos tomar decisões cabíveis, não deixando de valorizar o educando em sua totalidade, isto feito pela equipe pedagógica e corpo docente e direção e família do educando (no decorrer do ano letivo), objetivando uma tomada de decisão justa e humana numa perspectiva que se aproxime da tendência pedagógica histórico crítica.
Na nossa escola primeiramente discutimos o rendimento das avaliações internas dos alunos com os professores nas reuniões pedagógicas, conselho de classe, pós-conselho. Com os alunos e pais repassamos através das reuniões de pais, conversa individual e pós-conselho com o aluno, analisamos os pontos positivos e orientamos os mesmos para superação das dificuldades encontradas.
Quanto às avaliações externas dos alunos, os dados são analisados com os professores nas reuniões e para os alunos é repassado o desempenho da escola fazendo um comparativo no âmbito do município, estado e país. Porém não apresentamos o individual, mas para as avaliações do próximo ano pretendemos fazê-lo.
Existem debates e discussões acerca das taxas de rendimento com os docentes de todas as disciplinas, no entanto no ano de avaliação do SAEB, procuramos trabalhar simulados e elaboração de atividades interdisciplinares que contemplem a leitura e a problematização.
Os sistemas sócio-culturais-políticos na sociedade pós-moderna têm exigido cada vez mais meios eficientes, econômicos e racionais para se atingir as metas burocráticas estabelecidas por instrumentos que não controlamos. As avaliações externas aplicadas no Brasil na educação básica buscam principalmente demonstrar a capacidade de interpretação e resolução de problemas, aspecto que se mostra um tanto quanto limitado para definir os níveis de aprendizado que se espera para nossos jovens estudantes.
Alguns pontos positivos e outros negativos podem ser aferidos dessa prática:
Positivos, os exames nos dão alguns parâmetros consistentes que permitem análises sobre o desempenho além de dados estatísticos que possibilitam a formulação de políticas públicas direcionadas para melhorar os níveis educacionais do país.
Negativos, podem ser apontados quando se direcionam os estudos com objetivos exclusivamente voltados para a realização dos exames externos, restringindo os saberes necessários para a formação de sujeitos capazes de desenvolverem-se dentro da sociedade, juntando-se a isso que muitas escolas passam excluir alunos com dificuldades de aprendizagem para atingir as metas estabelecidas pelo IDEB, ou seja, os índices alcançados nas estatísticas passam a ser o cartão de apresentação da escola e não mais a formação humana.
Em nossa escola avaliamos os resultados alcançados, analisamos o perfil e as condições estruturais, sociais e culturais no qual estão inseridos nossos alunos, mapeamos os problemas e buscamos adequar nossa metodologia e didática. Principalmente no ensino médio os professores buscam regularmente incentivar os alunos a buscar através de avaliações se preparar, também para o Enem, uma vez que ele se transformou no exame que possibilita o acesso ao ensino superior e consequentemente a mobilidade social. Como escola de periferia estamos notando um crescente interesse dos alunos do ensino médio pela inserção na educação superior.
Já realizamos simulados como preparação, incentivamos e os levamos ao laboratório para pesquisarem e se informar e verificar as provas realizadas em anos anteriores.
Fazer uma analogia das questões do Enem em relação a sua aplicabilidade e sua viabilidade para o estudante do ensino médio e seu possível ingresso no ensino superior nos remete a várias reflexões para que esse seja de fato mais uma ferramenta de apoio e de interesse para os alunos que pretende ser beneficiados com esses conhecimentos “conteúdos”, para obter uma nota boa, e assim um possível ingresso na universidade.
Em conversa com alguns alunos que prestaram a prova do Enem, os conteúdos estudados durante os anos do ensino médio não estão em conformidade com os da prova aplicados no Enem, são mais arrojados, e com maior grau de dificuldade de interpretação. Será que não teríamos que verificar esses fatos e trabalhar mais com os alunos os conteúdos que contemplam as provas do Enem, visto que esses conteúdos são do ensino médio para determinado período de tempo, será que não estão sendo trabalhados de forma fragmentada e nas provas do Enem com mais rigorosidade em sua totalidade Assim poderíamos priorizar mais os conteúdos que serão aplicados nas provas do Enem, incentivando e motivando os jovens estudantes a ingressar no ensino superior gratuito.